Capítulo -3 Clara Rodrigues

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Já faz duas semanas que cheguei no Brasil, durante o vôo fiquei muito nervosa, mais tinha que passar confiança para pequena, pois era a sua primeira vez. Tintin com apenas 6 anos estava apenas fascinada com a ideia de viajar de avião, só a Tintin para me fazer rir durante o vôo e acalmar meu coração.
A viagem tinha sido muito cansativa por conta de horas de vôo, mais ao descer do avião e pisar em terra firme. Estava sentindo aquela nostalgia por voltar outra vez.
Chegamos no Brasil já era após o almoço. Liguei para orfanato e a irmã Ana me disse que a irmã Cida já estava a minha espera. Me passou o endereço, peguei um táxi e segui.
A Tintin fica animada por ver a paisagem, passamos perto da praia, e os olhos dela brilharam, ela me fez prometer que a traria para conhecer e eu não posso negar, até mesmo eu nunca tinha entrado na praia! Falei que assim que começar a trabalhar na primeira folga víamos conhecer. Não demorou muito e o motorista avisa que chegamos, e fico com lágrimas nos olhos por ver a irmã Cida, saímos do táxi ela me abraça e apresento a minha pequena. Ela ficou encantada com a Tintin, ela disse que o rosto da Tintin era muito familiar, fico estranhando pois a Vivian não era do Brasil.
Ela nos apresentou a nossa casinha, era algo bem aconchegante, eu amei, tinha dois quartos, uma sala, cozinha e um banheiro, ainda tinha uma área na parte de trás da casa, que dava para a Tintin brincar a vontade. A irmã Cida me ajudou a nos acomodar. A irmã Cida tinha preparado um lanche.
Lanchamos e fiz a pequena dormir um pouco.
Ficamos conversando e contei tudo sobre a Tintin, ela me disse que estaria aqui para ajudar, e que já até mesmo já falou com a Madre e liberou para a Tintin estudar lá por enquanto, até ela se adaptar e eu por ela na escola, eu ainda teria ver isso, e só o fato de deixar a Tintin com a irmã Cida me ajuda é muito.
Ela me avisou que tinha conseguido uma vaga de arrumadeira no hotel GON VILLE HOTEL, ela conhece o gerente e ele sempre ajuda, assim como os donos do hotel.
No começo ela me explicou que seria temporário, mais dependendo do meu empenho ele pode ser definido.
Eu não poderia perder essa oportunidade eu só teria a noite que cheguei para descansar pois no dia seguinte já começaria pela manhã.
Eu teria que enfrentar tudo para continuar nesse emprego. Nada tiraria a minha atenção.
A irmã Cida foi embora, e eu fiquei aqui na nossa casinha. Sou grata em poder contar com ela e todas as irmãs do orfanato.
Na hora do jantar fiz algo leve e expliquei que a pequena iria ficar no orfanato enquanto eu estou no trabalho, ela ficou curiosa expliquei como seria o orfanato, e que logo ela iria para uma escolinha e no orfanato seria só de visita.
Após a nossa conversa tomamos banho e fomos nos deitar. Ela estava estranhando então ela dormiu comigo na cama. Coloquei o meu celular para despertar assim não nos atrasamos.
Acordei estava bem animada deixei tudo organizado e seguimos para orfanato, falei com a Madre, expliquei a situação. Ela disse que poderia contar com orfanato, mais deixei claro que a pequena estar sobre a minha tutela, que tinha toda documentação, ela estaria só frequentando o orfanato por conta do meu trabalho ser temporário e que logo ela estaria em um escola.
Ela disse que não precisa me preocupar que cuidaria dela com muito carinho.
Me despedir da pequena que estava bem animada com as novas coleguinhas.
Segui para o hotel, com a declaração para entregar o gerente.
Respiro fundo e sigo....
No começo estava muito difícil, mais a  Danielle me ensinou bem, aos poucos fui pegando prática, tinha dia que nem precisava de sua supervisão para fazer o serviço, eu sempre fui inteligente e aprendo muito rápido e isso me ajuda a ser ágil no que eu faço, e fora que sou fácil de decorar as coisas. Ela só precisou me ensinar uma vez bem detalhada para que eu podesse fazer tudo.
