Capítulo Dois.

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NOTAS INICIAIS:

Foi aqui que pediram capítulo novo?

Passando para avisar de antemão que algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis neste capítulo devido a cenas, não tão explícitas assim, de assédio sexual.

Boa leitura e preste atenção às notas finais também! 💗

Giovanna Lima – Point Of View.

━ Talvez o Nizam.

Depois que eu falei isso, tudo desandou.

Não, eu não o achava um pingo atraente! Ele parecia uma mistura de vilão de novela das oito com uma versão árabe do ratatouille.

Sem ofensas, claro.

A única pessoa que eu realmente queria naquela mesa era Vanessa, mas por um descuido meu, eu a perdi. Eu deixei ela ir. Fui covarde comigo mesma e com a mulher que eu mais amo nesse mundo, pois não tive coragem de assumir os meus reais sentimentos para outras pessoas além do nosso círculo de amigos.

E toda vez que eu me lembro disso, a vontade de chorar vem com força e eu me debulho em lágrimas novamente.

Agora em posição fetal, enquanto Isabelle me conforta em seus braços como se a qualquer momento eu pudesse quebrar, o amargo sentimento da culpa se faz presente dentro de mim e numa tentativa de colocar para fora, eu chorava mais e mais.

Mas não parecia surtir efeito nenhum. A única coisa que eu sentia naquele momento era repulsa por mim mesma e dor por ter machucado a minha garota, que havia terminado comigo há menos de duas horas e provavelmente me odiava agora.

━ Eu odeio te ver assim, Gi. ━ Cunhã parou de acariciar os meus fios de cabelo e levantou o meu queixo com delicadeza, me obrigando a encará-la.

Lágrimas ainda rolavam soltas pelo meu rosto, estas que Isa tratou de enxugar com o polegar rapidamente, mantendo seu olhar fixo no fundo dos meus olhos.

━ Sei o quanto você deve estar se sentindo péssima, mas reconhecer o erro já é um bom começo. Vocês duas vão se resolver, anote minhas palavras!

Eu revirei os olhos com a forma como ela ainda se mantinha otimista diante de tudo e tentava me encorajar com frases de coach.

━ Você sabe que isso não vai acontecer! Ela me odeia, e deixou isso bem claro no momento em que terminou comigo, foi embora sem mais nem menos e proibiu a minha entrada no nosso apartamento! Se eu fosse ela, eu também me odiaria, então eu não a julgo!

Despejei tudo num fôlego só e respirei fundo em busca de tentar me acalmar e controlar a minha respiração descompensada.

Depois do ocorrido na praia, me despedi rapidamente das minhas amigas sem nenhuma explicação e entrei no carro de Isabelle, onde seguimos caminho até o condomínio em que eu e Vanessa dividimos atualmente.

Mas quando cheguei lá, o porteiro me olhou sem graça, dizendo que ela não autorizava mais a minha entrada no apartamento e me mandou tomar naquele canto, pelo que pude ouvir do telefone. Isso mesmo de longe.

Achei um pouco exagerado da sua parte, mas ainda sim não tirava a sua razão de estar puta comigo.

E agora eu estava na casa de Isabelle, que me acolheu de primeira e fez questão de me deixar à vontade até agora.

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