Capítulo 8: O Rato Foje da gaiola Novamente.

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Volteeei! Perdão pela demora meus amores.

Boa leitura, lovers!

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Lorenzo, observou bem cada detalhe do meu rosto, enquanto eu ainda soluçava chorando, uma gota de sangue escorrendo por meus lábios, advindas do corte que, com os dentes, ele fez em meu lábio inferior. Ele volta a pegar sua gilete e o encaro assustado, sinto meu queixo tremer quando ele aproxima a gilete de minha garganta.

- Por favor... Lorenzo - ele ergue as sobrancelhas e depois semi serra os olhos me encarando como se olhasse algum tipo de escravo ou objeto. - E-eu vou... com você. M-mas, por fa-favor, deixe eles. D-deixe que vão em embora.

- O que te faz pensar que tem direito a qualquer pedido? - ele sorri com escárnio e diversão. - Você não fez por merecer qualquer ínfima piedade, Matthew Kline. Sabe o que vai acontecer com esses três imbecis que você chama de irmãos? Bem, as duas garotas não podem vir com a gente, porque como o bom misógino que o Howard é, ele as mataria em uma fração de seegund, portanto, deixarei que Aiden decida o destino delas. Quanto ao seu Superman ali... - Lorenzo recebeu um olhar de Dylan, que exalava ódio. - Ele virá com a gente como brinde e como garantia da sua total rendição. Nos contrarie e verá a cabeça dele rolar em sua frente.

Vi de soslaio quando Lucy soltou suas mãos e olhava atentamente para o brutamontes que apontava a arma em sua cabeça. Aquilo foi o bastante para me fazer recobrar quem sou eu. Estava tão detido no cenário em que Lorenzo me introduziu que havia esquecido, por um momento, que sou um Kline. Ninguém nunca nos venceu, não seria diferente agora. Lucy olhou para mim e eu entendi o recado, em segundos ela tomaria posse do controle da situação.

Em um movimento rápido Lucy tirou a arma do homem de seu alcance e o derrubou, os outros dois olharam e, ao mirarem nela, Dylan empurrou um deles com o ombro e ele acabou tropeçando nos próprios pés e caindo pela janela que estava aberta. O outro que estava mais próximo de mim e Lorenzo atirou, mas Lucy foi rápida em se colocar atrás do outro cara, que serviu como escudo humano. Em seguida ela pegou uma das armas do cara, agora, morto e atirou no outro.

Lorenzo tirou a arma de sua cintura e me puxar pelos cabelos, pressionando a arma contra minha cabeça. Lucy e Dylan ficaram imóveis. Eu temia por minha vida, mas, acima de qualquer coisa, temia pelas vidas deles. Isso que Lucy fez certamente irritou Lorenzo e era isso que me preocupava. Lorenzo gargalhou alto.

- Puta merda, hein garota! - ele gritou extasiado. - Você é durona, cacete. Me diz aqui, você é uma amazona? Vai tirar essa roupa de sapatão favelada a qualquer momento e revelar sua roupa de super-heroína? Anda, joguem as armas pra cá.

Ambos hesitaram um pouco, então Lorenzo puxou meus cabelos com mais força fazendo-me gritar de  dor. Lucy foi a primeira a largar sua arma e chutar ela, Dylan não tardou a fazê-lo também. Lorenzo desviou o olhar para puxar as armas com o pé esquerdo e isso foi o bastante para que Lucy, em um movimento rápido, retirasse um pequeno punhal de su cintura e arremessá-lo na mão de Lorenzo, o que a arma ser atirada ao chão e ele gritar de dor. Peguei a arma que ele deixou cair e apontei para ele. Dylan veio para trás de mim e sussurrou em meu ouvido para que eu atirasse. Eu tremia, nunca tirei a vida de ninguém antes. Não intencionalmente.

- Matar meus capangas é aceitável - Lorenzo, ofegou. - Mas me matar é um caminho sem volta, pequeno Matt. Os Blackwood irão te caçar até o inferno para vingar minha morte.

- Vocês já fazem isso. - Lucy, afirmou, enquanto ajudava Mary a se levantar e servia de apoio para ela se manter em pé.

