' ℰᥙ tᥱ o̶d̶e̶i̶o̶ ᥲ꧑᥆ | 𝒦ᥲrᥣᥒᥲρ 🎾

'𝟱 | 𝘢𝘱𝘰𝘭𝘰𝘨𝘪𝘴𝘦. 🎾

Caminhando até o carro comecei a pensar no jeito bonito e gentil que Karl olhou e se referiu a mim. Estamos trabalhando para tornar nossa relação tolerável e nisso vejo mudança da parte dos dois.

Eu quero muito ler os restantes daqueles emails. Apesar da bizarrice nele, de saber que Jacobs já se apaixonou por mim, eles me fazem bem; me fazem sentir que sou bom, e entender que não sou e nunca serei como meu pai.

Entrei no carro e comecei a dirigir a volta para casa, com uma música tranquila soando no rádio. Minha ansiedade diminuiu muito desde que Karl me ajudou a controlar, estou ansioso para ver ele pessoalmente e conhecer um pouco mais da pessoa que ele é

Enquanto isso, a única forma de realmente conhecê-lo é lendo as coisas escritas por ele. Estacionei o carro e entrei dentro da casa silenciosa, troquei minhas vestes e fui até o computador novamente. Abri aquela aba cheia de emails e pesquisei por Karl Jacobs, encontrando a segunda escrita com facilidade

"Olha Nicholas, isso é tão esquisito! Eu não consigo te tirar da minha cabeça, isso é comovente porque, eu deveria estar pensando na minha mãe de cama, ou pensar a onde meu pai se meteu, mas eu só penso em você. Você é o meu refúgio de todas as injustiças que estou acostumado a passar, me salvou em momentos que eu implorei pra Deus tirar a minha vida. Assistir os seus vídeos, e ver seu sorriso diariamente me deixa tão esperançoso, espero um dia poder abraçar você bem forte, e dizer o quanto gosto de você. Eu amo você de uma forma platônica, um dia bem distante vou dizer isso olhando no fundo dos seus olhos. Com carinho Karl. S2"

Porra Karl.

Mas que porra.

Esse eu não tenho coragem alguma de responder, isso é tão particular, tão íntimo. Nunca pensei que alguém fosse capaz de se apaixonar por mim sem ter trocado uma palavra comigo, de alguma forma fui a segurança de Karl, e eu não posso ser rude e machucar mais, tenho certeza de que esse sentimento dele já passou, e eu espero muito que tenha passado.

Ele é realmente uma pessoa boa, esteve me ajudando tanto com a ansiedade dos jogos. Eu não posso tirar a medalha dele, mas não posso perder ela.

Esses sentimentos e esses pensamentos um dia irão me torturar, prefiro ir dormir do que ficar pensando essas idiotices. Desligo o Notebook e me deito na cama. Fecho meus olhos e depois de tanta insistência e inquietude consegui dormir.

Acordei com o barulho do despertador, bati nele fazendo aquele bip insuportável ir ao fim. Coloquei as roupas de academia e fui treinar um pouco. Voltando para casa, me deparo com Dream na mesa já comendo.

— Você demorou muito pra chegar ontem, eu nem vi. — Disse ele, largando o livro e me encarando juntar-se a mesa.

— Na verdade eu cheguei até que cedo, não aguentei a pressão. — Peguei uma fatia de pão e passe manteiga no seu interior.

— E os e-mails do Karl? Ainda obcecado por essas cartinhas de amor? — Ele ri sarcasticamente. Franzi a cara desacreditado em como ele pode achar que eu estava de alguma forma envolvido com isso. Eu estou, mas de jeito algum com segundas intenções, eu realmente não sinto nada além de empatia por Karl.

— Se toca, só tem mais uma para ler. — Mordi um pedaço generoso do pão fresco. — Hm, meu pai ainda não respondeu, isso está me matando Dream. — Coçei meus cabelos.

— Relaxa ele não vai vir Sapnap. — O mais alto me tranquilizou, fiquei tão calmo. — Conversei a noite inteira com George, ele me falou que o Karl convidou a gente para um karaokê hoje. — Meus olhos acenderam.

— Conversou com George a noite inteira? Meu deus, você está tão desesperado. Por que só não pede pra ficar com ele logo?

— Por que ele é um cavalheiro Nick, ele não quer um "vamos ficar?" Ele na verdade prefere um "seja o amor da minha vida." — Dream argumentou. Comecei a rir do seu modo de falar.