04- Destino

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  Dahyun passou seu dedo pela moeda brilhante. Ela adoraria ter uma coleção daquela moeda do mesmo valor, mas todas deveriam ter dadas pela querida Hirai, pois assim teriam um lindo significado.

Ela queria muito pedir outra moeda, mas sentiu suas bochechas esquentar com o olhar ansioso da japonesa. Ok. Timidez não era comum, mas Momo podia ter um efeito tão imediato e bom sobre Dahyun.

- Gostou?—Hirai perguntou suavemente. Ela sorriu ao ver Kim assentir. — Gostou mesmo do presente? —Riu baixo após a coreana assentir novamente.— Por que não fala? O gato comeu sua língua?

 Dahyun sorriu envergonhada, negando. Ela sabia que no momento que abrisse sua boca, tudo que sairia era o quão feliz estava por ser lembrada pela mulher de franjinha.

Não era nenhuma data comemorativa, mesmo assim Momo estava ali para vê-la e entregar aquele adorável presente. Claro, adorável apenas por Dahyun. Muitos poderiam achar esquisito e sem graça.

- Hyun... Quer dar uma volta? Sei que é meio tarde, mas custa nada te chamar.

 Dahyun olhou novamente a moeda, uma memória não tão distante passou pela sua mente. Foi difícil evitar o sorriso.

- Quer ir? —Estendeu a mão em direção de Dahyun, vendo-a guardar a moeda no saquinho prata. — Sabe que sou uma ótima companhia.

- Ah! Sei sim. —Segurou na mão da japonesa após deixar o presentinho dentro do bolso da sua calça.— Eu aceito sair com você, só não podemos demorar muito.

- Seus pais não estão?

- Não, eles trabalham até tarde. Por acaso quer conhecer o meu quarto?

- Sério? 

- Não. —Riu. 

- Não queria mesmo.

- Uhum. Espera. Deixa eu trancar a porta, assim poderemos ir.

  Hirai concordou observando Dahyun pegar a chave e fechar a porta, logo trancou. Assim puderam caminhar.

Foram poucos segundos em silêncio, já que Dahyun se pronunciou.

- Momoring, você pode dizer agora que sou especial? 

- Por que quer escutar isso nesse instante?

- Para eu ficar mais feliz do que já estou.

- Você se sente feliz? 

- Muito. Ainda sou especial para você?

- Não apenas para mim, Dahyunie. Você é especial apenas pela sua linda existência.

- Não importa. Eu quero ser especial apenas para você. 

  Hirai ficou em silêncio sem parar de caminhar com a mais nova. Ao menos sabia quais palavras utilizar naquele instante, então se esforçou para ser uma boa amiga mais velha.

- Errada. Você precisa ser especial para si mesma. 

- Você sabe ser igual uma idosa. 

- Sou sete anos mais velha do que você, esqueceu? 

- Semana passada você me beijou novamente, esqueceu?

- Ei... Você não ficava calada, foi o único jeito que achei para te acalmar. 

- Você usa a mesma desculpa, Momo. No nosso primeiro beijo foi a mesma desculpa.

- Mas é. Você falava bastante, e eu quis te controlar.

- Tem costume de sair beijando as pessoas para mantê-las caladas?

- Apenas com você. 

- Puts. Cara de pau. 

- Cadê o respeito? Minutos atrás estava tímida ao ponto de nem querer falar comigo.

- Pensando bem, mês passado foi diferente, eu nem conversei bastante e simplesmente fui beijada por você.

- Dahyun.

- Eu ao menos estava falando tanto, mesmo assim você queria me acalmar?

- Na verdade, eu queria me acalmar. —Olhou para o chão.— Não adiantou nada. Completou três meses desde o primeiro beijo, e eu ainda quero me acalmar. —A encarou.

- Você pode me beijar quantas vezes for necessário. 

- Sabe, te conheço há oito meses desde que se matriculou na escola de arte, e desde o primeiro dia até hoje me sinto estranhamente confusa. Você me deixa assim, Dahyun.

- Eu não quero ser uma confusão para você, pois no momento que me beijou pareceu ter toda certeza, Momo. 

- Só sei que quando te beijei, foi aí que minha vontade de ter um amor reapareceu, Dahyun. Algo que eu tentei o máximo reprimir. 

- Por que não paramos de reprimir qualquer coisa? Está chato esconder isso que está acontecendo. Está chato ter que te esperar para ser beijada, sendo que tem dias que nem podemos nos ver. 

- Sabe que sou mais velha...

- Idai? Você não pode ficar me beijando sem ao menos querer algo comigo, e eu sei que quer.

- Ok. —Parou de caminhar, ficando em frente para coreana. — Seja minha?

- Aceito. —Sorriu. — Se prepara para ter uma mulher mandando em você.

 Foi vez de Momo rir enquanto concordava. Não seria nada ruim ter uma Dahyun em sua vida por completo.

- Momo? Ano passado, em dezembro, eu também encontrei uma moeda, foi por isso que eu estava agachada no chão. Não porque sou uma criança preguiçosa.

- Oh. Por essa eu não esperava, e também desculpa por ser sido grossa.

- Grossa não foi, ou sequer me importei, sei lá. Contudo, te desculpo.

- Acredita se eu falar que também encontrei essa moeda que te presenteei? Foi em dezembro também.

- Caramba. Que doido, e fofo. —Segurou novamente na mão da japonesa, entrelaçando os dedos antes de voltarem a caminhar. — Acredita em destino?

- Acredito em qualquer coisa se for para ficar com você. 

- Gostei. Ganhou mais um ponto. 

- Ponto? Para que?

- Te darei pontos, quando chegar em mil pontos, quem sabe, te deixarei tirar minha virgindade.

- Yah, Dahyunie! Você é cínica demais. —A escutou rir. — Está rindo, travessa!?

- Estou brincando com você, baka.

- Você não pode me matar do coração.

- Momo, eu acredito em destino pois isso me ajuda de algum modo acreditar no amor. Não pode ser que uma pessoa será feliz com qualquer outra pessoa. Eu acho legal acreditar que alguém espera pela outra, e no fim se completam.

- Compreendo. É sempre bom acreditar em algo.

- Uhum! Pelo menos nos faz perceber que nem todos são escrotos, existe pessoas boas e que só deseja ser amado.

- Profundo. Eu deveria te beijar para fazê-la ficar calada?

- Sim, por favor. 

        Pedido realizado com sucesso.

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