CAPÍTULO NOVE

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- Miguel por favor

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- Miguel por favor. – Anne segura o braço de Miguel que estava impaciente. – Se ela disse que faria, ela vai. – Anne assegura, ainda estava sem entender por que minha diabla não gritou ou teve um ataque de fúria quando Miguel exigiu que ela e eu fingimos   estar amando cada segundo do nosso casamento, bem eu estava...

- Como você ousa me desafiar assim? - ele diz para mim – Somos irmãos.

- Ela é minha esposa. – digo calmo.

- Sou seu chefe. – Miguel retruca.

- Mas ela esquenta minha cama... – dou de ombros.

- Dio... – Anne diz frustrada.

- Estou farto desses jogos doentios de vocês dois. – Miguel diz me olhando com raiva.

- Não a jogos.

- E o que é então? – não respondo, não por medo, e sim por não saber.

July não dividia seu dia comigo, mas a cama nunca ficava vazia, e me divertia ao fazer dela uma rainha em nossa cama. Mas eu queria além, queria café, queria saber como foi seu treino, ajudá-la nos treinos de auto defesa. Ser não só o cara com quem ela divide as noites mas o cara que divide a vida.

– Está vendo? – ele diz apontando para mim – Você me desafia cada vez mais, primeiro essa aposta idiota, segundo ao deitar com um dos nossos potenciais inimigos, tudo por um rabo de saia que nem o quer.

- Miguel! – Anne o repreende e eu o olho com raiva – Ela é minha irmã e qualquer palavra dita contra ela, não permitirei.

- Ótimo... – diz cansado – E o que você quer que eu faça? – diz – deixe eles dois se destruírem, que me façam parecer impotente em minha própria casa?

- Não fiz nada disso. – digo tentando me manter calmo. – Apenas a quis.

- E agora a tem. – diz ríspido – Mas a que preço? Esqueceu o que você fez para conseguir? Você desobedeceu ordens simples, me afrontou e ainda por cima deixa claro o poder dela sobre você. E ela apenas faz de conta que você é a PORRA de um lençol ao qual ela se enrosca a noite.

- Miguel! – Anne o repreende.

- Pelo menos sou homem o suficiente para não fugir do meu papel como esposo. – vejo um rastro de dor nos olhos de Miguel ao se lembrar de como ele foi idiota com Anne, que se encolhe com as lembranças.

- Foi necessário.

- Foi estupidez. – cuspo a palavra.

- Não cabe a você julgar o que é melhor para nossa famiglia.

- Mas cabe a você saber o que é melhor no meu casamento? – digo sendo sarcástico. – Quando nem mesmo no seu você obteve ... – senti meu rosto arder com um soco.

- Não ouse falar assim sobre meu casamento... – Miguel rosnou. Anne estava em choque com as mãos na boca e os olhos cheios de lágrimas.

- Não se meta em meu casamento. – digo cuspindo sangue. – July é minha esposa, não uma boneca que você pode controlar, aceitar isso ou...

- Ou o que? – diz em tom desafiador.

- Me certificarei de mostrar a todos que ela não é uma marionete.

Anne segura Miguel que tenta avançar em minha direção.

- Já chega mio amore. – ela pede tremula. Por algum milagre do destino Miguel respira fundo sentindo o toque de Anne e recupera um pouco a postura.

- Te dou dois meses... – diz respirando pesadamente – Dois meses para que você e July comprovem que o casamento de vocês é sólido e que estão aptos aos papéis que tem nessa famiglia. Ou anularei o casamento e mandarei você para o Polo norte se for preciso.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa, Miguel sai.

- Ele não faria isso, faria? – Anne me pergunta assustada.

-  É sua honra que está em jogo. – digo olhando para onde ele saiu.

- Mas isso mancharia não só minha famiglia como July correria o risco de ser exilada.

- Isso não vai acontecer.

- Vocês brincam com a sorte, olhe como Miguel está. – ela diz desesperada – Sei como os seus capos estão em seu calcanhar, o perguntando o porquê desse casamento já que July seria quem deveria trazer um novo capo no lugar do nosso pai. Victoria por mais que tente não conseguiu um pretendente, já que todos queriam July... E vocês dois parecem cão e gato desde do anúncio do noivado. July não suportaria ser exilada. - a última parte é dita quase como um sussurro de  desespero.

- Ela não irá. – afirmo mais uma vez.

- Você não a conhece – Anne parece triste – July poderia facilmente ignorar seus sentimentos apenas para poder ter o controle. Ela não aceita ser controlada e se entregar a você é como colocar uma corrente em seu pescoço.

- Nunca fiz nada para ela pensar assim.

- Mas nossos pais sim, - Anne diz se sentindo culpada – Passei a vida sendo preparada para servir a Miguel. Escutamos como um Dom e seu subchefe tem suas responsabilidades, e como isso recaia sobre suas esposas. July sempre foi contra tudo isso.

- Ela seria esposa de capo. – digo com desdém ao pronunciar essas palavras, July era só minha.

- Mas não de alguém que é o segundo no comando. Aquele que entra lado a lado com o Dom. July odeia seguir regras, e deixa isso claro a cada vez que aparece em público. Exemplo disso é a forma que vocês se casaram, como acha que isso recai sobre nós? – Anne parecia cansada, e entendia, July era sua irmã, e agora sua ajudante para dirigir a famiglia. Ela não poderia deixar o lado emocional decidir por ela, e sim o lado da razão.

- July estará mais que satisfeita em exercer seu papel em nossa famiglia. – digo torcendo para estar certo. – Tentarei um acordo se for preciso.

Anne apenas concorda com a cabeça e sai. Fico olhando para o alvo onde July acertou três disparos em um único acerto.

July tinha qualidades que nem uma outra poderia ter, era perfeita para o papel de minha esposa. Só precisava fazer com que ela entendesse isso.

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Oii
Sei que vocês estavam com saudades, então resolver soltar mais um.
Espero que gostem.
Mas me conta, tavam certo m saudades do nosso Ivan?
E de Miguel?

Apostas ao Subchefe - Trilogia Bartolini - Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora