Capítulo 16

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A embarcação era um super iate. Um pedaço do céu na água.

— Cacete — foi a primeira coisa que Sabrina disse quando subiu a bordo, admirando o deque de madeira polida. Já tinha visto esse nível de opulência, mas experimentar isso em um barco ainda era como receber um presente.

Taran veio correndo do deque debaixo, e segurou o braço de Delta.

— Você tem que ver os quartos — ela disse, sem deixar escolha. — É surreal. O tecido é um luxo! Há muitas almofadas! E tem espelhos em todos os cantos.

Sabrina seguiu as primas de Marcus, Arielle e Martha, e parou no deque do meio. O sol já estava quente, e agora conseguia ver a verdadeira extensão do luxo. Além da mesa redonda do lado de fora que acomodava dez pessoas, havia uma sala e um bar que podiam ser acessados através de portas duplas de vidro. Estavam escancaradas, e um barman loiro trabalhava lá.

— É bom eles terem ao menos uma piscina aqui. — Arielle se virou para Martha. — É melhor não repetirmos o desastre que foi a viagem da Cassandra.

Martha estremeceu. Ela apontou para as portas duplas.

— Pelo menos, o barman é gato. O iate da Cassandra não tinha piscina e só havia mulheres trabalhando. Foi a despedida de solteira mais caída de todas.

Sabrina já estava sentindo pena de Cassandra.

Subindo mais um lance de escadas, encontraram o último deque. Gloria estava lá, boquiaberta. Ela gesticulou para que Sabrina e Nikita se aproximassem.

— Venham ver isso! — Seu sotaque americano estava ainda mais acentuado desde que subiu ao navio. — Tem uma piscina!

Dentro do barco!

Sabrina e Nikita seguiram obedientemente. A água azul brilhava no meio do deque superior, rodeado por sofás e cadeiras. Talvez Arielle e Martha não fossem deixar uma resenha tão ruim sobre o final de semana.

O sol ainda ardia enquanto Sabrina se deitava em uma das cadeiras de praia. Era um barco e tanto para dez garotas ocuparem, mas elas tentariam o melhor.

Ao lado de Sabrina, Gloria estava expondo sua pele clara escocesa. Ela se sentou ao lado da filha, que herdou o mesmo tom. Se Olivia envelhecesse como Gloria, Marcus estaria feito. Gloria estava vestindo um biquíni preto e mostrava pernas torneadas e músculos que chamaram a atenção de todo o grupo.

— Me conte, Gloria. Qual é o segredo para estar tão linda e jovem aos sessenta anos? — Sabrina ergueu o celular. — Me conte agora e vou fazer uma live no Instagram para que o mundo aprenda.

Gloria inclinou a cabeça para trás e gargalhou.

— Salsicha lorne no café da manhã e molho pardo. — Ela sorriu. — Sabe o que é isso, querida?

Sabrina negou. Não tinha a menor ideia do que Gloria estava falando. A mulher deu um tapinha na coxa de Olivia.

— Você precisa levá-la para comer salsicha lorne. No geral, comemos no café da manhã, então talvez você tenha que acordar bem cedo. Ou então dormir lá em casa. Vocês duas têm que recuperar o tempo perdido, então não seria problema, não é? — Ela piscou para as duas.

Sabrina olhou para Olivia, que estava encarando a mãe com o olhar universal de "mãe, por favor, pare de me envergonhar". Ela sorriu. Também ficou ocupada pensando como seria passar a noite na casa de Olivia, mas em vez do café, estava imaginando transar a noite toda e acordar nua e saciada, a pele das duas roçando de um jeito novo e delicioso.

Sabrina piscou com força para se livrar dessa imagem. Nenhum tipo de salsicha poderia competir com isso. Alerta: conteúdo arriscado para o trabalho. E Sabrina estava trabalhando.

Antes que você diga sim - SaliviaOnde histórias criam vida. Descubra agora