A gênese

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Capítulo 01

Josephine Mitchell

Aquele ruivo miserável.

Foi em um piscar de olhos, eu estava no centro da pista de dança da boate, ao som de Azee sua música que tocava era sexual healing, eu podia sentir a onda de energia que estava me possuindo, meu quadril automaticamente se mexia lentamente enquanto minhas mãos deslizavam ao meus cabelos, tocando minha cintura, busto, rosto e finalmente cabelos.

Fecho os olhos apreciando a batida da música, mas logo sinto aquela sensação sobre minha pele de ser observada, abro os olhos lentamente e lá estava ele, Filippo me olhava e vinha na minha direção, olhe diretamente e seus olhos e mexi meu quadril lentamente provocando o mesmo

E em questão de segundos, senti uma de suas mãos se apoiarem um pouco abaixo em uma das minhas coxas e a outra mão na minha cintura, levei um pouco de tempo para racionar mas quando tomei uma rápida lucidez, já estávamos fora da boate, e eu estava em cima do seu ombro.

- Me coloca no chão seu cretino! - Dei vários soquinhos nas suas costas e fui ignorada.

Ele parou de andar próximo ao seu carro e finalmente me colocou no chão, vir seus olhos me olharem, eu não sabia oque se passava por sua cabeça, ele levou a mão ao seu maxilar passou entre sua barba e fechou os olhos, engoli seco quando ele os abriu novamente.

- Só cala a sua boquinha - Ele fala com a voz rouca e e eu simplesmente concordo.

- Por que você me tirou de lá assim? - Falei baixo, e ele me encarou e começou a dar passos lentos em minha direção, dei alguns passos para trás sentindo minhas costas tocarem no carro.

- Por que? - Ele se aproximou me deixando pressa sem saída, suas duas mãos agora estavam na altura do meu rosto - porque eu te odeio, mas odeio mais ainda que te desejem... Você é minha...

- Mas - Entreabro minha boca algumas vezes, as palavras não queriam sair, me esforço um pouco - Não sou sua..

- Quando carregar meu sobrenome vai ser como se fosse, e mesmo que não seja real, não quero outros olhos em você - Ele falou sendo tão possessivo que eu não consegui rebater - Entre no carro

- Eu não vou com voc.. - Ferrieiro me corta, colocando os dedos em meus lábios.

- Entre agora! - Ouvir ele mandar em mim desta forma faz meu corpo arrepiar, por quê me sinto assim? Por que reago assim?

- Já falei que não vou - Cruzei os braços e o encarei.

- Se você não cooperar, vou fazer você se arrepender - Deu uma pausa e se aproximou do meu rosto e falou com a voz rouca - E você sabe que eu sou capaz

- Droga! - Ele deu sorriso - Tudo bem..

- Que bom que chegamos a um acordo - Ele fala se afastando dando espaço para eu passar, Acordo? Ele simplesmente me deixou sem argumentos, um ponto para você Filippo. encaro ele, logo passando pelo mesmo entrando no carro, vamos Jose não transforme isso e um jogo, seu lado competitivo desperta seu pior lado...

Vejo ele dar a volta no carro e entrar pela porta do motorista, assim que ele se senta, suas mãos vão há gravata a deixando folgada, ficando até despojado diferente de como estou acostumada a vê-lo mas isso não-o deixou nenhum pouquinho menos atraente o que é frustrante, pelo contrario, ele me olha e se inclina, de inicio eu pensei que ele iria fazer alguma coisa mas ele simplesmente colocou o cinto em mim e seguiu em frente dando partida no carro, aproveito para tirar meus saltos.

Suas mãos estão firmes no volante o agarrando com tanta força que eu sentir um nó na garganta e minha respiração foi ficando ofegante, maldito! Mil vezes maldito! Eu sei que eu não deveria mais eu queria sentir a firmeza do seu toque.

Filippo estava possesso de raiva, a velocidade em que o mesmo dirigia fazia uma onda de êxtase invadir o meu corpo, abaixei o vidro da janela sentindo o vento em meu rosto tirei o cinto meu corpo automaticamente se ergueu indo para a janela.

Apoiei meu quadril na janela e segurei firmemente na janela para que eu não caísse e fechei os olhos, sentindo o vento em meu rosto, em meus cabelos. Eles voavam me deixando com a sensação de liberdade talvez..

- Você pode parar de me provocar? - Filippo reclama e eu simplesmente rio descendo da janela fechando a mesma novamente, mas desta vez sentei de frente para ele colocando meus pés em seu colo brincando o cós da sua calça - Josephine pare com isso!

{ Flash Back on }

A boate estava lotada hoje, é a minha primeira apresentação para um público de verdade além do Benjamin e da Annelise ninguém jamais me ouvirá cantar, confesso que estou um pouco receosa.

- Mademoiselle Mitchell? - Eu olhei para Cecília que entrou no camarim, ela não trabalhava na boate mais sua companhia era de fato agradável, por sinal ela que convenceu o dono do estabelecimento que por sinal é o seu marido era dono a permitir que eu cantasse aqui sem revelar minha "identidade" meu pai com certeza me puniria.

- Sim Ceci? - Sorrio para a mesma indo em sua direção - Posso ajudar em algo?

- A sua máscara querida - Ela me entrega a caixa e eu a abro admirada com o quão lindo ela é - Feita a mão ficará perfeita em você querida

- Muito obrigada Cecília - Eu abraço em agradecimento e olho para o relógio a cima da parede vendo que está na hora de me apresentar, de cantar.. - Me deseje sorte mère

O Consigliere Filippo F.Onde histórias criam vida. Descubra agora