2: Passado

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Jeongguk, após ter despedido de Jimin e chegado em sua casa, sendo recebido por latidos e chorinhos vindo Cloud; deu a ração e a água ao maltês, indo direto ao seu quarto, onde passou a madrugada toda sendo atingido pelo seu passado com seu ex TaeHyung. Aquilo o irritava, ter à tona lembranças as quais gostaria que ficassem trancadas em um baú do esquecimento, mas, infelizmente, aquilo não existia. O passado sempre voltaria para ferir e cutucar a ferida em processo de cicatrização.

— Merda! — Exaltou-se, batendo com tudo a mão sobre a cômoda ao lado. — Por que raios você teve que aparecer, TaeHyung?

[...]

Jimin, naquela manhã, havia acordado bem e disposto a fazer tudo que sua pequena agenda de responsabilidades mandava; menos trabalhar, já que havia recebido uma folga. Indo se arrumar para a faculdade, viu Saturno se espreguiçar na mesa da cozinha. Com um pequeno sorriso, voltou a se arrumar.

Estando pronto e Saturno bem alimentado, Park deixou seu apartamento. Entretanto, ao pisar fora do prédio, seu celular vibrou em seu bolso. Retirou o aparelho e estranhou a mensagem recebida, porém, ao ver a assinatura, sorriu.

“Bom dia!

Espero que seu dia seja bem proveitoso.

De: Jeongguk.”

Jeon havia sido a melhor coisa que lhe acontecera na noite passada, fizeram amizade tão facilmente. No entanto, Park não se apegava muito àquilo. Mesmo que Jeongguk lhe explicara o motivo de saber a línguas de sinais, ainda mantinha um pé atrás. O mundo era perverso e não possuía dó alguma na hora de ferir as pessoas. Voltou sua atenção para o celular e respondeu, agradecendo e desejando o mesmo para o outro, seguindo seu caminho.

[...]

Jeongguk estava em seu horário de almoço quando viu NamJoon se aproximar, com um copo de Milk Shake na mão direita enquanto, na esquerda, segurava algumas sacolas.

— Jeongguk, você por aqui! — O mais novo revirou os olhos, já esperando ser atingido por conversas desnecessárias. — Posso? — Indagou, sentando-se de frente ao amigo.

— Já se sentou — retrucou ao balançar a cabeça em negação. Preferindo não ligar muito para seu hyung ali, Jeongguk voltou a comer.

— Tá frio demais! Jin ainda me pede para comprar cobertores novos para nós — murmurou, terminando com o conteúdo colorido no copo.

— Frio? Milk Shake é o quê agora? Quente?

— Eu estava com vontade — rebateu, em defesa do seu desejo. — Ontem Yoongi me disse que te levaria a uma academia. Como foi lá?

— É, eu fui — disse Jeon, sem ânimo, olhando para o próprio prato. — Eu não sei se vou fazer aula lá.

— Como não sabe? Yoongi disse que é uma academia renomada! Você não pode perder essa chance, Jeongguk. E...

— Kim TaeHyung é o dono de lá! — Gritou, cortando a fala do mais velho, que se surpreendeu com a resposta do outro.

— Seu ex? Não brinca, Jeongguk! — Jeon riu sem humor.

— Sim. Eu não brincaria com algo que me machucou, NamJoon. — Algumas pessoas que ali almoçavam, começaram a dar mais atenção aos dois homens que conversavam na mesa dois. — Ele estava lá. Tudo que eu passei há dois anos eu consegui evitar, mas, ver ele ali, agindo como se fosse um grande conhecido meu me deixou irritado. Por sorte, Yoongi entendeu um pouco o meu lado e adiantou o “passeio” pela academia.

O Silêncio do Seu Amor • jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora