Nosso México...- Han Lue

In The Middle Of The Storm Comes The Rainbow/ The Best Day Of Life

Han On

Dois dias se passaram e infelizmente Letty e Dom tiveram que ir embora, parece que a Mia e o Brian precisavam de ajuda então eles tiveram que ir, a Joyce ficou bem chateada com a partida deles mas nada que não conseguisse superar até porque ela os veria novamente, certo?
Falando na Joyce, bom, digamos que ela não melhorou e nem piorou, apenas permaneceu estável, ainda tentando processar tudo aquilo mas parece que a ida de Dom e Letty abalou um pouco ela, ficaram anos se falando pelo telefone e de repente eles voltam a se ver com mais frequência mas aí vem a despedida de novo, não é nada bom, morar em continentes diferentes.

Mas eu estou certo do que disse há semanas atrás...
Nossos dias vão ser melhores!
E agora estamos no consultório para mais uma consulta semanal.
Joyce anda meio aflita mas eu sei que ela é uma mulher forte. É estranho pensar que essa mulher a quatro meses atrás era marrenta, durona, difícil de conquistar e daria um tiro em quem ousasse mexer com ela... Não dá pra reconhecê-la quando vejo ela tão fragilizada, sem sair de uma cama por dias, chorando e chorando é muito estranho.

Mizuki- Segue tomando suas vitaminas?- perguntou a senhora doutora com sua doce voz

Joyce- Sim. -responde levantando a blusa para a doutora passar aquele gel esquisito

Mizuki- Certo!- começou a manusear o aparelho na barriga da Joyce, cada vez que ela mexia naquele aparelho apareciam alguns números, e a cada número que aparecia ela tirava um print da tela, ela apertou um botão e mais uma vez aquele som ecoou pela sala, era o meu som preferido aquele coraçãozinho batendo. Eu estava tão perdido no som que notei por algum acaso que a doutora tinha um tipo de sorrisinho no rosto, um sorriso que nunca vimos em uma das consultas- Eu já volto -ela levantou se retirando da sala o que me fez direcionar meu olhar para Joyce que se mantinha olhando para um ponto fixo da parede, o que já era normal das consultas, parecia sempre atordoada com aquela incerteza, três minutos se passaram e nada da doutora- Voltei! Temos que conversar -seu olhar oscilava entre eu e Joyce- Mas antes vamos limpar esse gel -ela passou um papel na barriga da dela tirando todo o treco gosmento

Han- Ta tudo bem, doutora? -eu já estava ficando muito curioso, se ela não falasse logo eu iria surtar

Mizuki- Sim sim, Joyce pode se sentar -e então ela se ajeitou na maca em que estava deitada mas ainda mantinha seus olhos fixados na parede- Vocês estão bem?

É sério que essa mulher vai ficar enrolando pra falar?????

Han- Doutora Mizuki, por favor, aconteceu alguma coisa?

Mizuki- Pra falar a verdade, aconteceu sim... -disse meio receosa

Se for mais uma notícia ruim a Joyce vai ficar vegetando na cama... Ai Deus, tomara que não seja, por favor, por favor, por favor!!!!!

Joyce- Diz logo... -não continha um pingo de ânimo em sua breve fala- O que é? A situação piorou de novo? Uau doutora... -disse fingindo indignação ainda com o tom de voz cabisbaixo- Eu já cansei de pensar nisso

Mizuki- Muito pelo contrário! -corrigiu-a- Nas últimas três consultas seu bebê cresceu bastante, a frequência cardíaca dele aumentou, o que indica que teve uma melhora de 90% -diz orgulhosa o que fez Joyce desviar rapidamente seu olhar da parede para a Mizuki

Sabe aquele brilho no olhar de uma pessoa? Aquele que a galáxia inteira parece refletir sob seus olhos? Como se uma pequena chama tivesse reascendido uma fogueira inteira?
Foi o que eu vi nos olhos da Joyce... Um enorme sorriso tomando conta de seus lábios, seguido de lágrimas de alegria escorrendo em seu rosto.

Joyce- Ta falando sério?! -só se sentia felicidade no tom de sua voz

Mizuki- Mais do que sério! Posso dizer que até retiro o que eu disse antes... Seu bebê agora tem grandes chances de nascer querida -disse apertando a mão da Joyce