Capítulo 9

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A tarde no hospital de Konoha havia sido movimentada, para infelicidade de Sakura. Os Ambus estavam chegando em número surpreendente, trazendo consigo pacientes que demandavam atenção imediata e urgente. A médica-nin, incansável em seu compromisso com o bem-estar da vila, dedicou-se a uma série de sessões de cura, fazendo o possível para aliviar o sofrimento dos feridos. Após horas intensas de trabalho, Sakura sentiu que seu próprio corpo clamava por descanso. A fadiga se acumulava, mas sua determinação persistia. Ao encerrar a última sessão de cura, ela deixou escapar um suspiro de alívio, consciente de que sua jornada ainda não havia chegado ao fim.

Decidida a dedicar o restante do seu dia a questões mais administrativas, Sakura dirigiu-se à sua sala no hospital. A luz suave do entardecer filtrava-se pelas cortinas entreabertas, criando uma atmosfera tranquila e acolhedora no ambiente. O silêncio na sala era um contraste bem-vindo em relação ao caos controlado que reinava no restante do hospital. Ao sentar-se à sua mesa, Sakura encontrou uma pilha de papelada urgente à sua espera. Documentos, relatórios e registros clamavam por sua atenção meticulosa. Apesar da exaustão que se fazia sentir, a médica mergulhou nas tarefas com a mesma determinação que demonstrava nos campos de batalha.

O som suave da caneta arrastando-se pelo papel acompanhava o ritmo tranquilo do entardecer. Sakura estava imersa em suas responsabilidades administrativas, mas em sua mente ecoavam as faces dos pacientes que havia atendido durante o dia. Seus pensamentos flutuavam entre as habilidades médicas que empregara e a esperança de que, de alguma forma, suas intervenções pudessem aliviar o sofrimento daqueles que buscavam sua ajuda. À medida que as horas passavam, a sala silenciosa tornava-se um refúgio pessoal para Sakura. Ali, entre papéis e registros, ela encontrava um equilíbrio entre a cura física e a gestão cuidadosa dos recursos do hospital. O entardecer cedeu lugar à penumbra da noite, e a médica, mesmo imersa em suas responsabilidades, sabia que cada ato dela contribuía para a preservação da vida e a manutenção da saúde na vila que ela jurara proteger.

Sakura estava absorta em suas tarefas na sala do hospital quando sentiu a presença familiar de Haruki através do chakra. Um arrepio percorreu sua espinha, e ela ergueu o rosto, fixando os olhos na porta. O ambiente ganhou uma tensão sutil, como se o tempo congelasse momentaneamente diante da iminente conversa entre os dois. A luz suave da lâmpada acima da mesa de Sakura lançava uma tonalidade amena sobre a sala. Documentos e registros médicos alinhavam a mesa, mas a médica desviou sua atenção de suas responsabilidades para enfrentar a inevitável interação com Haruki.

O som abafado de passos se aproximando ecoava pelo corredor do hospital. Cada passo parecia carregar o peso das experiências compartilhadas e das emoções entrelaçadas. Sakura manteve-se calma, embora o coração pulsasse com uma intensidade que não podia ignorar. A porta se abriu, revelando a figura de Haruki. O olhar dele encontrou o de Sakura, e por um breve momento, um silêncio tenso preencheu o espaço entre eles. O rosto de Sakura não denunciava ressentimento; em vez disso, expressava compreensão e aceitação.

Ela sabia que a cena traumatizante que Haruki testemunhou anos atrás não era algo fácil de se esquecer. Os raios de luz do corredor delineavam a silhueta de Haruki, destacando as linhas de preocupação em seu rosto. Sakura notou a hesitação em seus movimentos enquanto ele adentrava a sala. Era como se ambos carregassem o peso de um passado que, de alguma forma, precisava ser reconciliado. O ambiente silencioso foi quebrado pelo som suave do fechamento da porta. Sakura permaneceu de pé, aguardando. A atmosfera, impregnada de complexidade emocional, tornava-se palpável na sala. A relação entre eles não era a mesma desde o incidente do debate sobre os Uchihas, mas Sakura estava disposta a enfrentar o desconforto para recuperar uma amizade que, de certa forma, estava em um momento conturbado.

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