Era uma noite tão fria de dezembro. Uma noite solitária também.
Seria mais uma noite esquisita. Um mês esquisito. Um ano esquisito que já estava no fim. Nem as datas comemorativas pareciam serem mais interessantes.
Tudo tão sem cor.
Dias repetidos.
Noites tediosas.
Dahyun se agachou ao ver a moeda no chão, notando o quão brilhante era. Ok, nem um pingo de ânimo ao encontrar uma moeda, sendo que anos atrás se considerava sortuda por achar qualquer centavo.
- Ai! —Exclamou ao cair no chão após a mulher de franja ter esbarrado em si.— Você não está me vendo?
- Não esperava que uma criança estaria agachada no meio da calçada.
- Criança? —Levantou. — Não sou criança, beleza? Deveria pelo menos olhar por onde anda.
- Tá, dona da calçada. Agora deixa-me voltar com minha corrida, pois não sou uma criança preguiçosa que só fica sentada no chão.
A coreana ficou sem palavras, vendo-a se afastar. Ela podia jurar que escutou um baixo pedido de desculpa.
A noite voltou a esfriar.
Voltar para casa não parecia ser tão aconchegante, não por conta de seus pais e sim por um vazio agoniante estar inesperadamente incomodando. Dahyun havia conseguido ter encontrado um bom primeiro emprego, já que não esperaria sua faculdade terminar para poder trabalhar. Ela só precisava ser independente, era o quê mais desejou.
Ela só estava odiando se sentir insuficiente.
Parecia que tudo era absolutamente nada.
Mas para esses pensamentos sumirem, ela fez o quê poderia fazer para ignorar; Ligou para a melhor amiga, afinal, seu sono não queria ajudá-la. Nada de conseguir adormecer às oito da noite.
- Ela leu a minha mão! É sério.
- E você acreditou no que essa velha falou?
- Óbvio! Eu conseguirei criar um unicórnio de verdade.
- Primeiramente; Nayeon não é uma vidente, e segundo: Para de ser corna.
- Corna? A Mina te falou algo? Ela está me traindo? Eu tenho que mandar a Nayeon ler minha mão para descobrir...
- Amiga! Você me faz ter vontade de abrir um hospício só para te internar, ainda por cima coloco a Nayeon também.
- Por que me chamou de corna?
- Eu chamo todos assim, menos meus pais já que não quero morrer cedo demais.
- Tanto faz. Mina é só minha amiga, ainda... Ainda, escutou? Eu sou o terror das bailarinas.
- Tão pequena, tão iludida.
- Sério que vai falar sobre tamanho? Já se olhou no espelho?
- Shh. Sabe que eu te amo, não sabe?
- Parece mais que odeia.
- Longe de mim, anã de jardim. Você é a única que arranca risadas de mim quando estou cheia de insegurança.
- Nem é proposital. Será que levo jeito para humor?
- Um dia irei ter meu próprio castelo, você será contratada para ser minha palhaça de estimação.
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My home {Dahmo}
Fanfiction{Concluída} Hirai Momo e Kim Dahyun se esbarraram em uma noite fria de dezembro. Sem perceber, uma se tornou o lar da outra após terem a chance de se conhecerem melhor. Um lar repleto de amor. 🩵 Mini fanfic: Cinco (5) capítulos. Uma leve ficção de...