11|Myles.

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Domingo, 02 de junho

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Domingo, 02 de junho.

Abri a porta da sala com a maior ignorância que eu tinha, chegando a causar um estalo. Na minha frente, Myles, me encarava com um sorriso de lado e seus braços cruzados, como se estivesse se divertindo com meu estresse. Atrás dele, mais dois homens o acompanhavam, de cara fechada e com armas nas mãos.

— Nem um mês de casado e sua esposa já está acabando com você. — Ele riu, encarando meu peito nu provavelmente cheio de marcas graças aos arranhões feitos por Maggie.

— Oque caralhos você quer na minha casa, em pleno domingo? — Questionei, de cara fechada. O sarcasmo de Myles era tudo que eu não precisava naquele momento, apenas queria subir para o quarto e terminar oque eu havia começado.

— Não vai me convidar para entrar? — Ele questionou, ainda sorrindo.

Não.

Dei espaço para que ele e os outros passassem, fechando a porta logo em seguida.

Myles caminhou pela sala, observando o lugar. Fechei a minha cara, cruzando meus braços. Eu sabia que era algo complicado só pela forma em que ele enrolava ali. Myles cresceu comigo, era óbvio que eu não iria acreditar no seu falso interesse nos detalhes da minha sala, que ele já conhecia de olhos fechados.

— E então, onde está aquela sua irmãzinha bonitinha? — Ele sorriu, interessado.

— Oque veio fazer aqui? — Repeti a pergunta mais uma vez, impaciente.

Myles revirou os olhos, suspirando.

— Você não sabe brincar mesmo, né? — Ele bufou, caminhando em direção à mesa de jantar.

Ele fez um sinal para um dos seus homens, que rapidamente estendeu à ele um envelope branco. Myles me estendeu esse envelope, dessa vez, sério.

Abri o envelope, vendo algo que me enojou na mesma hora. Um dos meus seguranças, assassinado no chão de sua casa, com o pescoço ensanguentado. Na segunda foto, a esposa do homem estava da mesma forma, mas seus olhos haviam sido arrancados. Mas oque me trouxe a verdadeira indignação, foi a terceira foto, onde os dois filhos do homens, que tinham no máximo três anos, estavam no chão ensanguentados, com um tiro na cabeça e um corte no peito, abraçados. 

— Luis Willians de 34 anos, Rosita Willians de 30, Peter Willians de 3 e Lolly Willians de 2. — Myles explicou.

— Quem fez? — Questionei, largando as fotos na mesa, sem conseguir olhar aquilo por mais tempo.

Eu podia fazer as maiores atrocidades do mundo, cometer os maiores crimes. Mas jamais, em hipótese alguma, machucar crianças. Nunca fiz, nunca faria e odeio que façam. Nunca fui e nunca serei santo, cometi coisas que causariam pânico em qualquer pessoa que se aproximasse de mim, caso elas soubessem. Não tenho moral nenhuma para falar de códigos de ética, ou do que é certo ou errado, mas algo que nunca permiti dentro da minha máfia, era crueldade com crianças e mulheres. Tenho pacto com máfias que fazem, sobre isso não posso fazer nada a respeito, mas sei que no meu comando, qualquer pessoa que fizer, terá morte lenta e dolorosa.

GANGSTER - Vinnie HackerOnde histórias criam vida. Descubra agora