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Ei gente, como vocês estão?

Nesse capítulo aqui eu juntei dois, o 18 e o 19. Não que essa informação vá fazer grande diferença na vida de vocês, até pq se eu não falasse vocês não saberiam maaas achei legal deixar isso claro.

Criei um tt para interagir com vocês, me sigam pra gente virar bests, @mranitcha.

Boa leitura!!

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Eu devia ter adivinhado.

Quando Vanessa pediu para segurar minha mochila, eu definitivamente deveria ter suspeitado que ela estava tramando algo, porque era óbvio. Em que universo Vanessa seria o tipo de pessoa que segura as coisas de outra por vontade própria? Mas eu disse a mim mesma que talvez ela só estivesse tentando ser legal, e agora fica claro que esse tipo de raciocínio é o que vai acabar me matando.

Incrível.

- Vanessa, sério - digo, o pânico começando a subir pela garganta. - Cadê nossas mochilas?

Ela aponta com o polegar por sobre o ombro.

- No rio.

- No rio - repito, e alguma pequena parte do meu cérebro insiste que eu devo ter entendido mal, que não existe chance de ela ter feito algo tão estúpido e irresponsável.

Então me lembro de quem está falando comigo e, meu Deus do Céu, todas as nossas coisas estão no rio.

Olho pela inclinação de terra em direção à água correndo turbulenta e penso que lá ao longe posso ver algo boiando... Será uma mochila? Mas, mesmo quando saio correndo atrás - aparentemente pensando que posso ser mais rápida que um rio - seja lá do que era aquilo, já desapareceu de vista, e eu fico ali parada, com os pés enlameados e a respiração descompassada entrando e saindo dos pulmões.

- Aquilo estava pesado - Vanessa diz. - Já deve ter afundado.

Enfio as mãos nos cabelos, puxando-os um pouco da cabeça como se a dor fosse me fazer acordar desse pesadelo em que estou aprisionada no meio do nada sem qualquer equipamento e com uma princesa arrogante, mas nada acontece. Machuca um pouco e ainda estou bem acordada.

- Por quê? - pergunto e então sacudo a cabeça. - Por que eu perco tempo perguntando? Você provavelmente nem sabe por que você faz essas coisas destrambelhadas.

- Destrambelhadas? - Vanessa repete.

- Loucas - eu explico. - Insanas. Tão doidas que é difícil de acreditar.

- Sim, eu fui capaz de usar o contexto para entender o significado. Eu só nunca tinha ouvido essa palavra antes. Destrambelhada. - Ela abre um sorriso largo de dentes brancos. - Nossa, isso é útil!

- Sabe o que seria útil agora? Barracas. Bússola. Comida. Água. Todas as coisas que a sua cabeça destrambelhada jogou no rio. Você tem ideia de quão frio vai ficar esta noite?

Vanessa revira os olhos.

- Francamente, Lima, me dá algum crédito. Esse é um plano muito bem pensado. Eu perco nossos equipamentos no rio e, mais tarde, claro que eu digo que fomos vencidas pelas circunstâncias, que foi um acidente, e um acidente que nunca teria acontecido se o colégio tivesse sido mais cuidadoso. Aliás, isso é algo com que você vai concordar.

- Eu definitivamente não vou concordar - respondo, mas Vanessa ignora isso com um movimento elegante da mão.

- A gente não vai nem passar a noite aqui - ela continua. - Veja!

Ela enfia a mão no bolso traseiro e puxa seu celular.

- Eu vou chamar por socorro e contar a eles o que aconteceu. Em prantos, claro.

Sua Alteza Real; ginessaOnde histórias criam vida. Descubra agora