Capítulo 9

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Harry olhou para a mesa das Sacerdotisas e viu um rosto familiar que nunca pensou ver novamente. Um homem corpulento, com cabelos grisalhos e barba por fazer, apoiou a mão na mesa enquanto segurava o garfo com a outra, congelado no meio da mordida. O garfo caiu no prato com estrondo. Um sorriso surgiu no rosto do homem, e ele se levantou da mesa e a contornou para ficar na frente de Harry, segurando seus ombros.

“Bedivere? Por que diabos você está aqui?”

O homem soltou uma gargalhada alta e puxou Harry para um abraço rápido e áspero. “Você não mudou nem um pouco, Merlin. Bem,” sua mão passou pelo rosto de Harry, “Não é com isso que estou acostumado. Mas ouvi dizer que você não nos mostrou seu verdadeiro rosto."

Harry deu de ombros. “Como você veio parar aqui?”

Um rubor tingiu as bochechas do homem. “Fui encarregado de devolver a espada do Rei à Senhora de Avalon, e Lady Gawain concordou em me escoltar.” Ele apontou para a mesa e Harry olhou por cima do ombro do cavaleiro para encontrar os familiares olhos azuis penetrantes.

“Morgana,” a palavra saiu de seus lábios, e o sorriso apareceu em sua boca. Ele olhou de volta para Bedivere. “Não pude resistir aos encantos dela, hein?”

O rubor de Bedivere se aprofundou. “Sir Gawain morreu há cinco anos e o tio do menino o tem sob controle. Ela já decidiu voltar." Ele olhou para Morgana e depois para Harry com um pequeno olhar malicioso. “Não foi difícil escolher ficar com ela.”

Harry riu. “Não. Mas, por favor, não permita que eu o afaste de sua comida e esposa. Visitaremos mais tarde. Tenho certeza de que Lady Morgana tem muito a me dizer."

O homem voltou para sua mesa, e Harry fez uma pequena reverência para Morgana antes de se juntar a Snape, onde Alexandria havia sentado o homem carrancudo. E isso não foi uma surpresa? Acordar com aqueles olhos negros brilhantes e o toque quente daquelas mãos delicadas. Ele quase teve que se recompor na caverna quando viu os olhos escuros do homem observando seu corpo nu. Felizmente seu ex-professor se virou, permitindo que o sangue de Harry esfriasse. O homem ainda se movia com um ar gracioso de autoridade; em vez de achar isso intimidante como antes, teve o efeito de deixar Harry com água na boca. Ele aprendeu a apreciar um homem que sabia o que queria. Snape falou pouco durante a refeição. Depois eles foram conduzidos aos quartos de hóspedes. Harry ficou surpreso ao perceber a extensão de sua própria exaustão.

*

Harry acordou na manhã seguinte com uma batida firme em sua porta e saiu da cama para abrir a porta para Snape carrancudo. “Ah. Bom dia, professor. O que posso fazer por você neste belo dia?"

Snape passou por Harry e invadiu seu quarto. “Qual é o plano, Potter?”

Harry esfregou os olhos sonolentos e bocejou. “Imagino que Morgana fará exames para ter certeza de que estou saudável. Ela é uma curandeira bastante talentosa. Além disso”, ele encolheu os ombros, “como eu disse, pretendo descansar enquanto minha magia rejuvenesce.” Harry foi até sua cama, pegando a bolsa de Hermione da mesinha lateral. Ele a abriu para invocar mais uma vez seu malão. Colocando o objeto miniaturizado no chão, ele o encolheu antes de abri-lo.

“E quando voltarmos ao mundo bruxo?”

Harry tirou vários livros e os colocou sobre a mesa. "Você e Dra-" Harry parou e fechou os olhos por um segundo antes de falar com cuidado. “Você... você e Draco... desejam se juntar a nós em Hogwarts? Posso tirar você e ele de onde quer que Voldemort esteja escondido sem problemas."

Snape o observou cuidadosamente enquanto Harry abria os diários e os folheava. “E os prisioneiros?”

Harry ergueu a cabeça. "Ele ainda tem prisioneiros?"

Oh Merlin [ TRADUÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora