Capítulo 06
Filippo Ferrieiro
Aquelas palavras escaparam involuntariamente dos meus lábios, cogito a possibilidade em responder que sim, bateram na minha cabeça e com força, mas não seria verdade. Josephine está realmente divina, ela usava um vestido preto que marcava todas as curvas do seu corpo, e seu perfume era de malditos lírios, mas eu me recuso a admitir novamente.
- Ferrieiro me larga - Josephine diz tentando se soltar e involuntariamente minha mão direita repousou sobre seu pescoço o segurando firme mas não o suficiente para machuca-la, neste momento seus olhos pousam sobre os meus, sem desviar em momento algum - Fi.. - Ela tenta falar e eu a corto.
- Por que você é sempre assim Mitchell? - Falo encarando-a desde que me lembro, Josephine sempre tem algo pronto na ponta da língua, algo nesta garota me irrita profundamente.
- Se com assim você quer dizer invulnerável ao seu charme de quinta categoria - Ela diz me fuzilando com os olhos e eu não posso deixar de abrir um sorriso de lado - Se deve porque tenho senso de auto preservação - Ela diz e eu aumento um pouco o aperto em seu pescoço, fazendo ela arfar.
- Me acha charmoso Josephine? - Digo com a voz baixa, posso ver que sua respiração ficou desregulada sua pele se encontra toda arrepiada, quais tipos de reações a mesma esconde? E por que estou tão disposto a descobrir? - Você..
- Eu.. - Josephine me corta levando sua mão ao encontro do meu pulso, o puxando para o lado escapando do meu alcance, me viro achando que a mesma sairia andando mas não, ela me empurra contra a parede colocando seu antebraço na frente do meu peito - Estou farta de homens achando que podem me tocar sem a minha permissão
- Bravinha - Digo sorrindo levando minhas mãos pra cima mostrando minha total rendição - Peço desculpas bambina - Digo olhando diretamente em seus olhos - Desta vez não tive intenção de ofende-la
- Bastardo - Ela diz por fim me soltando no exato momento em que seu celular começa a tocar - Bonjour papa - Ela diz em um idioma no qual acredito que pelo som seja francês, me ignorando totalmente - Ce n'était pas ma faute, il m'a touché contre ma volonté - Ela fica calada por alguns minutos - Eu possuo alguém - Ela diz engolindo seco , enquanto mistura os idiomas - Filippo Ferriero - Ela diz por fim desligando.
( Alô papai / Não tive culpa, ele me tocou contra minha vontade )
- Por que.. - Sou interrompido antes mesmo antes de formular a pergunta.
- Case comigo - Ela diz, a encarei esperando o insulto, a pegadinha mas não veio, pois ela estava falando serio, seus olhos não fraquejaram por nenhum maldito segundo e então ela repetiu - Case comigo Filippo Ferrieiro
- Você bateu a cabeça Josephine? - Pergunto incrédulo com as palavras que saíram da sua boca - Casar com você - Eu comecei a gargalhar não levando-a a sério - Nunca
- Tudo bem mas tenho uma pergunta para você - Ela diz por fim me soltando, logo me dando as costas - Quantas garrafas de whisky pretende beber no seu próximo encontro? - Ela diz por fim, me dando as costas, me fazendo lembrar do meu encontro de minutos atrás o qual a bambina estava a todo custo tentando me agradar, esse não é o real problema, eu não me sinto atraído por nenhuma delas, todas usam o mesmo perfume, o mesmo estilo de roupa, todas são educadas e não me desafiam, não me sinto cativado por nenhuma delas esse era o problema - Pelo seu silêncio imagino que muitas
- Espere - Digo relutante sabendo que isso seria uma ideia ruim, ruim não péssima - Esta disposta a casar mesmo comigo? - Pergunto.
- Você está? - Pergunta me olhando.
- Você acha que as pessoas são tolas Josephine? - Digo a encarando - Ninguém que tenha um fleche de lucidez vai acreditar nessa nossa historia - Minha mão esquerda se move involuntariamente agarrando seu pescoço sem sufoca-la, a colocando contra parede.
- Ferriero - Sua voz sai falha em um tom baixo, despertando-me arrepios - Eu - Tenta falar mas desiste, comecei a analisar sua linguagem corporal e pude notar que seu peito subia e descia enquanto seus olhos se alternam entre meus lábios e meus olhos, ela levou sua mão ao encontro da minha, em um movimento rápido a mesma nos inverteu de posições, agora eu estava contra a parede com as mãos repousadas sobre sua cintura, enquanto Josephine me devorava com o seu olhar, nunca havia me sentido a caça, afinal sempre fui o caçador. Calafrios me percorreram pelo meu corpo quando a mesma ficou nas pontas dos pés e seus lábios roçaram meu pescoço fazendo um pequena trilha até o lóbulo da minha orelha, involuntariamente apertei sua cintura buscando por mais contato e então a mesma sussurrou - Se eu consigo deixar o mais espertos dos tolos assim, enganar o resto é una passeggiata, è un giro nel parco
( Um passeio no parque )
- Piccola maledizione - Digo assim que ela abre um sorriso satisfeita com a pena vitória que obteve agora.
( Pequena maldição )
- Temos um acordo senhor consigliere? - Ela diz se afastando estendendo sua mão esquerda que logo a agarro concordando silenciosamente, neste momento sinto que estou vendendo minha alma para o diabo ou melhor diaba.
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O Consigliere Filippo F.
Romance"𝑺𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒎𝒐𝒔 𝒅𝒖𝒂𝒔 𝒄𝒉𝒂𝒎𝒂𝒔 𝒆 𝒔𝒂𝒃𝒊𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒖𝒎 𝒅𝒆 𝒏𝒐𝒔 𝒊𝒓𝒊𝒂 𝒏𝒐 𝒇𝒊𝒎 𝒔𝒂𝒊𝒓 𝒎𝒂𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐𝒔 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒋𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒊𝒖" O amor está mais perto do ódio do que a gente geralment...