Capítulo -7 Clara Rodrigues

122 13 0
                                    

Fecho a porta e solto as lágrimas que estava segurando enquanto ele estava aqui! Por que Deus isso está acontecendo comigo?
Eu só quero viver bem com a minha pequena.
Essa mulher não vai me deixar em paz, eu preciso ir embora, não vou permitir que ela mexa com a minha pequena. E agora o meu chefe, senhor, eu só quero trabalhar e ficar no meu cantinho!
Por que ele disse que eu sou a namorada dele.
Isso está me deixando desesperada.
Me levanto e olho meu celular e vejo quanto ainda tenho, e fico pensando para onde eu poderia ir com a Valentina, eu não quero que falte nada para ela, e essa vida de no parar em lugar nenhum, me dá uma luz senhor? Eu preciso pensar em algo!
Já sei vou pedir demissão e com o que vou ganhar vou ver um interior pequeno para ir. Quem sabe seja melhor. É isso.
Começo a pesquisa e vejo o quanto eu vou gastar, vou deixar tudo aqui só levar poucas roupas, assim ninguém desconfia de nada, deixo a chave com a irmã Cida caso eu não volte ela entrega a casa. Anoto tudo e nome da pousada que é bem em conta, só quero ter paz com a minha pequena.
Deixo tudo anotado vou no meu quarto pego uma bolsa grande e que não levante muito suspeita, separo algumas coisas e os documentos que vou precisar. Vou no quarto da Tintin e pego algumas roupas.
Amanhã a noite iremos viajar.
Volto para cozinha e começo a preparar o nosso jantar, fico com a minha cabeça a mil, a Tintin acorda e diz que estar com dor na cabecinha. Coloco o jantar dela e começamos a comer ela ainda deixa um pouco, dou o remédio, e ficamos assistindo desenho. O corpo dela fica quentinho. E isso me preocupa.
Vejo sua febre e esta ficando alta, mesmo com o corpo dela mole, levo para ela tomar um banho, ela fica toda manhosa, e levo ela para minha cama, dou o antitérmico, e fico com ela fazendo carinho em seus cabelos.
- Isso tudo vai passar meu amor..._ repito diversas vezes...
Acredito que eu estou repetindo mais pra mim do que para ela.
Faz tempo que a Tintin não fica doente, o que pode ser? Acabo velando o sono dela a noite toda. Será que ela ouviu a conversa? Eu acho que não.
Vejo o dia amanhecer, e fico monitorando para saber se a febre passou, ainda está com o corpo mole, mais não está muito quente, obrigado senhor!
Me levanto tomo um banho rápido e preparo o café da manhã para pequena, coloco na bandeja e vou até a minha cama, ela ainda estar dormindo, começo fazer carinho, para ela desperta.
- Está na hora de acordar Tintin.
- Tô com soninho tia...
- Oh meu amor, coma um pouco e depois volta a dormir tia deixa. Vamos faça uma forcinha pequena.
- Eu não tô com fome tia.
- Mas você precisa comer meu amor. Fale para tia o que você estar sentindo?
- Tô com meu corpinho dodói.
- Oh, meu amor, vamos tomar um banho, quem sabe o seu corpinho fica bom? Vamos, depois tomamos o café da manhã que a melhor tia da Tintin fez!
- Tia, eu quero a minha mãe._ ela me pede com os olhos cheio de lágrimas.
- Valentina, eu expliquei que a sua mamãe tá no seu coração meu amor. Peça para papai do céu para você ficar boa logo.
- Eu tô com saudades..._ ela diz me abraçando.
- Eu também estou com saudades dela. Mais eu tenho você, então eu fico feliz, por está aqui do meu ladinho!
Ela se levanta e eu ajudo no banho, acho que as minha palavra surtiram efeito, após o banho coloco uma roupinha mais fresquinha. E ajeito ela em minha cama. E começo tomar café com ela, os seus olhinhos ainda está triste, mais não vou permitir que isso me a bata.
Aviso que vou chamar a irmã Cida para ficar com ela, enquanto vou no hotel e peço a minha demissão. Acredito que isso seja bem rápido. Quem atendeu o foi a irmã Ana, ela disse que a irmã Cida precisou sair, mais que logo ela volta. E deixei o recado agora eu tenho que esperar.
Eu não vou levar a pequena assim para orfanato, isso pode até a deixar mais triste.
Combino com a pequena de pôr o meu colchão na sala, assim ficamos agarradinhas assistindo desenhos! Ela se animou e até me ajudou levando os travesseiros para a sala. Meu celular começa a tocar e não reconheço o número e resolvo atender.
