Olhe, mas não toque!

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Capítulo 02

Filippo Ferrieiro

Hoje foi um dia longo, acabei de chegar de viagem estou atrás de um novo fornecedor de armas de confiança, desde do incidente com o Carlo verifico tudo no mínimo três vezes, e encontrei um em especial novo no mercado, legado deixado pelo pai, um diamante bruto a ser lapidado.

Estou a caminho do La mademoiselle, uma boate muito famosa no qual membros e não membros frequentam, a qual eu mesmo passei a frequentar diariamente desde do ano anterior, tudo por conta de uma maldita voz me assombra, lembro perfeitamente como se tivesse acontecido ontem.

Flash back on

Era final de noite, por volta das duas da madrugada, eu e o Eliott havíamos acabado de adentrar o local, o qual estava lotado como todas as outras vezes, nada fora do habitual, eu não tinha costume de visitar boates mas essa em questão fornece o melhor vinho de toda a Itália, além de música de boa qualidade, o La mademoiselle, não era uma simples boate, era melhor.

Sentamos em uma mesa próxima ao palco, onde deveria ocorrer a próxima apresentação em breve, as vezes eu faço isso, venho aqui bebo algumas taças de vinho e quando a noite é boa, alguma cantora tem o enorme prazer de me apresentar seu show enquanto chama o meu nome.

As luzes se apagaram e tudo fico um breu, todas as vozes cessaram no momento em que as primeiras melodias invadiram o ambiente, e apenas um projetor se acendeu sobre uma cantora, meus olhos percorreram por todo o seu corpo curvilíneo, sobre sua pele morena, pelo tecido fino que cobria seu corpo mas que possuía duas fendas que iam até a altura das suas coxas, mas o que me chamou a atenção foram os seus saltos.

Eles eram vermelhos.
Totalmente vermelhos como os de Alice, no país das maravilhas.
A máscara escondendo seu rosto, revelando somente seus olhos na cor do mel, estou um pouquinho curioso em relação à ela admito.

Levei minha mão direita até a taça e tomei um leve gole no vinho enquanto a analisava, sua pele estava arrepiada, seria sua primeira vez cantando para uma plateia? Quem era ela? Seu lábios se entre abriram algumas vezes, eu quase jurei que a mesma fugiria do palco mas eu estava totalmente enganado.

E no momento no qual sua voz tomou conta do ambiente, eu me encontrava totalmente fascinado, foi como se uma corrente magnética me puxasse até ela, como uma sereia seduzindo um marinheiro para a morte e foi assim por toda sua performance em palco.

- Está quase babando Filippo - Eliott diz abrindo um sorriso presunçoso pra mim, no momento que me levanto - Onde está indo?

- Até o dia nascer ela estará na minha cama - Digo dando as costas para o mesmo, enquanto vou em direção ao camarim, batendo lentamente na porta.

- Pode entrar mère - Ela diz algo no final da frase no qual não compreendo a tradução mas mesmo assim, eu entro e tranco a porta, assim que eu entro noto que ela ainda está de máscara - Você pode abrir por favor - Ela diz puxando seus cabelos para o lado, revelando as pintinhas em seu ombro nu, me aproximo dela e seguro firmemente na sua cintura, aproximando lábios do seu lóbulo.

- Por mais que eu queira tirar cada peça de roupa sua - Digo com a voz rouca e enquanto a encaro pelo reflexo do espelho - Prefiro que peça pelo nome correto senhorita?

- Tire suas mãos petulantes de mim Filippo - Ela diz se virando, ficando cara a cara comigo enquanto não desvia o olhar, ela está tão perto, que seu perfume invade minhas narinas.

- Nos conhecemos? - Pergunto e vejo seus olhos vacilaram por um breve momento, nesse momento sua respiração começa a ficar pesada, seu corpo a dilata, pois posso ver seu peito subindo e descendo - Senhorita?

- Alice - Ela diz, seu tom de voz me é familiar, mas não consigo me recordar - E não - Dar uma pausa- Não tenho o desprazer de conhece-lo - Ela diz me fazendo sorrir.

- Alice - Repito tocando as pontas dos nossos narizes, nossos lábios estão tão próximo, você sentir o sabor de amoras, mas sou tirado do transe rapidamente quando suas mãos agarram as minhas que ainda estavam repousadas em sua cintura, e nós faz inverter as posições.

- Não me lembro de ter lhe dado permissão para mim tocar - Ela diz enquanto aproxima seus lábios do meu lóbulo direito - Você pode olhar - Ela sussurra de um jeito muito sexy - Mas não pode tocar - Ela diz me dando costas não me dando a chance de responder é assim ela se foi tão rápido quanto ela apareceu na minha vida, ela desapareceu, me deixando fascinado.

Flash back off

Desde de então estou sobre o efeito do encanto daquela maldita sereia, eu preciso tê-la para mim.
Alice, Alice quem é o rosto por trás da máscara? Não importa, em algum momento irei descobrir e então o verdadeiro jogo irá começar.

O Consigliere Filippo F.Onde histórias criam vida. Descubra agora