6 - Noites solitárias, Templo esquecido

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Um olá e boa noite(dia) a vocês. Que a galerinha do mal retorne para mais um capítulo.

Espero os comentários por aqui para poder respondê-los e retomar suas piadas, responder dúvidas, etc etc.

Não esqueçam da estrelinha e marcar presença. 



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Era uma tarde ensolarada - nada diferente do habitual. -, ventava muito.

As cortinas dos aposentos de Nefertari não vibravam somente por questões naturais, mas pela entrada sutil de Billie, escondida nos cantos, atrás delas. Não tão bem escondida a ponto de não ser vista - ela duvidava que conseguiria se esconder da princesa. - o que levou apenas o tempo de uma xícara fervente de chá repousar na louça.

- A senhora pode decidir... - Billie tremeu. - sentar-se para o chá ou ficar parada, Beukraf.

Como uma criança tímida, os dedos finos movem as cortinas para as laterais. A princesa lia algo, seus olhos permanecem nas letras à sua frente; enquanto isso, os passos inseguros levam a outra para perto da mesa, com as xícaras dispostas.

- Sirva-se.

Como era mandona.

Billie a olhou: as íris castanhas em padrões explosivos não pareciam se importar com o chá ou com ela levando vários pães à boca, enquanto jogava mel na bebida fervente.

- Espero que esteja bom.

- Oh, está ótimo. - Os pães ocupavam todo espaço de sua boca.

- Não fale com a boca cheia de alimento... isso é bem... - os olhos castanhos a encaram. - deselegante.

Desculpou-se tímida, com o rubor em seu rosto vermelho, descascando por causa do Sol. As unhas sujas começaram a incomodar a princesa de forma que pareciam um espinho em seu calcanhar.

- Siga-me! - Ela levanta imperativa; os olhos azuis se arregalam e contorcem em confusão.

O pescoço de Billie acompanha o movimento dos passos largos, flutuantes junto ao tecido do longo vestido azul escuro com ramos dourados.

O recinto privado se abria em outros, atrás do arcos e cortinas, até pararem em frente a uma porta dupla com maçanetas prateadas brilhantes.

- Pode entrar. Fique à vontade.

- Eu? eu... entrar? Pra quê?

Olhos castanhos deixaram-na contra a parede ou assim deveria ser; pois a princesa se inclinou... abriu a porta.

- Entre. Você faz muitas perguntas, Beukraf.

Nefertari sentia a estranheza em uma criatura divina ser tão medrosa e desconfiada. Parecia uma adolescente desconfortável, insegura, assustada. Os olhos azuis lhe causavam sensações estranhas, que contrastavam com os trejeitos quase infantis de sua visitante.

A princesa adentrou; estendeu as escovas, pentes e loções para Billie, que foi jogando tudo entre os braços. Depois, abriu um chuveiro que caia sobre uma banheira de pedra.

- Pode ir tirando suas roupas. - Billie ficou pálida. - Essas estão horríveis; trarei algo decente.

As portas se fecharam. Billie ficou sozinha, mas como não tinha outra opção (ao menos em sua mente), despiu-se, entrou na banheira e deixou a ducha forte levar as camadas de sujeira, que estavam em seu corpo.

Leviatã G!P - Billie Eilish IIOnde histórias criam vida. Descubra agora