Quiropraxia Premium (parte 2)

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   – Fica à vontade. Preciso fazer algumas perguntas sobre sua rotina antes de começarmos, tudo bem? E, por favor, tira o blazer.

Eliezer assentiu, hipnotizado pelo doutor. Ele parecia um daqueles atores de filmes pornôs com médicos. Deveria ter aproximadamente um metro e oitenta, negro, cabelo raspado nas laterais e corte na máquina 2 na parte de cima. Sem contar aqueles ombros largos.

Percebendo que Eliezer ainda estava estacado no mesmo lugar, o doutor riu e disse:

   – Vamos, Eliezer. Confia em mim. Você está em ótimas mãos. Sente-se aqui.

Com certeza, Eliezer sabia que aquelas mãos seriam capazes de fazerem milagres, mas não daquela forma. Naquele pouco tempo em que estava parado ali, encarando o corpo do médico, já havia fantasiado que o quiroprata o agarrava contra a parede e arrancava toda sua roupa.

   – Perdão, doutor. Eu sou meio medroso com essas coisas. – Ele se aproximou e desabotoou o blazer, encostando-se na maca.

   – Pode me chamar de Apolo. E não se preocupa, pois o procedimento é completamente seguro. Agora, me conta um pouco de como é a sua postura enquanto trabalha.

Ainda por cima tinha nome de deus Grego. Eliezer soltou um arzinho pelo nariz, divertindo-se com a coincidência, e Apolo o olhou de canto.

   – Ah, eu estava rindo porque tenho que confessar que minha postura não é das melhores, dout… Apolo.

Enquanto Eliezer respondia às perguntas, Apolo preenchia algum tipo de formulário no computador. Realmente, Eliezer teve a comprovação de que havia se sentado errado a vida inteira. O melhor lugar para se sentar era no colo daquele gostoso. 

   – Pronto pra começarmos?

   – Ah, com certeza! – respondeu Eliezer, sem pensar, o que fez Apolo sorrir de canto, colocando as mãos em seus ombros. “Que boca linda”, pensava Eliezer, sem conseguir parar de encará-la.

   – É, já consigo ver que seus ombros estão desalinhados. Senta na maca e relaxa o corpo. – Apolo deu a volta na maca e ficou atrás de eliezer, que virou o rosto para olhá-lo. – Olha para aquele ponto na parede.

Apolo colocou a mão no queixo de eliezer e direcionou seu rosto para a frente. Então, começou a deslizar a mão por suas costas. “Deus, como eu queria que ele não fosse o meu médico!”, pensou Eliezer, arrepiando-se.

   – Nossa, você está com um nó enorme bem aqui. Consegue sentir? – Apolo pressionou o polegar entre as omoplatas dele. – Respira fundo e, quando eu disser, solte a respiração.

Eliezer anuiu, e Apolo colocou um braço na frente do seu peito, pousando a mão bem em cima de seu mamilo, então colocou a outra mão aberta em cima do nó.

   – Solta a respiração.

Eliezer obedeceu, sentindo o cheiro do perfume 212 que vinha da mão do quiroprata, e, imediatamente sentiu um solavanco e um estalo. Arfou ao sentir o alívio no local.

   – Tudo bem? – perguntou Apolo, sorrindo. – Doeu?

   – Nem um pouco. – Eliezer estava extasiado com a sensação. – Quase no mesmo lugar que você apertou, só que na esquerda, tamb´´em dói.

Apolo deslizou a ponta dos dedos até outro nó e repetiu o processo, colocando a outra mão sobre o peito de Eliezer, que baixou o olhar para olhar, mas foi impedido pelo dedo indicador de Apolo em seu queixo. 

   – Sempre olhando para a frente. Este aqui está mais tenso. Vou colocar um pouco mais de força.