- Atira, então! - Lorenzo estimulou com os olhos saltados enquanto se levantava devagar. - Atire, garoto! Se não atirar agora mesmo, eu vou pegar essa arma da sua mão e enfiar no seu cu, depois matar seus irmãos aqui mesmo e depois te foder usando os cadáveres deles como plateia.

Cheguei a conclusão de que não seria capaz de matá-lo, então mirei em sua coxa e disparei. Ele foi ao chão gritando de dor com a mão no local baleado, tentando estancar o sangramento. Dylan gritou um "vamos embora daqui!" e eu apenas joguei a arma pela janela antes de me virar para Lorenzo e proferir cada palavra com o máximo de ódio que pude:

- Você também sangra como um humano, cretino!

Me virei e corri para acompanhar os outros. Em poucos minutos estávamos longe o suficiente para que eu pudesse respirar aliviado. Mary dormia no colo de Lucy no banco de trás e eu olhava pela janela do carro, vendo as árvores passarem rápido por minha visão. Dylan não havia falado uma única palavra desde que saímos do hotel, até mesmo Lucy falara e ele não. Parecia tenso, as veias de sua testa demoraram para sumir e seu maxilar estava travado.

Quando paramos em um posto de gasolina no meio do nada, Lucy saiu com Mary para ajudá-la a tomar um banho e tirar todo aquele sangue de seu corpo no banheiro ao lado da conveniência, pude enfim ficar sozinho com ele. Olhei para seu rosto, ele não me olhou de volta, então vi que eu deveria falar primeiro.

- Dylan...

- Cala a boca! - suas palavras saíram secas, o que fez  com que um nó se formasse em minha garganta. Eu não posso chorar em sua frente, por favor se contenha Matt.

- O que eu fiz? - foi impossível evitar que minha voz saísse falha. Ele me encarou com uma raiva que chegou a me assustar.

- Você poderia ter matado aquele filho da puta! - Dylan praticamente gritou. Senti meus olhos marejarem, vê-lo me tratar assim é tão doloroso quanto a humilhação que fui submetido com Lorenzo. - Por que não o fez? Você está gostando desse jogo? Deixá-lo vivo, ainda mais tendo atirado nele, só vai impulsionar ele a querer te caçar mais ainda. A diferença é que agora eles tem sede de vingança! Eu fico mais puto a cada momento em que olho para o seu rosto e vejo o caralho dessa marca que ele te fez, como se você fosse da porra do rebanho de gado dele. Aquele filho da puta do caralho!

- Desculpa... É que eu nunca matei ninguém, não propositalmente. - desabei em lágrimas e ele suspirou alto enquanto mudava a expressão em seu rosto de raiva para surpresa. Talvez tenha se tocado do que ele estava falando. Sempre esteve claro que nessa família eu seria sempre o cordeiro. Nunca tive culhão para fazer algo violento ou heróico.

- Não se desculpe - suspira alto e pega minha mão, colocando-a sobre a sua em sua coxa. - Eu não pensei em você. Não lembrei disso. Eu sinto muito por ter descontado minha raiva em você, Matt. - Dylan, se aproxima e me abraça, dando um beijo em minha testa. - Mas você precisa entender que a gente está em uma situação de vida ou morte, eles não estão suavizando para a gente. Não temos que suavizar pra eles! Você não será um assassino se estiver se defendendo.

- É que... - caiem lágrimas. - Foi muita coisa pra absorver... Eu não quero mais o peso de uma vida em minha costas, teve aquilo com Mary, a garota que eu explodi, o Lorenzo... eu estava frágil. Naquele momento eu não conseguiria matar nem mesmo uma formiga.

- Eu sei, meu bem. - Dylan me abraçou mais forte e eu chorei mais ainda, sentindo suas mãos em meus cabelos. Dylan tem um efeito apaziguador absurdo sobre mim, ele sabe como suavizar qualquer desespero em que eu estiver. - Vamos fazer um curativo em cima desse corte no seu rosto? Odeio ver que não pude impedir isso.

Continua...

Pequenininho só pra atualizar vocês mesmo.

Cheguei e já fui!

Propriedade de um SociopataOnde histórias criam vida. Descubra agora