Capítulo III

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Capítulo III

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Capítulo III

2013


"Dizem que sou jovem demais para te amar. Não sei do

que preciso, eles acham que eu não entendo

A terra da liberdade dos anos setenta

Acho que sou legal demais para te conhecer"

— Brooklyn Baby, Lana Del Rey


Kazutora sentiu os dedos de sua mão doerem de tanto segurar a barra de sua calça com força, encarando a fachada daquele bar, ele queria entrar lá e beber, mas não podia, não podia fazer isso com Kanao, Chifuyu e Takemichi. Não podia fazer isso consigo mesmo, não agora.

Estava sóbrio há cinco anos, não podia jogar tudo por água abaixo como se não fosse nada. Suspirando, Kazutora virou-se e começou a andar, libertando seus dedos do aperto que ele próprio proporcionava, enquanto encarava as pessoas andando pelas ruas.

Ele havia voltado e isso era uma agitação sem precedente para si – Kazutora acreditou que estaria tudo bem, mas não estava. Não conseguia esquecer Keisuke, não conseguia fingir que não o amava e não conseguia não sentir seu coração querer sair pela boca.

Ele havia se ido a seis, quase sete, anos – uma parte sua na adolescência culpou a jovem Megumi, mas depois compreendeu que uma criança de seis anos não era a culpada, ela era a vítima, tanto quanto a relação de Kei e Tora fora.

"Merda, eu não consigo não pensar nele."

Resmungou entre seus pensamentos, segurando a chave de sua moto entre seus dedos e indo até onde lembrava-se de ter estacionado sua moto, não tendo dificuldade de achar a mesma, enquanto desviava de caras que tentavam flertar consigo, apenas para o levar para cama. Ele estava farto daquele tipo de gente, ao longo de seis anos havia tido alguns casos, uns mais longos – como Chifuyu – e outros mais curtos – como as noites de sexo selvagem com Haitani Ran, nunca mais repetiria aquilo – seu irmão ameaçou lhe castrar se voltasse a se envolver com o "canalha filho da puta Haitani", como Kanao costumava a se referir ao mesmo.

Quando subiu na moto, encarou o céu e pensou se voltaria a ver eles – provavelmente sim, eles tinham um gato agora e Megumi parecia animada em o rever. Céus, Kazutora adorava aquela garota, ela era tão Baji que chegava a dar vontade de apertar suas bochechas, ficou realmente feliz de a rever e saber que ela ainda se lembrava de si.

O trajeto para casa fora silencioso e quando chegou no pequeno apartamento, ao qual Mitsuya e Kanao lhe ajudaram a conseguir, falando bem pra velhinha que era dona do prédio – devia vários favores aos dois, sabia disso.

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