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Meridien Dia 165: 03:55:12s AM

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Meridien
Dia 165: 03:55:12s AM

Nada, eu não ouço nada.
Silêncio ensurdecedor cerca a floresta, rajadas de vento violentas impulsionam o corpo para a frente em um balançar medonho.

Eu não sei a quanto tempo estou aqui. Meus  pulsos doem, cada parte do meu corpo dolorido envolto por cordas queima.

Posso afirmar quê passei bastante tempo aqui, eu não sei. Parei de tentar entender quando a garganta parecia arranhar pelos gritos, não possuo mais voz para pedir por ajuda, em algum lugar dentro de mim, já aceitei o meu destino, a minha punição.

Além de nútil, é egoísta. — acusa minha própria voz impiedosa. — Ele terá vergonha de você.

Pare. Maldita, me deixa em paz. Eu não dou a mínima para o que ele pensa. Provoco-me dor ao me mexer tentando silenciar a raiva, desligar a maldita voz. Eu o odeio tanto.

No início entrei em desespero, gritei por ajuda. Eu gritei por ele mas ele não veio me salvar, ninguém veio. Isso acabou comigo.

Que tipo de pessoa faria isso com a outra? Fui amarrada à beira desse penhasco sombrio como um animal, largada para morrer feito uma pessoa insignificante.

Até mesmo Zac não procurou por mim, ele me deixou aqui com eles. Eu fui abandonada mais uma vez pelo meu irmão e por estranhos também. Estranhos que por um instante pensei se importar comigo.

Sinto-me traída, violada, quebrada. O meu anjo provou ser um demônio, ele parecia um naquela noite, parecia ser o mais normal de todos eles, mas ele não é. Eu não entendo porque isso machuca tanto, por que está doendo tanto?

— É simples Hyen, ele nunca será seu. Por que ele é meu — impõe rudimente. — O meu anjo da morte nunca aceitaria essa versão patética, sem graça de mim.

Pare!

Olhe só para você, não aguenta um simples joguinho. — debocha, posso sentir olhos invisíveis me varrendo de cima a baixo. — Tão.. fraca. Admita Hyen, você adorou cada segundo disso.

Não. Me deixa em paz.

Seu coração está doendo? — ironiza. — Advinha, pobre garotinha, o meu também — berra furiosa. — Ele nunca nus amará desse jeito.

Vai pro inferno vadia louca. Grito mentalmente, me contorcendo entre às cordas quê raspam a minha pele sensível.

Ele nunca nus amará porque eu jamais serei como você. Cruel, calculista e manipuladora. Jamais permitirei que me ame!

A idéia de ter isso assim antes de perder a memória me apavora. Eu só posso estar perdendo a cabeça, é isso. Suspiro neurótica, eu estou perdendo a cabeça, acabando com a minha sanidade mental.

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