Refém por acaso [COMPLETA]

014| Benvenuti nel cespuglio

Eu vou pegar minha camionete
Colocar umas piriguete, então partiu
Já foi, essa festinha na fazenda
Vai ter mais mulher que boi

Novinha descendo na quatro por quatro
Welcome to the mato
Cerveja gelada, piscina e churrasco
Welcome to the mato
Modão batendo no grave pesado
Welcome to the mato - Marco Brasil Filho

O fim de semana foi regado de cachaça, farra e muita curtição, menos da minha parte que tinha uma mini neném para cuidar.

A morte do cara repercutiu na Bahia inteira, mas ninguém ligava muito para a morte de um assediador e que tinha ficha na polícia por estupro de crianças e adolescentes.

Deus me perdoe, mas ele teve o que mereceu.

Dimitri passou a festa inteira bancando o meu segurança particular, e ninguém ousou nem chegar perto de mim com um poste de quase dois metros do meu lado.

- Minha cabeça dói tanto! Parece que alguém tacou um tijolo em mim.

- Eu avisei que beber uma garrafa de vodka sozinho não ia dar bom - Relembrei o meu amigo.

- Quais os planos agora?

- Vocês querem ir na fazenda da minha avó no interior da Bahia?

A fazenda da minha avó era em uma cidade no interior da Bahia, cresci lá nadando nos rios e na represa, pescando na cachoeira, correndo atrás dos bichos e caindo pelos cantos igual manga madura.

Giulia se animou com a ideia de ver galinhas, porcos, vacas e quase todo tipo de bicho, quem não gostou muito da ideia foi o pão careca insuportável do Dimitri.

A viagem para a fazenda da minha avó foi em carros que alugamos para chegar até lá, a vista era de árvores de eucalipto, pinheiros aromáticos e apenas a brisa da poeira colidindo com a janela aberta do carro.