Festa do pijama em Seattle

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★★★

Finalmente chegou o dia em que passarei a noite na casa de Jake e, sinceramente? Estou menos nervoso do que imaginei no início.

Infelizmente Niki não vai conseguir me fazer companhia, já que acabou pegando um resfriado e está de cama, no entanto, Johnny parece tão animado quanto eu, e a sua presença é mais do que confirmada. Ele me buscou em casa com o seu carro novo por volta das 19h30, e agora anda pelas ruas de Seattle completamente perdido, deixando escancarado uma carinha de desespero.

— Puta merda, esse garoto mora no fim do mundo? — ele olha para o GPS. — Isso não faz sentido. Acho que estamos no lugar errado. 

— Ou você está sendo precipitado. Aqui está mostrando que estamos chegando no condomínio — olho para o GPS rapidamente, voltando a prestar atenção na janela logo depois. — Ele realmente mora no fim do mundo.

— Na verdade não, Ben — Johnny me cutuca rapidamente depois de poucos minutos, chamando a minha atenção. Olho para frente e me deparo com a entrada de um condomínio luxuoso, completamente escondido naquele caminho cheio de árvores que nos preocupava anteriormente. — Quem é pobre e mora no fim do mundo é a gente.

Fico surpreso com aquele lugar, porque eu não fazia ideia que Jake era tão bem de vida. Quando Johnny tem a permissão para entrar, meus olhos não conseguem ficar fixos num lugar só, porque a imensidão e a luxuosidade daquele condomínio é surreal.

Consigo avistar Jake em frente a um dos prédios, usando pijamas e acenando para nós enquanto mantém um sorriso no rosto. Assim que Johnny chega lá, ele avisa que há um estacionamento subterrâneo ali e que o meu amigo pode guardar o carro. Johnny agradece e quase me expulsa, me deixando sozinho com Jake enquanto aguardamos o seu retorno.

— Estou muito feliz por vocês terem vindo — Jake sorri abertamente para mim, e eu percebo que ele está meio inquieto. — Pensei que teria que aturar William sozinho a noite toda — ele ri. 

— Relaxa, quem vai aturar ele é o Johnny — digo e rio também. — Só estou chateado porque Niki não pôde participar, mas também estou feliz por estar aqui.

— Vou tentar não pensar nisso pra não ficar triste também — logo depois de me responder, Jake se aproxima de mim lentamente, só parando quando está bem próximo do meu corpo. — Senti saudade, mesmo com você torcendo por mim feito um louco ontem — ele ri baixinho.

A proximidade de Jake me deixa nervoso, principalmente por ele não tirar os olhos dos meus. Mesmo sendo mais alto não deixo de me sentir intimidado, e eu até gosto dessa sensação, porque estar perto de Jake me traz sentimentos gostosos e engraçados que eu não me importo de sentir, mesmo sendo acompanhado pelo nervosismo e todo o resto que provavelmente deveria ser ruim para mim. 

— Também senti saudade. Me desculpe por não ter ficado um pouco mais para falar com você depois do jogo — digo.

— Relaxa, Ben. Sei que você esteve comigo o tempo inteiro — ele sorri de canto. — Posso te dar um abraço?

Não faço nada além de assentir, vendo logo depois Jake se esticando um pouco para me abraçar pelos ombros. Rio com essa cena e o abraço pela cintura, afundando o meu rosto no seu pescoço e sentindo o cheiro do seu perfume que, pela hora, já está quase no fim.

Ouço Jake rindo baixinho, provavelmente por ter sentido que eu respirei fundo perto da sua pele. Me sinto meio envergonhado por isso, no entanto, Jake parece estar sempre atento a qualquer coisa que eu penso, como se fosse capaz de ler mentes. 

— Você é tão fofo, Ben. Gosto de quando você se sente confortável fazendo essas coisas — ele leva a mão até o meu cabelo e bagunça, me fazendo afastar o meu rosto do seu pescoço para olhá-lo, ainda sem desfazer o abraço. — E eu também gosto dessa carinha que você faz quando fica com vergonha.

Love in Seattle | jakehoon. Onde histórias criam vida. Descubra agora