𝟎𝟏𝟔.

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Min-ji vestia seu sobretudo branco na frente do espelho de seu quarto, quando se virou não pode evitar um sorriso. Ryu Shi-oh deitado em sua cama, só de calça moletom, abraçado com o porquinho rosa enorme. A mulher com cuidado se aproximou da cama e deixou um pequeno selar na bochecha do mais novo.

— Adorável. - Ela cutucou aquela bochecha fofa antes de se levantar. Antes de sair do apartamento colocou o post-it na geladeira dando uma explicação ao homem o por que de não estar em seu próprio apartamento pela manhã.

"Você fica fofo dormindo, tenho ir resolver algumas coisas, já cancelei todos seus compromissos então hoje é seu dia de folga. Volto antes do almoço. "

Shi-oh tinha dormido ali mesmo depois de tudo que aconteceu na noite anterior, e infelizmente Min-ji não poderia se dar o luxo de ficar com ele na cama até mais tarde, tinha coisas do seu plano maligno para resolver.

Pegou seu carro no estacionamento do prédio e dirigiu até um estacionamento local, bem longe da sua casa para encontrar a senhor Kang. Depois de alguns minutos esperando a mais velha, ela entrou dentro do carro como um furacão.

— Oi Min-ji, como você está? - Ela perguntou colocando potes de Kimchi no colo da mais velha que logo colocou no banco de trás.

— Eu tô bem, e a senhora?

— Sabe como é, uma dor nas costas ali, uma aqui.

— Conseguiu oque pedi?

— Claro, querida, você acha que tá falando com quem? Sou uma das melhores espiãs da Coreia. - A mulher entregou um envelope alaranjado para a mais nova, que logo abriu. — Ele só tem uma empregada, mesmo que a casa seja enorme apenas ela da conta. Tem um jardineiro que vem apenas uma vez ao mês e o motorista que vai com ele para todos os lugares, mas ele muda regularmente. Pelo menos os horários de serviço da empregada estão bem regulados, ela sempre sai no horário. - Na primeira foto é o motorista, um senhor já. A segunda, o jardineiro, que também não era dos mais jovens. Agora a empregada, deveria ter a idade de Min-ji, se não fosse mais nova.

— Que horas ela sai? - Min-ji segurava a foto da mulher na mão, observando com um sorriso no rosto. Era uma puta coincidência, não acham?

— As onze e quinze. Depois volta as uma e meia, e sai às cinco. Não consegui o nome dela, tudo bem pra você?

— Claro, eu já sei muito bem que ela é. - Min-ji colocou a foto da empregada dentro do porta luvas.

— Oque vai fazer até dar o horário? - Senhora Kang recolhia suas coisas pra sair do carro.

— Vou passar em outro lugar antes. - A mais velha saiu e ficou na janela esperando uma resposta.

— Certo. Tenha cuidado Min-ji, força. - Ela disse com uma mão levantada em punho.

— Pode deixar. Seu trabalho termina aqui, pode ir pra casa, vou transferir o dinheiro.

— Poxa, mais já? Tá bom então. - A senhora dava tchau pro carro que saia do estacionamento. — Foi tão fácil quanto tirar doce de criança, queria tanto que ela quisesse matar mais alguém e me chamasse pra ser espiã de novo, é tão divertido. - Ela falava sozinha enquanto andava pela calçada.

[...]

— Você nunca pensou que pode ter um treco por beber tanto? - Min-ji perguntou, estava sentada na frente das televisões da sala operacional do clube, tentando encontrar provas concretas dos crimes de Jae-joon.

— Não, mas se morrer também tá bom. - Marie estava sentada em cima da mesa bebendo um copo de whiskey.

— Pelo amor de Deus, você vai envelhecer muito mal desse jeito. - A Han não tirava os olhos da tela, digitando no teclado a sua frente e mudando as datas, procurando uma visita do homem ao clube.

𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐘 | 𝙍𝙮𝙪 𝙎𝙝𝙞-𝙤𝙝Onde histórias criam vida. Descubra agora