Road To Nowhere - Dean Winchester Fanfiction

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   "Por Deus, quer parar de agir feito um babaca?!" Sussurro zangada, encarando Dean no semi escuro.

   Só nossas lanternas iluminam o corredor estreito qual estamos. Entramos na parede, e foi ficando cada vez mais apertado. Até ficarmos entalados. É quase engraçado quando paramos pra ver.

    Viemos até a casa de uma suspeita dos assassinatos. 

   Aparentemente, dividimos e conquistamos. Então Bobby foi com Sam se passar por federais, e eu e Dean viemos até a casa stalkear a mulher. Acho que tirei o palito menor, por que ele tá sendo um idiota. Um grande porre o tempo inteiro. 

   Ainda somos uma dupla efetiva, Dean foi abrir a porta enquanto eu lidava com o sistema elétrico e cortava a energia e alarme. Somos uma boa equipe, isso quando não estamos nos esganando. Começamos a investigar e ouvimos barulhos de dentro de uma das paredes do andar de cima. Fomos até lá e entramos por um closet no corredor.

   Pior. Decisão. De. Todas.

   "Eu não sou um babaca" retorque.

"Isso tem de ser estudado. Jamie não fez nada pra você e tecnicamente nem eu"

"Com aquele cabelinho boi lambeu, óculos pomposo e roupa de mauricinho?! Qual é!" Ele chega mais perto com o pescoço. "O que você viu naquele cara?!"

"Você também cuida da aparência" defendo, zangada, e um pouco claustrofóbica. "Desse seu cabelo perfeito" digo em resmungos por estar tentando me soltar. "E da jaqueta idiota"

"A jaqueta era do meu pai. E agora é minha. Claro que vou cuidar" grunhe, se remexendo.

    Não posso deixar de imaginar por um segundo selvagem outro jeito dele fazer esses sons, e um calor sobe por meu corpo todo, esquentando tudo. Céus, agora não é hora de pensar nisso.    Desvio o rosto pro outro lado, apertando os dedos envolta da lanterna com força. Não pensa nisso. Não pensa nisso. Não pensa ni...

   Ele se remexe todo e acaba ficando com o rosto pertinho da minha orelha, sua respiração quente e resmungos deixando meus joelhos bambos. Só rezo pra que ele não note.

   Meus dedos até fraquejam envolta da lanterna. Se concentra, se concentra, SE CONCENTRA.

   Inspira, expira... Inspira, expira...

   Me sinto molhada, e isso não é hora. Não é hora pra ficar desse jeito. Se concentra, inspira, expira. Vamos lá, você se lembra como se respira, Venus.

    "Quer parar de se mexer?!" Volto a o encarar e me arrependo. Estamos a milímetros um do outro. "É impressão minha ou ta ficando mais apertado?" 

"Por que eu fui ouvir você e entrar aqui?" Sussurra bem irritado.

"Eu não chamei você, você que foi entrando atrás de mim feito um elefante na loja de cristais." Replico, tentando tirar meu braço de entre nós dois por que está doendo.

"De nada por tentar salvar sua vida, ó sua menina ingrata" debocha, me encarando com raiva. "Você é a garota mais irritante que conheço. Não sei como consegui aguentar você tanto tempo, poderia estar dando uns amassos naquela garçonete gostosa mas estou aqui"

Ai. Mexo o pé e acabo pisando no seu por acidente, mas quando percebo forço um pouco mais, fazendo-o grunhir e me fulminar com o olhar. "Você é arrogante, bagunceiro e machão" vocifero entre os dentes, adorando seu desconforto. "Muito mandão e irritante. Muito mandão"

"Exibida, metida e insolente"

"Você sabe o que insolente quer dizer?" Debocho, fazendo careta.

Poderia jurar que vi chamas em seus olhos. "Claro que sei. Não sou inteligente como Sam é mas não sou uma porta" rosna, de dentes cerrados. "Agora tira seu braço do meu rim!"