Fiquei tirando o serviço pela manhã e após o almoço sempre iria embora, e trabalhava com a folga 6x1 então minha folga ainda cairia na quarta, e assim seguindo.
Eu estava gostando de tudo que eu estava fazendo, todos os dias tinha muita novidade assim como a pequena.
Sempre aprendendo ainda mais, e minha pequena esperta só ela, não ficava para trás, falando pelos cotovelos, eu amo quando ela estar eufórica e feliz. Mostra que estar se adaptando bem aqui no Brasil, tem hora que ela sente falta da mãezinha. Já fomos conhecer a igreja onde a irmã Cida disse que era bem antiga, e a pequena ficou mega curiosa.
Fizemos esse passeio e ela estava radiante.
No decorrer dos dias foram passando e cada dia me saindo bem, e a minha coordenadora disse que falaria com o gerente pois ela já tinha uma resposta para ele. Fique mega curiosa mais ela só iria me falar após falar com gerente. Eu tive que ter calma.
Hoje pedi para a irmã Cida trazer a pequena até aqui no meu trabalho, iremos dar uma volta pela orla. Hoje não tomarmos banho de mar, mais na minha folga do final de semana esse seria o nosso programa.
Aviso a minha coordenadora que já estava de saída, troquei de roupa e deixei tudo organizado, e sai em direção a saída, vejo a minha pequena dando tchau e fico curiosa. Ela vem correndo até mim.
— Tia!_ ela diz animada.
— Oi, meu amor! Para quem você estava dando Tchau?_ pergunto curiosa.
— Para o homem triste._ Ela diz inocente, olho para irmã Cida que fica rindo.
— Meu amor, não pode sair falando com qualquer pessoa, está bem?
— Tá certo tia! Eu prometo que não vou falar com estranho.
— Calma minha filha, eu sei quem ela acenou. Ele é uma pessoa boa, não se preocupe tanto.
— Mesmo assim irmã Cida, ela não pode ficar falando com estranhos, mas me fale a senhora vai nos acompanhar? Vamos irmã tomar um sorvete.
— Eu não posso filha, só vim trazer a pequena, tenha um bom passeio, e já sabe Tintin, se comporte!_ a irmã Cida diz nos fazendo rir.
— Está bem, irmã Cida, eu vou me comportar como uma mocinha!_ ela diz me fazendo abrir um sorriso gigantesco.
— Obrigada, irmã Cida, até mais.
Nós despedimos da irmã, e vamos caminhando pela orla, paramos para tomar um sorvete e olhos da Tintin fica brilhando.
— Você gostou do passeio Tintin?_ a pergunto pois ela está com algodão doce rosa nas mãos.
— Sim, tia! Eu gostei, na próxima eu vou poder entrar na água?_ ela me pergunta sapeca.
— Sim, meu amor, na próxima, vamos vim cedo assim, não ficamos muito tempo no sol quente. Agora vamos para casa!_ falo e ela fica triste.
— Não podemos ficar mais um pouquinho?
— Não, meu amor já estar ficando tarde, mas não se esqueça que amanhã ficaremos juntinhas!_ falo com a intenção de deixa bem animada!
— Eba! Amanhã vai ser só as meninas!
Fico rindo com sua alegria e vamos caminhando, e não demora e estamos dentro de casa. Já tinha dado banho na pequena, e tomei meu banho. Eu teria que ir no mercado amanhã, e só depois poderíamos sair para ir no zoológico. Isso era uma surpresa, a pequena ainda não sabia!
Ela já estava dormindo em seu quartinho, como uma mocinha, faz dias que não tem mais pesadelos, acredito que a correria diária e nossas conversas tenha ajudado a compreender, assim se livrando do medo.
Agora é só seguir em frente, só quero ver a minha princesa feliz! Assim como a mãe dela gostaria de ver.
Ela estar feliz amiga! Falo em pensamento...

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