CAPÍTULO III: - CINCO (5) ANOS DEPOIS

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CINCO (5) ANOS DEPOIS

Eu lia aquelas palavras com muita dor, era difícil de acreditar que era o fim de tudo. Da alegria que ele trazia e a energia que transmitia. É pena que vocês não poderão saber quem realmente era o Fred por detrás de tudo aquilo que passou. Se tem alguém na vida que não mereceu sofrer e justamente por amor, fora o Fred.

Se a vida é concebida por intermédio da justiça no seu todo, então a mesma não fora justa com ele.

Cinco (5) anos se passaram e hoje estou aqui, uma mulher doutada de sapiência e longe de se pensar que um dia fora uma empregada doméstica. Hoje empresária e muito influente aos redores.

Abri novas empresas de importação e exportação de produtos de moda, arte e costura. A moda sempre fora a minha paixão por isso que sempre passava bem as roupas do falecido Fred.

Eu cresci muito e como homenagem abri um orfanato e chamei-ó de "Fred Vive".

Para a inauguração do mesmo eu convidei os meus amigos, sócios e futuros colaboradores externos e internos para que pudessem participar dessa cerimônia em jeito de homenagem.

[Samira Narrando]

Cinco anos se passaram e é lógico que eu conheci alguém. Me casei, tive dois lindos filhos e a vida estava aparentemente boa. Eu estava distante de tudo e havia finalmente recomeçado do zero.

Era tudo novo e sem nenhum vestígio de um passado sombrio que pudesse comprometer o meu lar ou a mim mesma.

Numa das conversas com o meu querido e amado esposo ele me dissera que teríamos que fazer uma viagem a negócios e como de costume, eu aceitei.

Christian: - Teremos que fazer uma viagem a negócios nessa quinta-feira! (Afirmou).

Samira: - Nessa quinta, amanhã? (Perguntei).

Christian: - Sim, tem algum problema?

Samira: - Sim, eu tinha algo por fazer...

Christian: - Vai ter que adiar, eu não posso ir para lá sozinho!

Samira: - E porquê não? (Perguntei curiosa).

Christian: - É a inauguração de um orfanato da minha cliente maioritária, eu não posso decepciona-lá!

Samira: - Está bem amor, vou fazer as malas!

Durante a noite fiquei fazendo as malas para a viagem. As crianças ficariam com a minha sogra que por sinal vivia connosco só não sei porquê.

Pela manhã fomos ao aeroporto e subimos em seu jato particular que nos levou de volta para minha cidade onde justamente eu não contava mais voltar.

Enquanto voavamos eu peguei no sono devido a noite toda que tivera ficado acordada se arrumando para a viagem. O sono foi tão profundo que só despertei quando o Christian me acordou para descer do avião pois já havíamos chegado.

Numa primeira instância eu não reconhecia o lugar, mas ao caminho do hotel eu notei que ele havia me trago para a origem da minha desgraça. Desacreditada quase que chorava de tanta raiva que sentia.

Christian: - O que se passa Samira? (Perguntou-me preocupado).

Samira: - Não foi nada amor...

Christian: - O que lhe perturba, me parece desconfortável!

Samira: - Deve ser devido o vôo, mas estou bem! (Menti).

Ao chegar no hotel eu vi que era o mesmo hotel que eu e Eugênio frequentavamos quando namorávamos antes de tudo o que aconteceu depois.

Para o meu azar ou sabe-se-lá o quê, a suíte que o Christian escolheu fora a do número 59 que conscedia com a mesma que nós escolhiamos.

Era um terror que eu estava prestes a viver novamente. Eu não podia dizer nada para o Christian com o medo dele me largar tal igual eu fiz ao Eugênio.

Eu e Eugênio frequentavamos muito aquela suíte de tal modo que no banheiro bem perto do chuveiro a gente escreveu a seguinte frase "Eugênio e Samira passaram por aqui" e de seguida um coraçãozinho.

O Christian entrou no quarto e foi logo tomar um banho de chuveiro. E eu toda preocupada com que ele visse aquelas escritas na parede.

Tudo bem que já se passavam mais de cinco anos, mas todo o cuidado era pouco. Entrei no banheiro com ele para que o pudesse destrair e garantir que o meu passado mais uma vez não estragasse a minha vida.

Tomamos um banho quente juntos e quando me virei de costas enquanto ele me agarrava, eu vi. Eu vi as escritas na parede e meu coração bateu muito forte, mas não tão forte quanto ele batera em minha bunda.

Se tem uma coisa que é extremamente louca, é subir as nuvens numa casa de banho e carregada de medo sentir o prazer de um pedaço de alguém entrando dentro de você.

A sensação de ser descoberta e a do prazer, faziam antigir pontos e letras (G) que eu mesma não conseguia controlar. O Christian não parava e a água corria em nossos corpos molhando-nos mais do que devia, pois lhe garanto que não era a água do chuveiro.

Com a minha mão me apoiei a parede e justamente ali onde estava escrito peguei.

Foi um dia intenso, mas muito prazeroso. O Christian era o tipo de homem que toda mulher queria ter em seus braços e outras em sua cama. Porém eu, eu o tinha em meu banheiro, em minha cozinha, em meu carro, em meu jato, em meu escritório, eu o tinha em qualquer lugar em que eu desejasse ter.

Bastava desejar que ele me despia e me fazia passear em ruas da lua regando todo o pau que ele em mim plantava.

Quão bom e quão suavel fora aquele banho de pacote completo. Depois de um beijo o Christian saiu do banheiro e foi se vestir.

Tentei colocar qualquer produto que achei só para tirar as escritas, mas infelizmente não consegui. Saí frustrada do banheiro e do nada o Christian perguntou-me:

Christian: - Você já esteve aqui?

Samira: - Aqui? (Assustada perguntei).

Christian: - Sim, aqui!

Samira: - Aqui nesse hotel?

Christian: - Não exatamente, aqui neste país! (Uma curiosidade, o Christian não sabia que eu era daquele país, ele quase que não sabia nada sobre mim, pois eu não tinha o contado quase nada verdadeiro sobre mim. Todavia, isso é assunto para um outro capítulo).

Samira: - Não não, porquê? (Perguntei).

Christian: - Nada não, é que as pessoas daqui me lembram muito você antes da gente namorar!

Samira: - Humm, nada haver! (Mudei de conversa).

Se tem uma coisa que a gente não tem como negar é a nossa própria origem.

DESTINOS QUE NOS IMPEDEM DE SONHAR 2Onde histórias criam vida. Descubra agora