10-A destreza de um lobo e o poder do dragão

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Capítulo final

Jeon estava aprisionado nas sombrias paredes cinzentas, e cobertas de musgo, daquele lugar horrendo

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Jeon estava aprisionado nas sombrias paredes cinzentas, e cobertas de musgo, daquele lugar horrendo. O castelo, como um pesadelo, exalava um odor sufocante e, em sua cela - que ousaram chamar de quarto - não havia uma única janela para deixar entrar um raio de luz. A única saída era uma porta que recebia a visita incessante de guardas silenciosos, cuja presença constante tornava a vida monótona e entediante.

Preso naquele lugar sombrio, Jeon lamentava profundamente a separação de seu filho, uma vítima das promessas de um casamento forçado em nome do poder. Ele reprimia lágrimas, pois, além da perda recente de seu filho e do fiel amigo Snow, havia outro fardo que carregava em seu coração.

A sombra de Soon Jin persistia em atormentar Jungkook todos os dias, lembrando-o constantemente da morte de Hoseok, seu pequeno alfa assassinado a sangue frio em seu berço, apenas porque ele carregava o sangue dos Park.

O homem, cujas cicatrizes no rosto lembravam a forma de uma lula morta, insistia que Hyunjin, o pequeno ômega de cabelos prateados, seria usado como moeda de troca. Quando o momento fosse considerado oportuno, ele seria entregue a algum lorde inescrupuloso em troca de soldados e cavalos. Para Jungkook, a mera ideia era repugnante e ele se via obrigado a engolir o veneno de seu próprio orgulho.

Soon Jin não poupava detalhes ao recordar, com frequência, como assassinou o  pai do rapaz e levava o jovem ômega até as masmorras para contemplar as cabeças decepadas dos nortenhos que, como ele, havia ousado desafiar o regime. Com crueldade, o homem zombava da expressão de tristeza e medo de Jungkook.

A raiva fervilhava constantemente no estômago do lobo do norte, mas ele sabia que enfrentar aquele homem impiedoso era inútil naquele momento. Pensar que teria que se casar com Soon Jin era o suficiente para fazer o estômago de Jungkook revirar de náusea.

O seu coração, apesar de ferido e dilacerado pelos eventos recentes, ainda pertencia a Park Jimin. Mesmo que duvidasse da sobrevivência do marido, Jungkook se recusaria a entregar-se de boa vontade. Ser marcado por outro alfa, e ainda mais por Soon Jin, era algo inconcebível. Seu amor e lealdade permaneceram inabaláveis.

Os guardas permitiram que Lalisa adentrasse o quarto do ômega, trazendo consigo uma bandeja de prata que continha uma xícara de chá e roupas limpas. A cerimônia de casamento estava a apenas algumas horas de distância, e seu dever era preparar o jovem para o que estava por vir.

— Trouxe um chá para você — ela disse, sua gentileza aparentemente falsa não passando despercebida pelo nortenho que a encarava, sentado na beira da cama. — Se fosse você, eu o tomaria. Pode ser uma noite longa e não sabemos quais desejos sombrios o lorde Soon Jin guarda para você. — Ela se aproximou do rapaz, deixando a bandeja ao lado dele, sobre a cama, e forçou um sorriso.

— Agradeço pela sua preocupação, Lady Manobal — ele respondeu entre dentes, lançando um olhar de repulsa à jovem.

— Não desconte sua raiva em mim. Não vê que sou a única que verdadeiramente se preocupa com você aqui?

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