Parte 3

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Momentos antes do acidente, meus pais estavam na estrada, estava chovendo muito, meu pai estava tomando cuidado com a estrada escorregadia, eles são impedidos por uma mulher encapuzada e segurando uma criança, a mulher estava chorando e com marcas de agressões.

- Por favor, nos ajude... - Implora a mulher com tom de desespero.

- O que aconteceu, senhora!? - Diz minha mãe assustada com a aparência dela.

- Por favor, me dê uma carona, por favor...

- Entre. - Diz minha mãe.

A mulher entra, se sentindo agradecida por eles terem deixado ela entrar, eles passam um tempo conversando sobre o que aconteceu com ela, a chuva apertava mais ainda, trovões eram escutados e a estrada escura, só um ou dois carros passavam de vez em quando pela escuridão, quando menos esperavam, a mulher ataca os dois, esfaqueia o olho do meu pai e enfia a faca no céu da boca da minha mãe, em seguida, a mulher gira o volante para o lado e se joga do carro, o carro escorrega e bate na árvore, fazendo um enorme destroço e o carro pega fogo, quem era ela?


Depois de um tempo

Eu estava no banco de trás, deprimido enquanto olhava pela vista nublada, a policial tentava conversar comigo mas eu não conseguia manter a conversa, eu nunca fiquei tão triste na minha vida.

Chegando no orfanato, o local era isolado de outros lugares, só mato e floresta, o lugar parecia velho e desgastado, com uma enorme placa velha escrita " Orfanato da Sra. Brown". Chegando perto dos enormes portões do lugar, uma pessoa abre, era uma mulher que parecia ser jovem, um pouco mais velha que eu.

- Você é Myll Muller? - Pergunta a moça.

- Sou eu... - Digo ainda triste.

- Ótimo, siga-me.

Eu entro e sigo a mulher até uma sala onde parece ser da dona do lugar, chegando lá, me deparo com uma mulher quase idosa, parecia ter 60 anos. Ela se levanta da cadeira e se aproxima de mim.

- Ah, oi. Você é... - Diz a senhora, tentando lembrar meu nome.

- Myll... - Digo meu nome.

- Ah, sim...Myll...Muller. - Ela diz meu nome cortando o nome do meio, onde foi tirado dos meus pais. - Eu sou a Judy Brown e espero que se acostume rápido por aqui, temos muitas crianças aqui e é provável estarem no pátio.

Depois disso, a outra mulher me leva para o pátio, estava cheio de crianças e adolescentes.

- Tente se enturmar. - Diz a mulher antes de se retirar.

Não deve ser tão difícil se enturmar, só chegar na pessoa, puxar assunto, conversarem e você consegue um amigo, mas eu não estou no clima. Eu vou para o canto do pátio, observando os outros rindo e brincando, abro minha mochila e começo a desenhar.

Tudo indo bem, quando um grupo fica em minha volta, um garoto chega em mim e puxa assunto.

- Oi, você parece ser novo aqui, qual seu nome? - Diz ele.

O garoto está acompanhado de uma menina e uma garotinha.

- Eu sou Myll... - Respondo.

- Legal, eu sou Heitor. - Estende o braço.

Eu aperto a mão dele e em seguida me levanto.

- Estas são Aghata. - Aponta para a menina que parece ser um pouco mais velha e em seguida aponta para a garotinha- E essa é a Abigail.

Eu aceno levemente para elas, eu sabia que eu faria amigos, mas não sabia que ia ser tão rápido assim, deve ser que nem escola, pedem para alguém me ajudar.

- Você precisa conhecer aqui, é enorme. - Diz Aghata.

Eles me levam para conhecer o lugar, de fato, era enorme, eles me mostram a sala de aula, refeitório, os dormitórios e etc. Depois disso, fomos ao dormitório, onde eu vou dormir. Parece que eu vou ficar no mesmo dormitório com eles, isso explica do porque deles terem se enturmado comigo.

Eu estava despejando minhas malas e mochilas quando Abigail aparece com um desenho com três pessoas, parece que são eles, Heitor disse que para sermos amigos, precisamos de uma assinatura, tipo um ritual, era para eu me desenhar do lado deles e guardarão o desenho em lembrança.

Eu começo a me desenhar, fazendo alguns traços e voltas, faço eu mesmo, não sei desenhar muito bem mas dá pro gasto. 

Muller- O mistérioOnde histórias criam vida. Descubra agora