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  Sam ficou pra me ajudar, e foi comprar o que precisa numa farmácia aqui pertinho pra fazer meus curativos. Fica ao lado do hotel. 

  Custou pra Dean deixar-nos pra trás, ainda mais o irmão, mas ele não confia em Elliot tanto quanto eu. E aceitei por que confio em Sam com minha vida. 

  Tomei banho e estou esperando enquanto cutuco as costuras da camiseta preta que uso de pijama. Odeio ficar esperando as coisas, não consigo ficar parada muito tempo e esperar exige, bem, paciência. O que raramente tenho. 

  Então, começo á andar de um lado pro outro, arrumando nossas coisas com uma mão só, já que vamos embora hoje mesmo. Talvez ás pressas então estar tudo pronto ajuda e muito. É a forma que encontrei de ser útil já que estou fora da caçada. 

  Batem á porta e fico de orelha em pé. Sam não bateria. Nem os outros. Fuço em minha mochila até achar o punhal que enfiei lá dentro, indo espiar pelo olho mágico. 

   Minha confusão só aumenta. "Pamela" abro a porta, descartando o punhal atrás do corpo. 

Seu rosto se ilumina. "Se lembra"

"Lembro. Se está procurando por Dean eu não sei onde ele está no momento" a noite esfriou drasticamente desde que chegamos ao hotel. E o vento cortante queima minhas pernas já que estou de shorts. 

"Eu sei que não sabe. Não estou aqui por Dean" ela limpa as mãos nas calças, de um jeito bem ansioso "estou aqui por você"

"Por mim? Eu não entendo-"

"Mas vai" olha por cima do ombro, e á seguir, se vira, atingindo meu estômago com seu punho e em seguida meu rosto.



✡️



   Tonta, e dolorida. Um zumbido abafa meus ouvidos, tinindo. A visão clareia conforme pisco, e mexo a mandíbula. Droga, parece que a Baby passou por cima de mim.

  Mas que caralhos?!

"Que bom que acordou. Fiquei com medo de ter batido forte demais"

    Ergo os olhos, piscando lentamente. O esforço é enorme, e parece que estou quebrando a cabeça em duas partes só por fazer isso.

   "Você...? Foi você que latou aquelas fesoas?" Parece que a minha língua não me obedece, mas sei que ela entendeu.

    Olho em volta, e não consigo reconhecer nada. Onde caralhos estou? Onde estão os outros?

    "Sinto muito que tenha sido desse jeito, mas precisávamos conversar"

"Precisava me bater?!" Sinto gosto de sangue na boca, acho que mordi alguma coisa. "Era só falar"

"Você iria ouvir o que a namorada do 'assassino' tem a dizer?" Indaga, cruzando os braços.

"Iria. Nem sempre saio atirando ou esfaqueando os outros" resmungo, tentando sentar melhor e engolir a bola de saliva e sangue. "Onde estou?"

"Na minha casa. Olha, Jeff não quis fazer mal a ninguém, ele é novo nisso. Eu estou á anos... não precisava matá-lo"

"Está dizendo que consegue controlar?" 

Road To Nowhere - Dean Winchester FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora