O Silêncio do Seu Amor • jikook

3: Novo Passo

Kim TaeHyung treinava seu novo prodígio nos ringues, Kim DongSun, de vinte e três anos, que dedicava-se desde sua saída do Ensino Médio à treinar boxe. Ele queria superar seu mestre, Kim TaeHyung, que desde que o vira lutar pela primeira vez, jurara que seria um dos melhores lutadores e tomaria o lugar de queridinho da imprensa internacional para si; DongSun conseguiria. Com um soco direto, atingiu o saco de pancadas, tendo seu mestre comemorando ao seu lado.

— Muito bem, DongSun. Por hoje terminamos — ditou, dando leves tapinhas nas costas de seu aluno, já deixando o ringue para trás. — Nos vemos amanhã!

— Vou fazer só mais uma sequência e depois vou para casa descansar. — TaeHyung apenas gritou um “Tudo bem” e saiu, indo para sua sala, que ficava nos fundos da academia. DongSun observava com raiva o mais velho se afastar. — Eu vou te derrubar, Kim TaeHyung — sibilou, acertando um forte soco no saco de pancadas, o fazendo sair de seu lugar.

Kim DongSun estava determinado a realizar seu desejo, e ele cumpriria com aquilo.

[...]

TaeHyung estava cansado com as horas que passara treinando Kim DongSun, este que não precisava nem de treinamento, pois seria imbatível em qualquer luta. Sentado em sua cadeira, de costas para a porta, não ouviu os passos se aproximarem de si. Só foi se dar conta de uma presença a mais no local quando uma mão se colocou em seu pescoço e outra em seus cabelos. Não precisou se apavorar com nada, pois conhecia de quem era aquele toque.

— Noah Carter, o que faz aqui? — Indagou, tirando as mãos do homem, o qual Jeongguk vira o beijar anos atrás, de si.

— Vim visitar o meu “amor”. — Sorriu, virando a cadeira do ex-lutador para si. — Fiquei com saudades.

— Deixei de ser seu “amor” quando te vi com outra em nossa cama — rebateu, firme, desviando dos toques em seu rosto.

— Engraçado isso, TaeHyung. Há alguns anos atrás você foi pego traindo seu namorado e, um ano depois de nos assumirmos, você me pegou te traindo. — Riu alto. — O mundo realmente dá voltas.

— Saia da minha sala — pediu TaeHyung, apontando para a porta. — Já te disse que não queria mais te ver!

— Eu saio, mas não se esqueça que quem te pôs no topo fui eu, e posso muito bem te tirar tudo isso aqui.

— Não, não pode, Noah. Agora saia logo da minha sala, ou eu vou chamar os seguranças. — TaeHyung falava baixo, porém decidido. Não queria atrair a atenção de ninguém, muito menos de seu aluno que treinava.

— Eu vou, mas eu volto, amor. — Deixando um beijo sobre os lábios do ex-lutador, Noah saiu, e TaeHyung torcia internamente que ele não voltasse mais.

— Eu te odeio, Noah Carter.

[...]

Jeongguk brincava com o pingente de trevo de sua corrente enquanto aguardava sua vez para finalizar sua tatuagem. Na semana passada, antes de ser rejeitado por Kim Yang Mi, havia feito uma tatuagem de dragão da noite média em sua costela e só precisava terminar alguns detalhes. Hyunjin odiava saber que o irmão fazia tatuagens no corpo e, se soubesse que fizera mais uma, com toda certeza brigariam feio.

— Jeongguk, sua vez — anunciou a recepcionista, indicando com a caneta de pluma rosa sintética a sala do tatuador, Mike.

— Obrigado. — Apoiando a mão sobre os joelhos, se levantou, indo em direção à sala do amigo, que o cumprimentou com um choque de punhos.

— Se ajeite aí, Jeon. Vou ir trocar os materiais e já terminamos essa beleza de obra de arte — ditou Mike, saindo da sala. Jeongguk se acomodou ali e não demorou muito para o tatuador voltar.