Capítilo 14

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As garotas ficaram na Villa François, e o lugar era tão chique quanto Sabrina imaginava. Não que estivesse surpresa. Tinha visto a casa onde a família de Marcus morava e o chalé nos fundos do terreno onde o próprio noivo vivia. Conheceu a mãe dele. Viu como suas camisas eram lavadas. Havia ordem e precisão em toda a família Montgomery.

Essa casa não era deles, mas Olivia comentou que pertencia a velhos amigos que amavam o estilo moderno. Isso ficou evidente no momento em que a minivan entrou pelos portões e o grupo viu o local. A casa era localizada nas colinas em Super-Cannes, um bairro exclusivo onde todas as pessoas muito ricas ficavam. Era perto de Cannes e da praia, tinha vários empregados e janelas de ponta a ponta. É claro que também contava com uma piscina e terraço nos fundos, com vista para o Cote d'Azur, a expansão brilhante abaixo deles. A piscina convidativa tinha o tamanho de uma raia olímpica e várias jacuzzis. Havia também cadeiras estofadas embaixo de guarda-sóis brancos para acomodar todo mundo. Sabrina não tinha dúvidas de que as toalhas também seriam felpudas. Esse seria um final de semana em que até os detalhes eram extremamente caprichados.

Os funcionários guardaram tudo, e o grupo estava voltando para a casa depois da primeira noitada, que foi um sucesso. Sabrina se sentiu aliviada conforme andava pela varanda com vista para a piscina, iluminada de forma elegante por luzes fracas e velas. Abaixo delas, a vizinhança exclusiva reluzia e o ar da Riviera francesa as abraçava. Até mesmo a atmosfera tinha aroma francês, se é que isso era possível.

— Não sei quanto a vocês, mas estou cheia. — Olivia acariciou a barriga assim que se aproximou da mesa onde Sabrina havia separado uma cadeira para ela. Usava calça culote, blusa verde e um lenço de chifon. Parecia uma socialite dos anos 1950. A moça não pôde deixar de admirar a combinação.

Olivia sorriu para ela enquanto se sentava. — Obrigada, madrinha desaparecida. Sabrina fez uma reverência. — Qualquer coisa pela noiva — respondeu. — Posso pegar uma bebida para você?

Uma pessoa se aproximou. — Alguém disse bebida? — O sotaque escocês de Gloria ficava mais acentuado conforme a noite se estendia. — Os empregados já foram? Sabrina assentiu. — Eles saem às nove. Já são dez, então estamos por conta própria. Mas como madrinha, sou toda da Olivia. — Está ouvindo isso, Delta? — Olivia gritou, se inclinando na cadeira. — Sabrina está se oferecendo para fazer o que eu quiser, porque é minha madrinha.

Elas ouviram a risada de Delta quando ela apareceu na varanda, seguida pelo resto do grupo. — Isso porque ela está sendo paga... O estômago de Sabrina se apertou conforme as palavras morreram na língua da amiga. Ela se virou e encarou a moça, mas tinha quase certeza de que a outra não conseguia enxergá-la sob a luz fraca. Será que ela contaria tudo logo no primeiro dia?

Delta foi até elas, com o resto das garotas atrás. — Ela está pagando o preço por ter te abandonado há anos. Já peguei um milhão de taças de vinho para Olivia nas últimas décadas, quando Sabrina esteve ausente. Ela precisa recuperar o tempo perdido. Boa, Delta. Sabrina estalou os dedos e apontou em sua direção. — Ela tem razão. Se eu pegar vinho branco e algumas taças, todas bebem? Gritos de alegria foram a resposta de que Sabrina precisava para ir até a cozinha. — Onde está a Taran? — Olivia perguntou. — Ela poderia ajudar. Gloria revirou os olhos. — Está conversando com o Ryan.

— Elas estavam ali há apenas doze horas, mas já era evidente que Taran e o marido não conseguiam ficar sem se falar. Gloria acrescentou: — Vou com você. Chegaram à cozinha, toda branca e livre do estrago feito durante a tarde. — Deus abençoe os funcionários — Gloria disse. — Precisamos dar uma boa gorjeta a eles. — Concordo.

Sabrina se ocupou pegando o vinho branco da geladeira enquanto Gloria pegava as taças. Estavam juntas há apenas um dia, mas já trabalhavam em sincronia como uma máquina. 

Antes que você diga sim - SaliviaOnde histórias criam vida. Descubra agora