Aos dezesseis anos, Baji Keisuke viu seu mundo naufragar. Emancipado e com a responsabilidade de cuidar de uma criança de seis anos, ele foi forçado a tomar decisões difíceis que o distanciaram do homem que amava. Agora, anos depois, ele retorna a e...
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Capítulo VI
2013
"Parece que há oceanos, entre você e eu, mais uma vez
Nós escondemos nossas emoções. Sob a superfície e tentamos fingir
Mas parece que há oceanos, entre você e eu"
– Oceans, Seafret
"Eu sinto como se houvesse oceanos entre nós."
Keisuke pensou quando observava os clientes entrando e saindo do bar onde trabalhava, ao qual ele gostaria de comentar o eufemismo da coisa de trabalhar naquele bar. Ele trabalhava para o Hanma. O fucking maldito Hanma Shuji, esse era o nome de seu chefe.
Há, Keisuke poderia socar a cara de seu chefe sem pestanejar, mas precisava do emprego. As contas de casa não se pagariam sozinhas, mesmo que Megumi agora ajudasse em casa com seu trabalho de meio período – ao qual ela trabalhava somente três dias por semana – não podia exigir dela que pagasse todas as coisas que ele não conseguisse, caso perdesse aquele emprego. Não era justo com Megumi, ela também tinha que aproveitar sua adolescência.
Comprar mangas seinen e ficar copiando as poses de Jojo – Keisuke até tentara fazer uma, quase deslocou seu ombro na tentativa – e seja lá o que mais ela quisesse fazer com seu dinheiro.
Sorriu curto e suspirou logo em que Hanma apareceu na sua linha de visão, o cabelo com gel fazendo aquele topete que usava desde a adolescência, roupas casuais e carregava um copo de uísque consigo.
"Ele parece mais um cliente, do que o dono" Keisuke pensou, pondo o copo ao lado dos copos já limpos e passou um pano pelo balcão, retirando qualquer tipo de sujeira no local, observando quando Hanma sentou num banco perto de onde ele limpava.
Assim que retirou o pano e colocou dentro do cesto baixo onde descartavam os panos para serem limpos mais tarde por Choji, que trabalhava na limpeza do bar. Hanma abriu a boca para falar e Baji quase rezou para algum deus lhe dar paciência.
— Que cara de cu, tá querendo espantar os clientes, Baji?
— É minha única cara, Hanma. — Retrucou, Keisuke não era dono de uma paciência muito grande, apesar dela ter aumentado durante a infância de Megumi. Porém existia uma diferença entre ter paciência em criar Megumi, conversar a mesma quando ela era criança e aturar Hanma, existia uma diferença muito grande. — Diz logo que se quer?
— Ei, lembra que sou seu chefe. — "E um grande pau no cu, que tem a porra um nerd estranho como puta." Pensou, avistando de longe Kisaki passar em direção ao escritório de Hanma.
