INÍCIO DE GÊNESIS 1,7

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Olhava pela janela do meu quarto o horizonte escurecido da noite à qual estava. Podia ver densas nuvens negras se aproximarem ao longe, trazendo consigo chuvas e relâmpagos que clareavam a paisagem.

ㅡ Pelo visto vai chover bem forte esta noite. ㅡ comentei enquanto Rubi terminava de dar uma última ajeitada no terno social ao qual eu estava vestido.

ㅡ Então, acredito que meu querido mestre, a pequena Zahara e o senhor e a senhora, vão ter que apressar um pouco o passo para atravessar a via e chegar na mansão dos Bunyan Pitah antes que a chuva caia. ㅡ Comenta Rubi, pondo seus dedos abaixo de meu queixo e erguendo minha cabeça delicadamente para ver se o nó em minha gravata estava ok frente ao espelho.

ㅡ Bem, o bom é que eles são nossos vizinhos. Estaremos lá antes da primeira gota cair. ㅡ Eu comentei.

Desci as escadas indo diretamente para a entrada da nossa casa. Minha mãe e meu pai, junto à minha irmã, já estavam me esperando à frente para que pudéssemos ir ao jantar com os Bunyan Pitah, que já haviam chegado em sua casa. Íamos praticamente dar as boas-vindas à família vizinha.

Minha mãe, como sempre, estava linda, vestida com um belo vestido vermelho que combinava tanto com o seu nome quanto com seus lábios. Já meu pai, como sempre seguia a sua regra de vestimenta formal, vestido com um terno preto que lhe passava um claro ar de um homem sério e importante. Já minha irmãzinha vestia um pequeno vestido azul-púrpura com vários babados.

Toda a minha família estava completamente elegante. Sim, eu sei que isso pode parecer meio estranho. Digo, pra que toda essa arrumação para um simples jantar de boas-vindas aos vizinhos, não é mesmo? Bem, acontece que com os Bunyan Pitah e com os Suit Tissue, nada era simples. Não importava qual fosse o evento ou momento, as duas famílias tinham a mania de elegância o tempo inteiro a todo instante. Não é à toa que em todos os cafés da manhã, minha mãe e meu pai sempre estavam muito bem arrumados e vestidos, parecendo que iam para algum baile social. E aparentemente os Bunyan Pitah tinham essa mesma mania de elegância a toda hora. Meus pais não queriam fazer feio depois de tanto tempo sem ver os vizinhos.

Abrimos a porta e vi que o céu já estava tomado pelas densas nuvens, mas a mansão vizinha era do outro lado. Dava tempo o suficiente para atravessarmos a rua e passar pelo portão dos vizinhos antes que a chuva caísse.

À frente da entrada da mansão dos Bunyan, era feito de modo circular, e estacionado bem ali, tinham uma ferri vermelha, uma limusine branca e dois carros mercedes pretos. Também se notava algumas estátuas de fisiculturismo de mármore junto a uma fonte de água que ficava no centro da área.

Nós não tínhamos uma fonte à frente de nossa mansão, apenas algumas estátuas em nosso jardim. Já sobre a fonte, meu pai por algum motivo estranho, sempre achou esse tipo de coisa um verdadeiro desperdício de água. Mas os Bunyan eram do ramo da arquitetura, então fazia sentido eles terem estátuas e uma fonte. Além de que, obviamente, a maioria das mansões sempre tinham um tipo de fonte. Já era bem clichê.

Chegamos na entrada de uma pequena área em formato de capela, onde dava diretamente para a porta principal da mansão. Assim que ficamos abaixo do pequeno teto de cúpula, a chuva começou a cair. Um mordomo já nos esperava e abriu a porta nos dando as boas-vindas.

Ele nos levou diretamente para a área de jantar, onde algumas servas já estavam pondo o jantar sobre uma longa mesa de vidro. Nesta mesa, estavam todos os principais membros da família Bunyan Pitah. O senhor Regarlo e a senhora Linea, o pai e mãe do senhor Regarlo, dois idosos chamados de Caldenia e Temedrus, e por último os três filhos da família. O irmão mais velho chamado Edinos, o segundo mais velho Edileno e, enfim, a última e mais jovem dos três, responsável por ter feito com que os Bunyan Pitah se mudassem de país por um tempo devido à sua saúde debilitada. A jovem "Adriana Lilith".

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