OLA, POVO VOLTEII !!
COMO VOCÊS ESTÃO?
Vamos pro depois e para nova fase hein. ; )
Um abraço pra galerinha do mal.
Comentem nessa porra, seus cornos. Vão morrer secas.
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NARRADOR/ON
As correntes se moviam...
De ferro.
Do mar.
As camadas de areia se acumulavam, tremiam. Os raios solares penetravam as águas salgadas e se tornavam sinos perdidos no balanço enquanto afundaram rumo à penumbra, que escondia mistérios mitológicos. Já existiu maior escuridão, longe da luz e da superfície, entre as grades prendendo os monstros longe dos homens.
Os espasmos em busca de ar, lutando pelo retorno, por uma saída.
A força incontida sacudindo as correntes enferrujadas, a areia deslizando em fuga, a água se agitando e os seres fugindo como se pressentissem que algum predador estivesse perto, à paisana nos arredores. Junto a essa movimentação, luzes verdes começaram a brilhar sob o monte.
A batalha de se ligar ao corpo, de mover os braços, de lembrar como respirar, lembrar como era ser humana. O retorno à dolorosa existência, a realidade indiferente, pragmática.
O corpo sob os grãos, sacode a cabeça e se debate contra as correntes. O monte se desfaz flutuando e turvando a água, ficando em suspensão enquanto as correntes se quebravam e um corpo humanoide - algo que lembrava um humano, mas nem tanto - fazia bolhas saírem de grito mudo, no silêncio do mar, enquanto os olhos se abriam em uma forte luz verde, condensada em pura energia caótica que fervia os arredores.
O sol tinha recém surgido, junto a seu brilho veio um feixe verde borbulhando o azul-esverdeado do litoral, o que resultou em uma movimentação violenta.
O feixe verde se dissipou e sumiu; as águas se agitaram; o vento sussurrava e os pássaros atravessavam os céus. As palmeiras dançavam, as toalhas quase eram levadas pelo vento, as ondas surgiam e morriam ao se quebrarem contra à areia.
Tudo parecia normal por aqueles segundos.
Até uma coisa desconhecida romper o mar como um míssil.
Aquilo pairou sobre as águas turbulentas. Ali, parada, enquanto as gotas de água escorriam por aquela imagem perturbadora, chocante. Dela, pedaços de corrente caiam de seu corpo nu e um cabelo muito longo era maior que sua altura.
A criatura voou até a areia e caiu sobre os joelhos fracos; as pernas finas de tendões aparentes não estavam acostumados a andar. As mãos de longas unhas encurvadas, seguraram o cadáver andante e a pele dos braços abraçava seus ossos com muita força. Era possível contar todos os ossos do tórax e ver o contorno de seu quadril, no que um dia foi um corpo preenchido pela fartura que o mundo poderia oferecer.
Os longos cabelos secos e apagados faziam sombra sobre o rosto esquelético, que sustentava grandes olhos azuis saltados das orbes em algo que era dificil distinguir se era medo, abalo ou... loucura.
A caminhada pesarosa, irregular, pendulava como as ondas. Ela ia em direção do instinto até suas pernas não aguentaram e ela despencar na areia, com a sobra de um coqueiro e seu cabelo sendo as únicas coisas que a cobriam.
Como um tsunami em seu estômago para retirá-la da apatia, subiu por sua garganta algo como lava e morte, que se fundiram até se tornarem o liquido escuro, que liberava areia, algas, pedras e tudo que boiasse e a maré levasse até seu corpo, náufrago no fundo do oceano. Até anzol e moedas pareciam ter saído.
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Leviatã G!P - Billie Eilish II
Fiksi PenggemarEngaiolando-se no mar, como devem ficar os monstros, Billie decide colocar um ponto final aos males que fez e ao perigo que representa. Exceto pela Morte recusar em levá-la. O tempo passa e Billie retorna como uma andarilha sem destino... até enco...