Maggie descobre que foi usada como moeda de troca por seus pais, antes mesmo de nascer. O contrato dizia que assim que ela estivesse próxima dos 18 anos, seria levada para a casa de Vicent Hacker, destinada à viver com ele até que tivessem um filho...
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Domingo, 02 de julho.
Enquanto elas continuavam a conversar, voltei para a cama, me assustando quando uma bolinha de pelo preto pulou em minhas pernas.
- Oi bebê! - Fiz um carinho em Bengala, beijando o topo da sua cabeça. - Não te vi ontem, onde estava?
Bengala apenas ronronou, se esfregando na minha mão.
Ergui meu gato e vi como ele estava gordo, mais do que dois dias atrás.
- Quem te alimentou durante esse tempo, bonitinho? - Questionei, mesmo sabendo que ele não responderia.
Esperei até que as três meninas saíssem do corredor e só depois desci as escadas com Bengala no colo, encontrando Kylie na mesa do café da manhã.
- Bom dia! - Ela sorriu para mim.
- Dia. - Forcei um sorriso do lado, me sentando. Bengala pulou do meu colo, se deitando do lado da minha cadeira.
Kylie me encarou de uma forma estranha. Talvez eu não estivesse conseguindo disfarçar o quanto a conversa que eu ouvi, me afetou.
E talvez, só talvez, eu estivesse magoada pela forma com que ela ignorou minha presença ontem.
Comecei a comer, ou melhor, tentar comer. Nada descia na minha garganta, eu estava extremamente enjoada. Sempre quando meu emocional fica abalado, acaba afetando meu físico.
- Como está sua perna? - Ela puxou assunto, me encarando.
- Melhor que ontem. - Menti. Na verdade, voltou a doer depois do esforço que fiz ontem, mas me recuso a ter que pedir ajuda novamente.
- Está tudo bem, Maggie? - Ela questionou, parecendo incomodada.
- Tudo sim. - Sorri de lado, encarando a mesa repleta de comida. Eu não ia conseguir comer.
- Então coma. - Ouvi a voz de Vincent atrás de mim, um pouco antes dele se sentar na cadeira ao lado de Kylie.
Meu gato pulou no colo de Vincent, enquanto ele estendia um pedaço de pão para Bengala.
É por isso que meu gato engordou tanto.
- Já pedi para não dar comida para ele, achei que eu tinha controle sobre o meu gato. - Falei, os dois me encararam, surpresos pelo meu tom sério.
- Ele pede, seria maldade não dar. - Vincent falou, calmo. Ele aparentava estar tranquilo, como se nada tivesse acontecido.
- Ele é esfomeado. Pode comer quanto for que sempre irá pedir mais, no final acaba vomitando tudo. Então por favor, não dê mais nada para ele. - Fui direta, vendo meu gatinho pular do colo dele e ir ao chão, vomitando logo em seguida.
Eu não queria ser chata, mas eu sabia que Bengala era esfomeado e comia mais do que conseguia.
Eles seguiram o meu olhar, vendo Bengala vomitar e em seguida miar, voltando para o meu colo, desconfortável.
