Capítulo 04

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Pessoal, um aviso antes de tudo: não esperem nada de explícito (secso) nesta fanfic, nem traição. Eu detesto traição. Nós, do clube LGTV, já sofremos tanto, então criei esta fanfic apenas para arrancar sorrisos das minhas filhas desamparadas. Boa leitura ಡ⁠ ͜⁠ ⁠ʖ⁠ ⁠ಡ.

— Caramba, Van, você vai continuar fugindo dela como o diabo foge da cruz? - Yasmin pergunta enquanto prepara pão na chapa antiga de ferro no fogão.

— Porque eu não sei como agir perto dela, parece que minha cabeça dá um curto-circuito e eu não consigo pensar. - Respondi, observando-a abrir a chapa e virar o pão para dourar. — Amiga, você sabe que não precisava abrir a chapa e colocar o pão do outro lado, né? Era só virar a chapa, você está pensando que isso é uma frigideira! - Gargalhei, ela me olhou e riu junto.

— Eu não sabia, nunca tinha usado uma dessas antes. - Ela respondeu.

— Gente, vamos para a área externa, eu ouvi gritos. Acho que já temos um novo líder. - Alana gritou da sala.

— Podemos conversar sobre isso a sós? - Perguntei e ela concordou. "Eu realmente preciso desabafar, senão vou explodir."

[...]

Denziane ganhou a prova de líder. Todos a parabenizaram pela conquista, sua felicidade contagiou quase todos da casa, menos Rodriguinho e Maicon, que ficaram de fora com uma cara igual a cegonha bico de sapo. A noite veio e com ela Tadeu, que parabenizou Denziane pela liderança. Depois perguntou quem faria parte do seu VIP. Assim, ela escolheu Alane, Beatriz, Vinicius, Marcus, Rodriguinho, Matteus, Leidy, Maicon e Wanessa. Só não entendi a escolha de Rodrigo e Maicon para o VIP, mas o jogo segue.

— Pessoal, vamos fazer o jogo das apresentações, todo BBB tem. - Isabelle sugeriu e todos concordaram.

Quase todos já tinham se apresentado, faltando apenas eu, Yasmin, Giovanna e Nizam. Levantei-me e fiquei de frente para todos no sofá, alguns acomodados no chão por falta de espaço no sofá. "A 'melhor' parte disso tudo? Giovanna ficou bem na minha frente."

— Bom, meu nome é Vanessa Lopes, tenho 22 anos, sou dançarina e modelo. Quase todos devem me conhecer pela plataforma TikTok, onde faço meus vídeos. Atualmente estou morando no Rio. Meu sonho era fazer um mochilão pelo mundo, mas por causa de um acidente, percebi que a vida pode passar rápido e isso me deu medo. Medo de ficar longe das pessoas que eu amo, de não viver o suficiente perto delas, então decidi ficar por perto. - Falei de coração, logo fui abraçada por uma salva de palmas. — Parem de bater palmas para não gastar a mão, pessoal. - Comentei tentando mudar o clima serio que ficou.

Retornei ao meu lugar no sofá e me sentei. Durante todo o trajeto, senti o olhar de Giovanna sobre mim. "Eu realmente não sei o que pensar quando se trata dela." Então, ela se levantou, de frente para a pequena plateia.

— É, vocês já sabem um pouco sobre mim depois de ontem, mas só para complementar. Meu sonho também é viajar, conhecer Machu Picchu. Quero viver isso intensamente e sem medo, desfrutar de todos os momentos até o último dia. Sou assumida desde os 15 anos, minha família me aceitou bem. Aliás, estou à procura da minha musa, é só isso. - Todos bateram palmas novamente, ela sorriu até que seus olhos encontraram os meus.

— Eu sabia que ela era lésbica, Van. - Senti Yasmin me cutucar com o cotovelo na minha costela. — Olha essa cara de caminhoneira que usa uma erva danada. - Falou ainda me cutucando. Seus cutucões não me importavam, eu estava hipnotizada por ela, não tiramos os olhos uma da outra, parecíamos ímãs. — Meu gaydar apitou mais alto que a buzina de um caminhão - disse, rindo. — Está me ouvindo? Ei - a contragosto, olhei para seu rosto. — Pelo menos disfarça, né. Bea, vai ali na cozinha pegar um garrafão de dois litros para Giovanna, ela tá precisando. - Falou brincando, mas logo Beatriz se levantou e saiu.

— Você não tem jeito, né? - Ela balançou a cabeça negando.

— Só vou te deixar quieta quando vocês duas estiverem namorando - disse ela, convicta.

— A gente pode conversar depois que liberarem a área externa pra gente? - Ela confirmou.

De canto de olho, vi Beatriz trazendo o garrafão de 2 litros e colocando na frente da Giovanna, que ficou confusa.

— Eu estava brincando, Bea. - Yasmin tentou se explicar, mas era tarde demais, eu não aguentei e caí na gargalhada.

[...]

— Abre a boca, que já já eu preciso do meu sono da beleza. - Yasmin disse após nos sentarmos longe do pessoal.

— Vou tentar explicar de uma forma meio louca, tenta pegar. Eu tenho uma 'amiga' que tem uma família bem rigorosa e rígida...

— Já entendi - antes mesmo que eu terminasse, ela já tinha entendido para onde o assunto iria. — Olha, sua amiguinha já é grandinha, ela não precisa da aceitação de ninguém a não ser dela mesma. Sua amiga não pode deixar de ser feliz por causa do que os outros vão pensar. Como a Giovanna falou lá dentro, viva isso que você está sentindo intensamente e sem medo, desfrute de todos os momentos sem pensar no que a família vai dizer. O que vier pela frente é consequência. Não reprima o seu verdadeiro eu. - A essa altura, eu já tinha me entregado às emoções e chorava nos braços de Yasmin. - Você vai ficar bem. Agora me fala, o que você procura em alguém? - Ela tentou mudar de assunto para afastar aquele clima de tristeza.

— Gentileza, senso de humor, tatuagens me atraem, sorrisos... E você, Yas, o que você procura? - Perguntei, ainda deitada em seu colo.

— Hm, sei lá. Coisas sérias... bunda durinha.

— Sabe, eu amei te conhecer. - Falei, me afastando um pouco dela, que me olhava sorrindo. — Acho que sempre esperei por você na minha vida, agora você não sai mais e se cogitar nessa ideia eu raspo sua cabeça. - Falei, escutando sua gargalhada.

— Sim, senhora.

Não aceitamos vacilo Yas

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Não aceitamos vacilo Yas

Encantada | GinessaOnde histórias criam vida. Descubra agora