Capítulo 03

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Capítulo 03

Nyx

Depois de ter uma conversa horrível e que ia mudar minha vida, caio em uma campina, de cara na grama e da terra. Meus dentes tremem com impacto, pelos deuses!

- Você viveu errado, uma vida mortal quando você é imortal pequena chama! - diz o guardião.

- Como posso? Se essa foi a verdade que me mostraram!

- Vou te levar ao seu mundo natal, onde é perigoso e brutal de lindo.

- Como se chama?

- Você é uma menina ousada devo admitir, ninguém fez essa pergunta pra mim.

- Gostaria de saber, já que você é o único que foi sincero comigo. Então quero saber.

- Sou Órion, guardião do universo.

- Órion, lindo obrigada.

- Pelo que exatamente?

- Apenas obrigada Órion, então o que fazemos agora?

- O que quer fazer menina?

- Quero respostas, talvez as que você disse que me mostraria.

- Não vou lhe mostrar, vou levar você até elas, mas apenas você pode decidir quais aceitar.

- Então me leve!

" Não confie em ninguém que ofereça bondade, desconfie de tudo e ouça com atenção a tudo e siga seu caminha até ouvir seu coração"

Ele disse isso na minha mente, e tudo ficou em silêncio e um buraco se abriu atrás de mim.

E agora estou toda dolorida e pode ser que quebrada nessa campina. Talvez eu seja a pessoa mais amaldiçoada do universo mesmo.
Olho em volta em busca de... na verdade não faço ideia. Então decidi me levantar e seguir em frente. Para direita! Isso é um bom começo.

Certo talvez não tenha sido a ideia mais brilhante que tive, deveria ter estudado o redor antes de sair andando, porque já nem sinto mais meus pé e minha boca está seca e com meus lábios já rachados, e um vento frio e me dá tremedeiras, já que estou ainda com a camisola e descalço. Foi uma ideia idiota, deveria ter morrido. Deveria ter sido inteligente e não infantil falando igual uma tonta "sim me leve até lá" "quero as respostas!" Inferno que respostas se eu nem sei quais perguntas tenho!

Claro que minha mãe vinha mentindo e escondendo coisas, e na verdade ainda não tive nem tempo para chorar ou ver tudo. Sentir tudo.
Caio de joelhos e começo a chorar, em meu luto não ouço quando alguém para atrás de mim e coloca uma faca na minha garganta.

°°°


Connor

Ele estava voltando dos arredores da planície, quando fez sua montaria parar. Um cheiro diferente estava aí perto do rio, ele não exitou em seguir o cheiro.
Há muitas criaturas estranhas que adoram atrair para morte, mais o cheiro de doce e suave, como uma torta de amoras. Por instinto ele sacou a adaga e caminhou em silêncio olhando para todos os lados, o sol já estava se pondo. Deveria tomar cautela mas ele não precisou ir muito longe, porque ali de joelhos uma pequena fêmea estava abraçando o próprio corpo e estava chorando.
O cheiro dela com o sal das lágrimas, o deixou mais atento, poderia ser uma armadilha era melhor acabar logo com isso. Veloz como o vento se aproximou da fêmea e ela nem sentiu ele atrás dela pronto pra matar.

Devagar ela virou o rosto para ele, seu rosto banhado de lágrimas, vazia trilhas limpando a sujeira de fuligem, a boca era de um rosa profundo e um nariz pequeno levemente empinado, mas os olhos dela eram lindos. Nem azul nem violeta mais uma mistura dos dois. Ela abaixa a cabeça em sinal de total rendição e uma cascata de cabelos vermelhos meio alaranjados cai sobre a face e de sua adaga.

O que aconteceu com esta fêmea?
Os pensamentos de Connor foram longe em uma época que a mãe... ele não deixou o pensamento ganhar vida e sem perder tempo levantou adaga e usou a coronha para dar um golpe nela.
A Fêmea caiu desorientada, e ele a pegou nos braços para levar até sua montaria, ela era pequena mas tinha curvas suaves, onde pequenos seios redondos mostravam através da camisola imunda. Bem, era melhor ela estar na cela segura do que aqui fora quando a noite cair. Amanhã ele verá o que fazer, e assim prestar informações ao seu senhor e dizer que tem uma camponesa que sofreu maus tratos. E se poderia arrumar um emprego pra coitada talvez. Bem amanhã ele disse a si mesmo.

°°°

Nyx

Continuo com os olhos fechados, a dor no crânio é insuportável. Fui pega de surpresa sim e o fato não deixa de ser humilhante, mais porque? Ainda está viva! O brutamonte não reconhece um animal abatido? Era só dar o golpe de misericórdia.
Agora só tinha a leve consciência que estava deitada na palha no chão de alguma cela. E cheiro de mofo e ferro e de algo mais que não soube diferenciar. O vão fazer com ela? Bem, não precisei fazer especulação já que meu captor está parado na frente da cela, como sei? O cheiro de pinho e menta emana dele.

- O café da manhã não é do seu agrado? - pergunta ele. Abro meus olhos.

- Não tinha reparado pra ser franca.

Ele franze as sobrancelhas e se agacha - Quem é você, porque estava lá sozinha? - Não sei o que responder a ele. Nada faz sentido aquele guardião deveria ter pelo menos me dado algumas informações úteis e não apenas ter dado esperança a uma menina de luto - Então? Perdeu o dom da palavra? - ele volta a perguntar.

- Sou Nyx Ferris, venho do mundo dos humanos. E eu... caí aqui.

O guerreiro se levanta e dá uma pra trás e leva a mão a adaga - Você não é humana e tão pouco essa raça vem pra essas terras então se isso for um tipo de piada para você, espero que esteja pronta para as consequências menina - diz para mim.

Me levanto também e oscilo um pouco, estou fraca de fato e dizer as palavras me custam - Não é piada alguma senhor, vim parar aqui o guardião do fosso me mandou disse que aqui irei responder minha perguntas e pode acreditar em mim quando digo que não faço ideia, acabo de saber que não sou uma humana e sim uma espécie que é imortal e que daqui que vem meus pais. E nem sei de nada! - falo sem parar e as palavras saem com facilidade.

- UAL... você está bem, o meu senhor pode te ajudar talvez. Mas você está nas terras de Uden no continente de Glathis - disse o homem e tira uma chave do bolso e abre a cela - E sua espécie menina é élfica, somos todos élficos. Mas a também outras espécie e muitas bem pior que nós, e agora está sob jurisdição do Senhor do Sul e vou te levar até ele, vamos.

- Qual seu nome? - pergunto a ele.

- Connor Branne, capitão da guarda destas terras - ele aponta para o corredor escuro para mim.

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