الخلاص

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NA: Boa noite pessoal, venho com um novo capítulo para que se deleitem dessa nova perspectiva que estou tentando dar a essa história. Nesse capítulo quero dar um agradecimento especial a HowUdare que está me ajudando muito nessa nova etapa, principalmente na revisão dos textos e em conselhos pro futuro de Hidden, deixo aqui todo o meu carinho.

Desejo a vocês uma leitura fantástica de novas descobertas, nos vemos nos comentários!

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O som de ponteiros do relógio foi a única coisa que Lauren se concentrou nos últimos 20 minutos, seu corpo desconfortável na cadeira, ainda perdida onde estava, o lenço cobria seus olhos e a mantinha silenciosa com as mãos sobre o colo. Sabia somente que tinha entrado em outro carro e subiu para o local atual através do elevador.

Karila estava sentada à sua frente, à distância, com as pernas cruzadas e o braço direito apoiado sobre a mesa enquanto a olhava em silêncio.

— Tire o lenço do rosto — a voz de Karila ordenou-lhe de repentino, Lauren ainda relutante moveu as mãos para o rosto, movendo o lenço e piscando fortemente pela intensa claridade das luzes de led iluminando o ambiente.

Diferente da casa da mulher em Heliópolis, ali os móveis ultramodernos e a arquitetura contemporânea de tons de branco chegavam a lhe cegar com sua alta sensibilidade à claridade.

— Seja objetiva em dizer quem te colocou aqui.

Lauren bufou resignada, a mão indo aos olhos para enxergar melhor, sabia que a presença da mulher complicava tudo, não tinha para onde correr, mesmo que naquele momento estivessem absolutamente a sós.

— Meu doutorado me colocou aqui, nada além disso, se precisa de um nome, então o nome de quem me colocou aqui foi Karila Aistarabaw: você. — A maneira como retrucou honestamente, sabendo que o temor e a maneira como Karila parecia obstinada em obter respostas a colocava em um problema que só parecia deixá-la ainda mais ansiosa e irritada, não tinha o que dizer, não havia nem mesmo uma história para inventar.

— Eu não sou idiota, se quer sair viva desse país, vai precisar me falar.

— Olha, eu preciso ser sincera, você pode encontrar qualquer argumento para dúvida, eu não sei o que dizer, não tenho uma história pra inventar, não sei o que você quer ouvir, não estou envolvida em nada disso, não sei o que tem nesse frasco, a única coisa que eu sei é que morrem pra te matar, e isso quem me falou foi Ursel, tudo isso, eu não sei de mais nada! — Lauren parecia estar em transe suplicante, pronta para sair daquele lugar, nem que fosse para entrar no primeiro avião e fugir daquele caos.— E olhe bem, você é inteligente o suficiente para perceber que se eu estivesse fazendo algo, eu não seria idiota em guardar um frasco roubado seu em cima de qualquer lugar no meu quarto? Quarto ao lado do seu? — Seu jogo de argumentos era lógico, e Karila também já havia pensado em tudo aquilo, mas ela não sabia ir contra uma prova real, não havia nada que incriminasse outra pessoa.

— Você tem o ônus da prova, é culpada até que prove o contrário, e eu acho que é bom começar a dizer o que sabe se não quiser que coisas ruins aconteçam a quem você ama. O que acha? É um jogo interessante. — Karila cruzou os braços, a olhando na cadeira diante de si; parecia desprotegida, mas o olhar esmeralda marcante não era de uma tola confusa colocada em meio a um problema que não era dela. — E sendo sincera, no alto de sua insignificância quem iria incriminar você? Conhece alguém no Egito para estar sendo assim tão injustiçada? — O tom debochado ao qual a princesa adotou para fazer aquela pergunta fez Lauren pensar com praticidade, sua mente se colocando a qualquer raciocínio para tirar aquilo de suas costas.

Hidden (2024)Onde histórias criam vida. Descubra agora