6. O Silêncio

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O Silêncio

Calmo e tranquilo,
Suave e sensível,
Aconchegante, mas assustador.
Angustiante e pacificador.

Não é possível,
Não ouço nada,
Senão meus batimentos,
E o sangue em minhas veias correndo.

É amedrontador,
Sem vozes, sem barulhos
Somente ruídos,
Estes que pelo meu corpo são transmitidos.

Sinto a paz,
Sinto o medo,
Um eterno "piiiiiii",
Ecoando em meu devaneio.

Iludo-me com um chamado,
Virou-me em busca deste,
Não há nada,
Outra peça em mim pregada.

O grilo começa a cantar,
Será que agora devo me deitar?
Minha consciência se desvanece,
Não há nada,
Apenas um espírito a descansar,
Com o silêncio a guiá-lo.

Guiou-o para o paraíso,
Sem gritos ou buzinas,
Somente o som do vento
Que tilintava os sinos.

Um som harmônico,
Uma melodia revigorante,
Ao chegar ao destino,
Tudo calou-se, até mesmo o vento.

Nesse instante percebeu,
O único que restava ali era "Eu",
Ninguém notou,
O quão longe estava,
E nem mesmo que o silêncio quebrou.

Agora só havia fragmentos,
Pedacinhos de cada um de seus sentimentos.
Quem diria que o silêncio,
Aquele que o acolhia e abraçava,
Tornaria-se um tormento,
Desde que veio a ser um lastimável detrimento.

Sem músicas, sem instrumentos,
Sem som algum,
Completamente fora do comum,
Só existia uma sensação...
O Silêncio

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