Beijos e... sexta que vem?

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Gnt, se gostar, não se esqueça de votar no capítulo!⭐️

Última parte da Short fic, espero que gostem!

Boa leitura!

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Já era manhã, por volta das dez, os pássaros cantavam do lado de fora anunciando um belo dia de sol, diferente do anterior, que havia sido marcado completamente por chuvas e um frescor agradável. Frestas de sol atingiam os cômodos da casa através de pequenas aberturas nas janelas, junto da pouca brisa que refrescava o local. O silêncio da casa de Ryujin era música para os ouvidos de Chaeryeong, que ainda dormia pesadamente desde a noite passada, sem sequer acordar quando o sol esquentou o lado de fora e as aves beliscaram as janelas com seus bicos.

O cansaço era tanto que a Lee não se deu conta nem de que estava sozinha na cama, e Ryujin já havia levantado a um bom tempo. Praticamente roncando, a menina enrolada no edredom branco poderia ser tranquilamente considerada uma alma travada, desamiada desde horas atrás.

- Chaery... - Ryujin chamou baixo, ajustando uma pequena mecha do cabelo da amiga atrás da orelha. - Chaeryeong...

- Uhm? O que foi? - Perguntou a pequena, sonolenta virando-se para encarar a que a chamava.

- Já é tarde, você precisa comer alguma coisa antes do seu pai te buscar. - A maior informou, sorrindo besta ao ver os olhinhos apertados de sono da Lee. - Vamos, eu estou fazendo almoço.

- Eu estou indo, só vou tomar um banho. - Disse, sentando-se na cama. - Pode ir na frete, eu já desço.

- Ok, então te vejo lá. - Ryujin se despediu, saindo do quarto logo em seguida.

Chaeryeong se levantou ainda meia aérea, olhou em volta até que sua mente despertasse de vez, ela havia dormido demais, mais do que o de costume. Seus pensamentos entraram no lugar dentro de alguns segundos, como se cada um tivesse achado sua casa em seu cérebro, só então a garota lembrou-se da noite passada, onde havia feito uma das maiores insanidades de sua vida.

Por um instante enquanto caminhava até o banheiro, tentou entender o que sentia dentre todos os frames do filme que se passavam dentro de sua cabeça. Olhou para todas as memórias e tentou sentir algo. Percebeu logo de início que raiva não fazia parte do que sentia, logo descartou-a; a tristeza também não se encontrava alí, nem o medo ou dor. Felicidade não a definiria por completo, deixando certo espaco vazio até que encontrasse o que de verdade faltava. Então pensou em arrependimento. Estava arrependida de ter se entregado a Ryujin? Sentia-se culpada por algo? Talvez esse fosse seu maior medo, se sentir culpada por algo que não era exatamente de seu controle.

Mas então, depois que ligou o chuveiro, despindo-se aos poucos na frente do espelho, Chaery lembrou de tudo o que sentiu na noite anterior e teve a certeza: não se arrependia de absolutamente nada. Todos os toques, palavras, contatos, nada era suficiente para a fazer sentir-se culpada.

Por mais que seu pai sempre indicou que não mantesse contatos próximos, foi inevitável. Seu corpo pedia por mais e sua mente apenas concordou, e agora ela se encontrava sorrindo como besta para seu próprio reflexo no espelho, o reflexo de uma pessoa que havia tido a melhor noite de sua vida.

Chaery guardou o sorriso para entrar debaixo d'água, sentindo as gotas quentes ticarem sua pele, escorrerem por seu corpo e, finalmente chegarem ao chão, onde deixaram um rastro molhado até que o interior do box fosse tomado por pingos de água, que desciam pelo ralo e levavam com eles quaquer resquicio de cansaço que a garota carregava.

Terminou seu banho dentro de dez minutos, escovou os dentes, vestui-se com um short e uma blusa azul bebê, e arrumou o cabelo de forma apresentável, prendendo-o para traz em um rabo de cavalo e deixando somente duas pequenas mechas tampando um fio de seu rosto.

The Pastor's Daughter - Ryuryeong - Short FicOnde histórias criam vida. Descubra agora