Ligação online:
- Clara, aqui é da coordenação, gostaria de saber o motivo de sua falta?_ a voz não é estranha, mas acabo confessando.
- Minha filha ficou doente, por isso não consegui ir até o hotel, peço desculpas, mais será melhor pedir a minha demissão._ anticipo o meu propósito, quem sabe assim só assino e pronto. E evito o meu chefe!
- Quando você retorna, conversaremos.
Desliga sem nem esperar eu responder.
Continua arrumando tudo e antes que eu siga para sala, meu celular toca mais uma vez, porém não atendo.
Menos um problema, volto para sala deixo mais travesseiro e lençol, e peço para Tintin escolher o filme.
Pego meu celular e recebo uma notificação de e-mail. Fico curiosa e abro meu e-mail e fico parada tentando entender, é uma intimação, alegando que o meu chefe quer fazer um teste de paternidade com a Valentina.
Que merda é essa?
Da onde esse louco tirou essa ideia? Será que ele desconfia de algo?
Agora mais que nunca eu preciso ir embora com a Valentina. Tento me acalmar para a pequena não perceber, mais faço as coisas no automático.
Levo as coisas para pia, e começo adiante o almoço, assim fico mais tempo curtinho a minha pequena para ela melhorar.
Após tudo adiantado vou para o colchão e antes que eu possa me deitar, alguém toca a companhia deve ser a irmã Cida!
Abro a porta e dou de cara com ele. Sério que eu não vou ter paz?
Já basta a merda da notificação que acabei de receber. Fico me tremendo de raiva pelo seu desaforo.
- O que você quer? _ pergunto fechando a porta atrás de mim.
- Eu vim ver a Tintin, soube que ela estava doente?_ agora a ficha caiu, foi ele que mandou alguém ligar!
- Ela está bem, não precisava se incomodar. Agora eu quero saber o por que acabei de receber uma notificação de uma ação judicial? Qual é a sua? Isso tudo por que eu neguei a merda da proposta?_ falo cheia de raiva e ele abre um sorriso presunçoso.
- Eu avisei, que isso ainda não acabou, e só o fato do nome da mãe da Valentina ser a mesma de uma namorada que tive quando viajei alguns anos atrás, isso é muita coincidência. A não ser que você me fale quem é o pai da Valentina?_ ele deve saber de mais coisa.
- Sendo bem sincera não sei nada do genitor dela, por que ele foi um covarde que abandonou grávida e sumiu. Como falei não precisa se preocupar pode ir embora que dá Valentina cuido eu!_ falo apontando para ele ir embora.
- Sendo bem sincero essa história está meio contraditória, então me fale o que a minha mãe queria com você? Tem algo relacionado a Valentina?_ ele me pergunta e eu engulo seco. Eu não quero dar mais munição para ele vir com tudo para cima de mim.
- Como falei eu não sei, ela só chegou aqui do nada e falou um monte de baboseira. Eu preciso entra. Faz um favor, nos deixa em paz!_ me viro para entrar e ele segura a minha mão, o que me faz encarar.
- Você ainda não percebeu o quão grave é isso? Se eu sou o pai da Valentina, eu vou fazer questão de tirar ela de você.
- Para você ficar com a Valentina, você terá que me matar primeiro. Ela não merece ter alguém como você e sua mãe perto dela!_ solto a minha mão do seu aperto e entro fechando a porta na sua cara.
Merda eu preciso sair o quanto antes. Ele não vai me deixar em paz, e eu não vou suportar ficar sem a Valentina. Isso nunca! Irei lutar até as minhas forças acabarem.
- Tia, a senhora tá triste?_ ela me ver, e eu tento me recompor. Ela não precisa saber disso.
- Não meu amor, é só alergia, vou só lavar meu rosto e me deito com você!
Ela volta para o colchão e sigo para o banheiro, e acabo deixando as lágrimas caírem, eu estou com muito medo, eu não quero perder a minha pequena, por favor Deus, não permita que isso aconteça! Suplico em pensamento, e me recomponho, volto para sala e me deito junto com a minha pequena, eu não posso te perder meu amor. Fico repetindo isso em minha mente.
E acabo adormecendo de tão cansada que eu estou....

Contrato de Casamento com meu Chefe  Degustação Amazon Onde histórias criam vida. Descubra agora