Capítulo 05

11 4 8
                                    

Capítulo 05

Nyx

A semana passou rápido demais, não sei como mais já estava praticamente em casa, trabalhava ajudando na cozinha e nos jardins.

Às vezes ficava lendo com Alina em seu quarto sobrenatural, lá descobri que os territórios estavam em guerra a mais de quarenta anos. Urik, senhor do West, fechou as fronteiras e iniciou a guerra. Todos sofreram com essa iniciação menos o Norte eles pelo jeito são intocáveis e ajudaram a incitar a guerra. Alina não sabe de muito mais, já que ela é nova para idade imortal. Tinha apenas trinta e sete anos. 

Ela perdeu a mãe no início da guerra e seu irmão resolveu que o melhor lugar para ela é aqui presa no castelo. 

Tento manter minhas observações para mim, mas ela é prisioneira aqui! Me disse que apenas uma vez o irmão a deixou sair para ver o céu à noite.
Me sinto apegada a ela, e tento não deixar minha pena à mostra.
Já meu outro companheiro daqui é o Connor, ele é para todos os fatos interessante mas não se opõe. Não fala dessa guerra e parece que estão tão pacíficos que não se importam. Algo não me parece certo.

— Deveria ir até a biblioteca o que você acha? — pergunto para o corvo, sim é patético mas ele também se tornou meu amigo, o animal parece que entende — Eu devo pedir ou simplesmente ir? — Ave bate o bico duas vezes — Duas para não e uma para sim? — o corvo bateu uma vez.

Solto uma gargalhada, de fato sou patética. Um calafrio percorreu minha coluna, alguém estava vindo. Afasto a sensação, não tem o que fazer de qualquer modo.

— Quer sair e cavalgar? — Connor pergunta de onde está parado a porta meu colega de quarto bate duas vezes na gaiola, olho feio pra ele.

— Cavalgar? 

— É, não quer conhecer mais as terras que vive? — Ele dá um para dentro, sei que que tem se esforçado a ser amigo, acolhedor mas… o alerta do guardião soa em minha mente. 

Eu fui enviada para buscar respostas, das quais ainda não sei, mas não posso ser fútil e me encantar. Preciso estar em alerta. Olho novamente para o corvo trinco o maxilar com força, os olhos da ave parece uma súplica para mim ficar.

— Vamos. — digo por fim.

                        °°°

Eu já nem sinto mais minhas coxas, os músculos já estão rígidos. Não disse ao capitão que nunca andei de cavalo, e bem, estou tão dura em cima da cela que não vou dizer agora. Que não faço ideia de como conduzir o animal, graças aos deuses o bicho para saber onde ir.

— Sem perguntas? 

— Prefiro ir à biblioteca pesquisar minha linhagem, pra ser sincera, mas seu convite foi tão… a.. acolhedor — respondo.

— Com certeza você é estranha, não conheço a raça humana. Mas eles são assim? Meias verdades? — Ele para sua montaria e nem eu ainda dou uns trote até parar também puxando as rédeas igual ao que ele fez.

— Connor, olha preciso ser sincera…

O que quer, que ia falar morreu quando uma sombra sobrevoou por cima, e um estrondo como trovão soou, por instinto coloco as mãos nos ouvidos e, bem foi uma ideia idiota já que minha égua se assusta e saiu em disparada. Me derrubando. 

A dor tirou o ar dos meus pulmões, e minha visão ficou escura, tenho certeza que mãos estão em mim e alguém falando. Mas o chão também treme e um grunhido com uma rajada quente em pra cima. 

— Que porra está fazendo! — o capitão grita para alguém. Sim é ele que está me segurando, forço meus olhos abrir e o que vejo arrepia cada belo do meu corpo. Como? Uma criatura realmente de outro mundo com asas membranosas e escamas, garras e fileiras de dentes grandes e afiados para arrancar carne, destruir ossos. Isso diante de mim é um dragão! 

O chamado do Norte Onde histórias criam vida. Descubra agora