Refém por acaso [COMPLETA]

017| Olhos não mentem

Não posso mentir para você, querido
Quero sentir seu corpo perto
Você diz que me odeia
Mas me conta coisas que ninguém sabe

Sim, você é lindo, não precisa tentar
Querido, você parece divino

Os olhos não mentem
Os olhos não mentem
Eyes don't lie - Isabel LaRosa

O dia estava frio ao ponto de não querer sair mais da cama, virei automaticamente para o outro lado e encontrei Dimitri dormindo no sofá do quarto.

— Dormiu aí por que?

— Por que deu vontade — Respondeu em um tom frio e amargo que atingiu em cheio o meu peito.

— Aconteceu alguma coisa?

Ele não respondeu, apenas ignorou a minha existência e saiu do quarto em uma indiferença dolorosa, mas se ele acha que isso vai me abalar ele está muito enganado.

Caminhei até o banheiro para um banho morno e lavar o meu cabelo que estava cheio de flores que a erê havia jogado em mim.

— Bom dia família.

Giulia estendeu os braços na minha direção e era impossível não pegar aquela coisinha fofa no colo, ela sorriu e deitou a cabeça no meu ombro de uma forma tão preguiçosa que deu até vontade de não sair nunca mais daquele abraço.

— Tem alguma coisa para fazer hoje? — Diego perguntou meio entediado — Já estou cansado de ficar dentro de casa.

— Mas chegamos ontem da casa dos meus avós.

— Por isso estou entediado, lá era muito bom de ficar.

— Você eu não sei o que vai fazer — Ponderei — Mas eu irei em uma boate nova que abriu com o Kaio.

O som de um prato caindo no chão fez Giulia erguer os olhos e encarar o pai do mesmo jeito que todos estávamos, Dimitri manteve a postura mesmo com todo mundo o encarando atrás de respostas.