14|Bearson.

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segunda, 03 de junho

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segunda, 03 de junho.

Não sei em que momento acabei pegando no sono, só sei que depois de ficar bons minutos chorando no chão da sala, me recostei ali perto do sofá e acabei dormindo, sentada no chão.

Quando acordei, minhas costas estavam extremamente doloridas, devido a posição que eu dormi. Me levantei do chão com dificuldade e observei a enorme, enorme mesmo, janela que havia ali na sala. Deveria ser umas 06:30h, o sol havia nascido a poucos instantes e a praia estava linda. 

Olhei em volta, sem sinal algum de Vincent. Isso era bom, não queria vê-lo. Fui em direção à fruteira recheada no balcão da cozinha, ainda resmungando de dor. Haviam muitas frutas ali. Peguei uma banana, uma manga, uma maçã, uma laranja e uvas, interessada em fazer uma salada de fruta.

Catei um pote, uma faca e um garfo, cortando cada fruta dentro do recipiente. Quando terminei, joguei as cascas fora e peguei o pote, voltando para a sala.

O plano seria ficar ali mesmo, porém depois de tanto chorar, meu nariz entupiu e eu precisava respirar um ar limpo, sem contar que a praia estava me chamando desde ontem. 

Caminhei em direção à porta de entrada e sorri ao ver que a fechadura era do tipo que abria por dentro sem precisar de chave. Abri a porta com cuidado, ainda com meu potinho na mão e a fechei, caminhando em direção à praia. Não era tão longe, a casa era poucos metros depois da areia, bem de frente pro mar. 

Caminhei até ficar um tanto quanto perto do mar, me sentando na areia, cruzei as pernas. Fechei os olhos ao sentir a brisa calma que me alcançava e bagunçava meus cabelos, enquanto ouvia o barulho das ondas.

Encarei meu pote de frutas ao sentir minha barriga roncar, peguei algumas com o garfo e as comi, fechando os olhos enquanto suspirava de satisfação.

Enquanto encarava as ondas calmas e os passarinhos em volta, um barulho chamou minha atenção. Olhei para o lado, vendo um enorme cachorro de pelos dourados correndo em minha direção com a coleira solta, atrás dele um homem tentava alcançá-lo.

— Selena! Volte aqui! — O homem gritou a cachorra, mas ela parecia mais interessada em mim.

Quando ela foi se aproximando, me cheirou com curiosidade antes de me lamber desesperadamente, com uma agitação fora do comum.

— Olá, garota! — Sorri para a cachorra, fazendo carinho em sua cabeça enquanto ela estava pulando animadamente ao meu redor.

— Desculpa! — O homem falou quando finalmente se aproximou, apoiando as mãos nos joelhos, ofegante. — Ela já estava uns dias sem sair, e fica louca quando vê gente nova.

— Tudo bem. — Eu o tranquilizei. A cachorra se sentou ao meu lado, aproveitando meu carinho.

— Posso me sentar ao seu lado? — Ele perguntou, simpático.

GANGSTER - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora