Corada

373 47 14
                                    

Não esqueça de votar no capítulo, ajuda bastante a fic ;)

Boa leitura!

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

As gotas de chuva caiam sobre a casa de Ryujin fortemente, espalhando o som dos choques contra a telha, instalando no lugar um clima fresco e aconchegante. Debaixo dos edredons que Ryujin havia pego em seu quarto, Chaeryeoung e a garota terminavam de comer uma pizza que resolveram pedir para o jantar, já que óbiviamente nenhuma das duas sabia o básico sobre como cozinhar uma refeição minimamente comestível.

Por volta da sete da noite, quando Ryujin discou para a pizzaria, as duas terminavam o filme que assistiam e, incrivelmente, Ryujin podia ver claramente resquicios de lágrimas nos cantos dos olhos da Lee, mesmo que o filme escolhido não era de drama, como a mais nova citou mais cedo que a faziam chorar.

- Chaery... você está chorando? - Ryujin questionou, segurando um riso sincero.

- Não, eu só... - Lee respondeu, limpando o molhado com as mãos. - ... Só estou com sono.

- Você não é nenhuma criança para chorar quando esta com sono, princesa. - A Shin brincou, tocando a ponta do nariz da mais nova com o indicador.

O apelido "princesa" havia surgido durante o filme, quando um rapaz chamou a namorada pela palavra, e Ryujin automaticamente repetiu a cena com Chaeryeong, insinuando que seria extremamente clichê. A gatota ouviu à brincadeira e acabou perdendo-se em sensações. Seu rosto se esquentou e um frio na barriga tomou conta de si, porém repreendeu a amiga quando conseguiu formular uma frase, disse que achava romântico e que ela não deveria entender daquele jeito.

- Eu gostei do apelido... - Chaery disse baixinho, apenas para si mesma, entretanto alto o suficiente para que Ryujin ouvisse.

A maior sorriu, olhando nos olhos da mais nova. Shin não deveria ter gostado de ouvir isso, não era certo. Chaeryoung era praticamente uma amiga de infância, religiosa, e obiviamente não iria querer mais olhar em sua cara caso fizesse algo que ameaçasse a amizade de ambas.

Contudo era impossível esconder um sorriso quando se tinha aqueles olhos cor caramelo direcionados para si, brilhando como nunca antes, contando um segredo que o interior da Chaeryeong de sempre se preocuparia em esconder, mas aquela Chaeryeong ipnotizada do momento não se preocupou em dizer um pouco mais baixo.

- Posso te chamar assim se quizer. - A Shin respondeu baixo, fixando os olhos na feição próxima da outra. - Mas tem que me deixar ser o principe...

- R-Ryu, você é menina, não pode ser o principe. - Lee disse inocentemente, com o rosto rosado e uma feição de confusão no rosto.

- Eu... não pensei direito para falar, me desculpa. - Ryujin pediu, tentando reverter a situação complicada que se formava. - Eu jamais deveria ter falado isso.

- Tudo bem, não é sua culpa. - A menor a acalmou, tocando em seu braço antes que a mesma levantasse do sofá. - Eu só não entendi muito bem.

Ryujin sorriu fraco como resposta, levantando-se logo em seguida e evitando contato visual com a menor.

- Eu vou pegar meu celular para a gente pedir uma pizza, pode ser? - Perguntou normalmente e a mais nova assentiu, vendo a Shin caminhar escada acima.

Outra vez seus pensamentos se embaralharam. Era confuso demais entender o porque seu corpo reagia daquela forma a qualquer toque ou palavra de Ryujin. Ela não sentia isso com suas outras amigas ou amigos, Ryu era especial. Seu pai a dizia para manter certa distância, mesmo sabendo que Chaeryeong estaria longe de ser uma garota que gostava de mulheres e Ryujin realmente não representava perigo. Mas de qualquer forma era complicado controlar as vermelhidões e o calor que sentia quando a amiga se aproximava, a abraçava ou falava algo que a agradava, como se a vontade de ter Ryujin mais perto fosse maior do que seu autocontrole.

The Pastor's Daughter - Ryuryeong - Short FicOnde histórias criam vida. Descubra agora