Capítulo 10

730 100 10
                                    

A essa altura, Severus estava acostumado com a poderosa onda de magia quando tocava Potter. Isso ainda não impediu que sua respiração ficasse presa na garganta quando o homem agarrou ele e Draco depois que o Comensal da Morte foi varrido.

“Bem, senhores, vocês estão prontos para partir de ambientes tão hostis?”

Draco se virou para Potter, uma expressão de total confusão no rosto. "O que?"

Severus revirou os olhos. "Apenas nos leve para um local seguro antes que o alarme soe, Potter."

O homem assentiu e Severus sentiu o familiar apelo da aparatação. Eles pousaram no ambiente familiar do escritório do diretor; uma Minerva assustada saltou da mesa, com a varinha em punho. Ela piscou com a visão diante dela.

“Severus. Sr. Malfoy." Seus olhos pousaram em Potter. "Harry?"

Potter soltou aquela gargalhada alta que estava começando a fazer coisas estranhas nas entranhas de Severus e soltou os dois sonserinos. “Professora,” ele foi até a bruxa e a envolveu em um abraço forte. Ela soltou um pequeno suspiro e deu um tapinha nas costas dele sem jeito.

Ela se afastou e estudou o homem adulto. “Harry, o que aconteceu? Onde você esteve?"

Ele sorriu para ela. “Tudo no devido tempo, minha senhora. Devíamos esperar pelos outros. Os presentes chegaram?"

Ela ficou boquiaberta para ele. “Era você? Acabamos de enviar vários Aurores para lá. Lupin e Black estavam de plantão e enviaram um Patrono dizendo que vários presentes haviam chegado.” Seus olhos se voltaram para Severus. “Então estávamos certos; foi você e o Sr. Malfoy, Severus?"

Severo assentiu. Ela engoliu em seco, mas não disse nada, e Severus ficou grato. Ele não tinha certeza se conseguiria lidar com tais emoções naquele momento. “Você convocará os outros, professora?” Potter perguntou.

Ela assentiu. "Sim! Sim, imediatamente." Ela colocou a mão em sua bochecha. "Ah, Harry." Ela se afastou e foi até a lareira, pegou o pote de pó de flu e se ajoelhou perto da lareira. Potter se virou para Severus.

“Você disse que meu livro estava aqui? Eu gostaria de devolvê-lo."

Severus assentiu e foi até a estante. Ele puxou o livro familiar e olhou para ele antes de entregá-lo a Potter. O homem pegou e virou antes de abri-lo. Seus dedos percorreram as runas estrangeiras da esquerda para a direita e ele murmurou baixinho para si mesmo. Severus observou enquanto as runas nas páginas mudavam e formavam palavras. Ele olhou para cima e viu um sorriso aparecer nos lábios carnudos de Potter, e os olhos verdes brilharam de satisfação. O livro se fechou e Potter o estendeu. Severus ficou em estado de choque.

“Isso nada mais é do que um relato do meu tempo no Egito, mas Nimue sempre foi fascinado por ele. Espero que ele volte quando você terminar." Severus olhou para o livro, mal conseguindo acreditar que seria o primeiro em mais de mil anos a ler aquele texto.

"Não posso te dizer o quanto aprecio a honra, Potter."

O homem encolheu os ombros. “Você ainda não leu, Snape. Não faço promessas, mas apreciaria muito se você se abstivesse de marcá-lo com sua pena vermelha."

Severus deixou o sorriso aparecer em seus lábios. "Eu não faço promessas, Potter." Ele sentiu uma pequena onda de excitação quando os lábios de Potter se transformaram em um sorriso. Severus pressionou o livro contra seu peito e ficou ao lado de Draco enquanto Minerva se afastava do Flu.

“Os outros devem chegar logo,” ela disse a Potter. "Mandei Kingsley buscar Remus e Sirius."

"Sirius," Severus ouviu a emoção na voz do homem e viu uma sugestão do garoto solitário que Potter havia sido. Uma bandeja de chá com várias xícaras apareceu ao lado de Potter, e ele olhou para ela com tristeza. “Acredito que talvez precisemos de algo um pouco mais forte, professora.”

Oh Merlin [ TRADUÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora