Finney

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Já faz um mês e duas semanas que estou nesse hospital mas hoje eu levo alta. Ainda estou na cadeira de rodas e agora estou fora do meu quarto enquanto Billy assina alguns documentos. Gwen parece inquieta, não para de bater o pé no chão e dar leves batidas na perna.

- Gwen...-Uma moça baixa de cabelos castanhos claros disse enquanto se aproximava da gente.

- Nora...oque está fazendo aqui?..- Gwen parecia incomodada com a presença da moça.

- Bom eu tenho um cliente...esqueceu que sou advogada?

- Não eu não esqueci já que você adora se vestir como uma.

-Olha Gwen eu...

- Finn eu vou indo. Preciso ver como papai está e dar comida pra poppy...

- Quem é Poppy? -Eu não me lembrava de nenhuma Poppy

-A gata dela...-A garota chamada Nora disse simples.

-Ele perguntou pra mim...olha depois a gente conversa mais okay, tchau maninho. -Ela saiu correndo como se estivesse fugindo.

-Gwen espera...licença.. -Nora disse saindo atrás de minha irmã.

Que merda estava acontecendo aqui....

- Prontinho...está pronto para sair desse lugar depressivo?

- Achei que gostasse daqui.

- Eu gosto...mas ainda continua sendo um lugar depressivo.

- Muito bem. Vamos lá meu médico.

- Eu gostei disso..

- Do que?

- " meu médico "...se quiser me chamar assim eu não vou reclamar.

-Agora que eu sei que você gosta eu não vou chamar mais..

-Sem graça...vamos logo, acho que vai chover hoje, não quero pegar estrada assim.

Fomos em silêncio o caminho todo, aliás eu dormi e só acordei quando chegamos já que ele me deu um chacoalhão.

- Chegamos bela adormecida.

- Nossa Billy...precisava disso?

- Desculpa, foi mal. Bom eu vou pegar a cadeira de rodas.

Ouvir aquele nome me deixava com vontade de vomitar. Saber que não consigo andar direito isso me quebra por dentro, me faz parecer inútil a tudo.

- Bom vamos lá deixa eu pegar você...- Isso era constrangedor. - Olha eu sei que não é fácil pra você. Sei que você ainda não tá acostumado que as pessoas te carreguem pra todo canto mais é preciso, somente até o final da sua recuperação.

- Tudo bem...eu só não quero ser um peso pra você.

- Você não é, eu gosto de cuidar de você. E vou fazer isso com prazer, agora vamos logo, quero te mostrar minha casa.

Billy tinha uma condição financeira muito boa para ter uma casa como essa. E olhando pra ela, era a cara dele. Escura e sombria do lado de fora. E quando eu entrei parecia que ainda estava do lado de fora.

- Oque você tem contra cores quentes?

- Não tenho tempo pra limpar a casa, e coisas claras mostram mais poeira. Aquele hospital está se tornando minha casa. Eu nem lembrava que havia essa planta aqui.

- Bom...aonde eu vou dormir?

- No meu quarto...

- Como assim?

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