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Olá, gente. Galerinha do Mal.
Vamos voltando para mais um capítulo super massa explorando esse mundo pós-Leviatã, perdido em algum momento do tempo e espaço.
Comentem e deixem seu gostinha.
Deixem seus comentários em cada paragrafo, que tô com saudades de ler os pensamentos e opiniões de vocês.
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A água era escura, fria, serena e implacável.
As folhas secas coloriam a terra em tons marrons e amarelados, enquanto as raízes se projetavam sobre o solo e irradiavam sem trajeto conhecido, pelo território da floresta. O chão era úmido; como tudo ali era. O Sol pouco conseguia vencer os galhos das árvores - era denso e abafado. O terreno era sinuoso, com partes altas e subitamente, declives acentuados que levavam a uma queda morro abaixo. Havia poucos lugares planos, quase nenhum descampado; não se podia correr facilmente, ou caminhar.
As águas faziam caminhos largos de curvas acentuadas, indo de um lado para outro, perdido em meio aos galhos que se curvavam sobre o espelho d ' água.
Galhos, folhas e arbustos flutuavam até serem presos por uma das extremidades dos barrancos ou se perderem no âmbar do rio.
Formigas trabalhavam sobre os acidentes do terreno, seja ultrapassando galhos e troncos, seja subindo em folhas secas.
De fato, elas se moviam em ordem, imparáveis, metódicas, eficientes (Quase sempre). Seja pelo chão ou pelas árvores, lá estavam elas carregando seu tributo para a colônia.
Os mosquitos zumbiam e voavam, como nunca tinha visto. Alguns no chão outros entre as palhas das árvores.
Os pássaros em sua maioria eram discretos... outros, barulhentos ecoando seus gritos por quilômetros.
Talvez eles estivessem contentes?
Ou apenas seguiam o roteiro de sua espécie, seguindo seus instintos?
Eles só conheciam o agora, aquela existência. Eles sabiam que deveriam andar, voar, cortar, carregar.
O Norte ou o Sul não eram um mistério. Trabalhar dia após dia não era um fardo, era apenas seu destino.
O rio seguia seu curso. Ele nasce e depois esquece de onde veio, para então desaguar no mar e se tornar só mais com a imensidão azul; pois, uma hora ele é um rio com um nome, pertencente a um país, a um Estado, para logo, tornar-se um oceano inteiro com um nome só, onde todos navegam.
Uma hora água doce, outra é água salgada.
As vozes ainda ecoam em minha cabeça.
Eu não durmo.
Eu nem tento piscar as pálpebras.
Meu corpo é menos parecido com um cadáver, mas ainda assustadoramente, inumano.
Meus dedos seguram projetos de unhas, enquanto deslizam pelas águas. O som das folhas se partindo e dos pássaros ao longe preenchem o vazio quase completo em minha mente.
Porém, não somente havia aquilo; mas também, os passos de outros bichos com cascos e com patas; o rastejar de serpentes; as colmeias que zumbiam e as árvores que caíam e naquele instante, sua queda existia para mim - talvez como uma das poucas testemunhas ali.
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Leviatã G!P - Billie Eilish II
FanfictionEngaiolando-se no mar, como devem ficar os monstros, Billie decide colocar um ponto final aos males que fez e ao perigo que representa. Exceto pela Morte recusar em levá-la. O tempo passa e Billie retorna como uma andarilha sem destino... até enco...