Capítulo 3

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-Claro benzinho, eu deposito pra você.- Baji dizia enquanto escolhia uma roupa para vestir, havia acabado de chegar do escritório e iria tomar banho. -De quanto você precisa?- Completou ainda com a atenção voltada para as roupas.

Chifuyu observava o namorado tirar as vestimentas do guarda-roupa e colocar encima da cama, o loiro não sabia como Baji podia ser tão despreocupado em relação a dinheiro.

-Mas Kei, você não vai perguntar pra quê eu preciso?- Fez bico.

-Acho que não faz diferença, gatinho.- Sorriu da canto se aproximando do loirinho, logo beijando a testa do mesmo. -E como foi seu dia?- Perguntou se sentando na ponta da cama.

Chifuyu abriu um sorrisinho bobo e caminhou até o alfa, se sentando no colo do moreno, sentindo os braços de Baji em volta da sua cintura.

-Ah foi bom, amor.- Sorriu. -É exatamente sobre isso...eu, o michi e o Mitsuya fomos lanchar na praça de alimentação, sabe?-

Baji ouvia atentamente, adorava quando o loirinho começava a falar sem parar sobre seu dia.

-Então a gente pediu um calzone, eu pedi, mas o Take não tem pensamento próprio e me imitou.- Fez bico. -E o Mitsuya acabou pedindo também, enfim, estávamos lanchando e aí o Naoto apareceu, ele estava com o Ren, mas o Ren estava dormindo então ele não faz diferença na história, entende?-

Baji acenou com a cabeça com um sorrisinho meigo.

-Então, você sabia que o bebê do Naoto também é menino? Coincidência!- Sorriu.

-Olha só, que legal, gatinho.- Sorriu igualmente.

-Então o Takemichi se meteu e pediu pra mudar de assunto, aí o Mitsuya sugeriu que eu fizesse um chá de fraldas, pq esse é nosso primeiro bebê e ele merece e tals, mas eu acho que não vale a pena, sabe?- Falava enquanto passava a mão nos cabelos escuros do companheiro.

-Um chá de fraldas parece legal!- O alfa Sorriu de forma animada.

-Bem, ele insistiu, e decidiu por conta própria organizar o chá de fraldas junto com o Takemichi.- Revirou os olhos.

-Isso parece ótimo!-.

Chifuyu fez uma expressão de surpresa, a cara do pequeno Matsuno se resumia na expressão: "?????"

-Acho que você não entendeu muito bem, Kei...o TAKEMICHI vai organizar também...-

-Eu sei, Fuyu, eu ouvi.- Sorriu. - Mas eu confio no Mitsuya, ele é muito responsável, sem falar que vai ser legal termos uma foto do chá de fraldas para mostrar ao Hihi quando ele crescer.- Levou sua mão até a barriga do loirinho.

-É...acho que tem razão, mas enfim, é pra isso que eu preciso do dinheiro sabe? Pro Mitsuya e o Takemichi comprarem as decorações.- Disse de forma calma, sentindo Baji acariciar sua barriga.

-Claro, querido.- Sorriu de forma meiga. -Você ouviu isso, filhote? Vamos fazer uma festa pra você!-.

Chifuyu prendeu a respiração ao sentir o bebê se mexer em sua barriga, será que até ele era a favor desse chá de fraldas?...

-Acho que ele quer ter um chá de fraldas...- Chifuyu falou fazendo bico.

-Hahaha! Viu só, Fuyu? Mitsuya teve uma ótima ideia.- Sorriu de forma provocativa.

-Não entendo pq faríamos um chá de fraldas, se podemos simplesmente comprar as fraldas.- Revirou os olhos.

-Hora, pelas recordações, não é legal? Eles querem fazer algo bonito pelo nosso filho, no futuro ele vai saber o quanto todos estavam ansiosos pra conhecer ele.- Ditou logo em seguida beijando a bochecha do ômega. -Vamos chamar a família, seus irmãos e seu avô.- Sorriu.

-Sim, vovô gosta muito de você, afinal quando éramos menores você vivia lá em casa, ele te considera um dos netos.- Sorriu de forma boba, ficou em silêncio por um tempo e logo em seguida abriu um sorrisinho provocativo. -Kei, lembra quando você começou na empresa? Hahaha!-.

-Não começa...- Fez bico.

-Hahaha! O vovô perguntou com o quê você trabalhava!- Falava enquanto dava risada.

Baji revirou os olhos emburrado, como ele poderia esquecer? Ele simplesmente respondeu com um: "trabalho com gestão de bens e direitos pertencentes ao patrimônio deixado por meus antecessores."

-Chifuyu! Eu não queria que ele me achasse um vagabundo se soubesse que sou só herdeiro!- Falava emburrado.

-Nunca vou esquecer desse dia! Hahaha!- falava dando risada, vendo o moreno logo abrir um sorrisinho bobo, adorava o jeito que Chifuyu ria.

Na real, Baji sempre achou o fato de ser herdeiro meio estranho, ele achava que quem herdava algo tão grande assim normalmente seria um esnobe, e porra, ele foi criado brincando na rua e se ralando todo no asfalto, se privava das regalias e ficava pouco tempo em sua própria casa.

Na verdade sempre achou que sua mãe tinha preferência por Kazutora, que era um criança caseira e falava muito pouco, sempre foi mais reservado, além de ter notas boas. E óbvio, Kazutora não arrumava tanta encrenca, brigas e ligações escolares, esse era Baji.

Mas pelo fato do moreno ser mais velho a mulher o encheu com um discurso que dizia sobre "manter a tradição" e cabia a ele manter tudo isso...no começo foi difícil, aos 25 foi levado ao escritório, onde era ensinado por sua mãe, lá ele aprendeu sobre como manter aquele lugar, mas era tudo uma droga...

Ele já não gostava muito daquela ideia, e pra piorar estava sozinho, além de sua mãe ter um secretária extremamente chata! A primeira coisa que veio a sua cabeça foi Chifuyu, mas pelo fato do loirinho ser um ano mais novo, ele ainda estava concluindo a faculdade de administração, mas Baji não se importava de esperar, afinal, era só um ano.

Não podia ficar muito longe daquele garoto, e agora com uma empresa pra dar conta, seria tão difícil ver o Matsuno...ele precisava arrumar um jeito de colocar o loirinho lá.

Por sorte não foi difícil, sua mãe adorava tanto Chifuyu, ela adorava como ele tinha notas boas, como ele era obediente e educado. Um ano depois, Baji comentou com ela sobre Chifuyu ter terminado a faculdade, a mulher não exitou em colocá-lo lá junto com Baji, afinal, foi ele quem sempre pós o Keisuke na linha.

-Aquela empresa era uma merda sem você...fiquei tão aliviado quando minha mãe te contratou...- Baji falava agora suspirando. -Sinto falta de você lá...nós passávamos o dia juntos...- Completou.

-Bem, eu posso voltar pra lá se quiser!- Abriu um sorrisinho meigo.

-Mas Chifuyu, você não pode trabalhar, se você se esforçar demais pod-

-Hora, mas eu posso só ir lá pra te fazer companhia, não?- Falou vendo um rubor aparecer no rosto do alfa.

-Isso parece ótimo...- Disse com um sorrisinho tímido.

-Então posso ir amanhã?- Perguntou sorrindo.

-Claro, isso seria ótimo, obrigado...- Falou com um sorrisinho bobo, abraçando o corpinho do namorado.

Os dois juntaram os lábios em um beijo carinhoso, e se separaram, sorriram e se abraçaram novamente.

Período gestacional!Onde histórias criam vida. Descubra agora