Ele poderia colocar a força que quisesse e Eliezer não se importaria. Só conseguia se concentrar na mão roçando em seu mamilo, que começava a ficar durinho e no peitoral do médico em suas costas. Apolo deu as instruções e continuou trabalhando nas costas dele.

   – Deita com a barriga para baixo agora – pediu Apolo, trocando de lado. 

Enquanto Eliezer se ajeitava, percebeu o olhar do quiroprata percorrer seu corpo, mas achou que ele estivesse apenas seguindo o protocolo de avaliação.

   – Eu realmente devia ter vindo antes. – Eliezer movia os ombros, sentindo-os muito mais leves. – Você é bom demais no que faz.

Não fora intencional, mas só então entendeu que parecia estar dando em cima do médico. Apolo, sempre muito profissional, apenas sorriu e disse, posicionando a mão sobre a parte traseira da coxa dele:

   – Vamos ajustar os seus quadris agora, tudo bem? – Ele apertou de leve a coxa de Eliezer. – fica de lado, olhando para lá, e ergue esta perna. Isso… Assim.

Eliezer sentiu a cintura do médico encostar em sua bunda e engoliu em seco. Era a primeira vez que um médico tinha tanto contato físico daquela forma em um tratamento com ele. Outro estalo e uma onda de formigamento percorreu as pernas de Eliezer até seu pescoço. 

   – Que delícia, Apolo… – gemeu, de olhos fechados.

   – Acho que vai querer retornar, então, certo? – Apolo virou o corpo dele para o outro lado para repetir o processo.

Apenas se Eliezer fosse louco ele não retornaria. Estava valendo cada centavo da consulta. Não era todo homem gostoso daquele jeito que tinha mãos tão habilidosas quanto aquelas. Os olhos de Eliezer ficaram bem de frente para o volume na calça branca de Apolo, mas o médico pareceu não notar. “Ainda parece bem dotado… “ Eliezer mordeu o lábio.

   – Estamos quase terminando.

   – Já? Eu poderia ficar entregue nas suas mãos por horas. – Ele percebeu Apolo olhar para o relógio na parede, então acrescentou: – Mas eu entendo que você deve estar louco para ir para casa.

   – Não é isto – disse Apolo e estalou mais uma vez o corpo de Eliezer. 

Alguém bateu na porta, então a voz da atendente soou do outro lado: 

   – Doutor, eu já estou indo. O senhor ainda precisa de alguma coisa?

   – Não, Talita. Obrigado. Só tranca a porta da clínica ao sair, por favor – respondeu ele e olhou para Eliezer. – Não me importo de fazer hora extra. A menos que seja um problema pra você.

Apolo passou a mão na coxa de Eliezer, mas, desta vez, o toque era diferente. Havia malícia. Eliezer sorriu e negou com a cabeça.

   – Perfeito, então. Agora, deita com a barriga para cima.

Eliezer, só então, se deu conta de que estava de pau duro. Permaneceu na mesma posição, e Apolo, ficando sério, perguntou:

   – Algum problema?

   – É Que… – O calor subia pela nuca de eliezer, e seu rosto queimava. – Acho que preciso de alguns segundos assim.

Rindo, Apolo assentiu e tocou em seu ombro.

   – Fique tranquilo. Isto é normal. Acontece até com jogadores de futebol. Pode se virar.

Ciente do pau que tinha, Eliezer sabia que o volume estaria bem marcado em sua calça, mas virou-se. Apolo olhou para o pau dele e, colocando as mãos nas laterais de seu pescoço, disse, com tom safado:

   – Uau! Se fosse um problema para mim, seria um dos bem grandes, hein?

Eliezer sorriu um pouco sem graça. Apolo passou a língua nos lábios antes de voltar a olhar para o rosto dele. Avisou-o para relaxar e, com suavidade, estalou seu pescoço. 

   – Agora podemos passar para a fase extra do atendimento – Apolo puxou-o pelas axilas, deixando sua cabeça fora da maca, de um jeito que pudesse ficar cara a cara com seu pau.

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