O Silêncio do Seu Amor • jikook

15: Positivo, Medos e Nocaute

Boa leitura! 🍵😽

🐈🐕

Jimin e Jin estavam dentro do carro ainda estacionado em frente ao hospital, Jin não ousou a invadir o momento do mais novo que, em nenhum momento esboçou alguma reação, havia ficado de cabeça baixa e com o olhar perdido em algum ponto qualquer no painel do carro. E, vendo que aquilo duraria um tempo, deu a partida e saiu da vaga, já Jimin se mantinha perdido em seus pensamentos e na última notícia que recebeu do médico. Ele estava grávido e não estava preparado para cuidar de alguém, havia tantas coisas para fazer, tinha uma faculdade para terminar e não faltava muito para pegar o diploma e exercer sua função, mas agora teria de adiar aquilo. Seu olhar desceu para sua barriga coberta pela moletom preta, sua mão massageou o local onde por alguns segundos se sentiu estranho por gerar uma vida, ainda mais sendo um homem, estava com medo da reação do seu namorado e pela criança. Será que vai ser muda igual à mim? Pensou um pouco amargurado. Espero que não, já sofri e sofro demais por conta dessa deficiência, não quero que essa criança sofra também. Concluiu deixando um suspiro escapar, se assustou quando ouviu seu nome ser chamado por seu hyung.

— Jimin, envie os parabéns ao seu namorado, pois ele ganhou e já deve estar doido por você não ter dito nada para ele. — avisou e Jimin rapidamente buscou por seu celular no bolso se assustando com a quantidade de mensagem do lutador. — Não diga à ele sobre a gravidez, espere ele vir de viagem, tudo bem?

Park assentiu e abriu as mensagens lendo cada uma delas, ficou com o peito apertado nas duas últimas.

“Amor: Ji, não sei o que aconteceu para você não me responder, estou preocupado e não, não é por eu ter ganhado e não ter recebido nada de você. Só tenho você e me sentiria o pior homem do mundo se algo te acontecesse e eu não pudesse fazer nada, por favor, responde.

Eu queria voltar hoje mesmo para casa, mas tenho uma entrevista amanhã e sou obrigado a ficar, por favor, só responde logo, Ji, não estou acostumado a ficar sem resposta sua por um longo tempo.”

Jimin rapidamente digitou irritado por não poder ligar e “dizer” que ele estava bem e nada havia acontecido, enviou a mensagem avisando que ligaria por vídeo chamada. Jin havia acabado de estacionar o carro em frente ao prédio, quando Jimin recebeu uma resposta do namorado, rapidamente desceu do carro indo em direção ao portão, já o mais velho teve de ser rápido para alcançá-lo para pegar o elevador e quando o elevador parou no andar Jimin foi para o apartamento vendo os amigos sentados à mesa, porém não podia parar para explicar, precisava ligar para o lutador e passando por eles foi em direção ao quarto e fechou a porta. Jin ao entrar no cômodo com as chaves e um papel em mãos, foi abordado pelos dois amigos e NamJoon perguntando o que tinha acontecido ao Park e não podendo fugir, explicou.

[...]

— Por que sumiu assim, Ji?! — Jeon perguntou assim que a videochamada se iniciou. Jeongguk estava de pé em meio ao quarto hospedado, sua bochecha estava um pouco inchada por conta do soco que levara na luta e havia um corte em sua boca e Jimin quis estar perto para cuidar do namorado. — Jimin! — gritou, não muito alto, chamando a atenção do Park.

— “Eu fiquei ocupado com os hyungs e por isso não respondi, fui ver suas mensagens só agora, desculpa.” — Jimin apoiou as mãos sobre o colo, estava de joelhos na cama e o celular se encontrava apoiado em dois travesseiros.

— Não precisa pedir desculpas, só não faça mais isso. Me preocupo quando não tenho comunicação alguma com você e isso fica ainda pior quando estou longe — suspirou bagunçando os cabelos escuros que Jimin teve o maior carinho de hidratá-los. — Assim que eu voltar a gente vai tirar uma semana só nossa, ok? — Park assentiu querendo muito ficar ao lado do namorado, mas ao mesmo tempo, não queria. Havia uma notícia para falar, mas e se ele não quisesse e rejeitasse a criança? Não estava preparado para ouvir um “não” vindo do lutador. — Jimin? — se assustou levando o olhar para o celular. — Está bem pensativo hoje, aconteceu alguma coisa? — negou com um sorriso. — Não é o que parece, mas não vou insistir. Bom, agora sei que você está bem e que nada aconteceu — sorriu —, irei dormir. Boa noite, bebê, te amo e não some mais.